Do Jornal GGN:
Advogada de imigração, especialista em visto americano, explica quais os procedimentos para entrar no país e viver como um cidadão americano
Seja para morar, investir, trabalhar ou tirar férias, os brasileiros têm se mostrado cada vez mais interessados em tentar novas oportunidades no exterior, até mesmo pelo atual cenário político-econômico do Brasil. A crise econômica enfrentada no Brasil hoje é um grande fator que tem estimulado essa procura, inclusive, para quem deseja morar, investir e trabalhar nos Estados Unidos. Segundo relatório de 2014, divulgado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, cerca de 2,06 milhões de brasileiros já estiveram em terras americanas.
O número de brasileiros que decidem sair de vez do país também cresceu nos últimos anos. Segundo dados da Receita Federal, entre 2011 e 2015 as solicitações da Declaração de Saída Definitiva do país aumentaram 67%, sendo que, em 2011, 7.956 declarações recebidas e em 2015, o número de pedidos aumentou para 13.288 pedidos de migração definitiva.
Um exemplo é o empresário Junior Durski dono da rede de restaurantes Madero, com 63 unidades no Brasil. Segundo reportagem da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, o empresário acaba de abrir uma nova casa de lanches em Miami, nos Estados Unidos. Outra empresária brasileira que decidiu abrir o próprio negócio nos Estados Unidos é a gaúcha Larissa Piazzi, que inaugurou a brigaderia Made With Love em Miami.
Aliás, entre os destinos favoritos dos Brasileiros está a Flórida, nos Estados Unidos. Vista antes como um local para passar as férias, a cidade virou alvo de brasileiros que decidem investir e morar nos EUA. Segundo dados da Associação dos Corretores de Imóveis dos Estados Unidos, os brasileiros costumam investir cerca de US$ 587 mil em residências na Flórida. Ainda segundo o levantamento, desde 2008, 23 mil casas foram vendidas para brasileiros.
Mas para cada tipo de viagem aos Estados Unidos é necessário um tipo específico de autorização para entrar no país, é o chamado visto americano, que tem diversas categorias. Segundo a advogada especialista em visto americano, Ingrid Baracchini, os vistos são concedidos de acordo com a natureza da viagem.
”A imigração não vai ensinar o que a pessoa precisa fazer para ir morar nos Estados Unidos e também não vai guiar quais os caminhos mais adequados e rápidos para esse processo de imigração. Por isso, ter a assessoria de alguém que conheça as leis do país, que tenha contatos com outros especialistas diretamente nos Estados Unidos e que conheça o tramite evita um gasto excessivo, uma possível negativa e a morosidade do processo”, conclui Ingrid, que atende clientes em todo o Brasil.
Para se planejar desde já e ir morar ou trabalhar nos Estados Unidos, Ingrid explica que as principais exigências são: não estar cumprindo nenhum tipo de penalidade com a imigração e nem ter tido problemas com a entrada sem inspeção na fronteira.
Quer mais dicas e começar a se planejar já? Confira a seguir!
- Para entrar nos EUA, é preciso ter boa reputação: de acordo com a advogada, o importante é o interessado em morar nos EUA ter boa reputação, tanto no Brasil como nos EUA. A advogada explica que não há um valor específico em dinheiro para levar e iniciar a nova vida por lá, mas se o imigrante entrar com valor igual ou maior que US$ 10 mil deverá declarar na imigração americana. Apesar disso, talvez tenha que comprovar renda e mostrar que está levando uma quantia necessária para a subsistência no período indicado.
- Opções para imigrar:
*Investir 500 mil dólares nos Estados Unidos para obter o visto EB5: nesse caso, você investe num “regional center” (que administra projetos de investimento) e recebe o visto EB5, que é válido por até 2 anos. Se o projeto investido por você demonstrar que gerou, no mínimo, 10 empregos, você terá a troca do EB5 por um Green Card, que terá validade por 10 anos e, após, 5 anos poderá se naturalizar como cidadão norte-americano.
Para dar início a esse processo de investimento nos EUA, é preciso ter US$ 500 mil (período da criação da empresa até a obtenção do documento definitivo). Se o investimento der certo, essa quantia é devolvida ao investidor depois, entre 5 e 7 anos.
*Ter uma empresa de porte médio/grande no Brasil e abrir filial nos EUA: é possível a abertura de uma filial brasileira nos Estados Unidos. O ramo de atuação pode ser diverso do praticado no Brasil e não há um valor mínimo para investir. No entanto, o empresário deve desenvolver um “business plan” (plano de negócios) de 3 anos fazendo um planejamento orçamentário do seu negócio, quanto será investido e deverá comprovar que a empresa brasileira tem capital para este investimento. Este caso é beneficiado pelo “premium processing” e pode ser julgado em 15 dias úteis. Em casos de start-up, o visto é concedido por 1 ano com extensões de 2 em 2 anos até o máximo de 7.
DICA: A imigração pode solicitar o Request Further Evidence (RFE), uma espécie de pedido de informação adicional. Ingrid explica que isso significa que o processo não foi negado, mas que a imigração quer mais informações antes de tomar uma decisão.
“A imigração tem o direito de pedir o que quiser e julgar necessário para tomar uma decisão. Os documentos solicitados podem ser desde uma foto, um documento adicional ou uma carta de referência, por exemplo. O importante é não atrasar a entrega desses documentos pedidos por eles”, observa Ingrid Baracchini.
*Green card: A residência permanente nos EUA também conhecida por “Green Card” permite ao cidadão estrangeiro residir como se americano fosse. É possível conquistar o Green Card através de investimento (visto EB5), parentes americanos (cônjuge, filhos, pais ou irmãos) ou através de vistos de não-imigrantes de trabalho, que podem vir a ser requisitados pelo empregador caso preencham os requisitos legais.
Após as redes sociais estamparem que os brasileiros foram os responsáveis pela compra de 60% dos imóveis de um condomínio de luxo na Flórida, Estados Unidos, neste ano, uma advogada com experiência em visto americano, Ingrid Baracchini, escreveu um artigo com orientações sobre o que a classe alta deve fazer para "deixar o Brasil".
Na última semana, o blog Plantão Brasil divulgou que mais da metade dos proprietários de um condomínio privado em Miami, que deve inaugurar a primeira torre em julho de 2016, são brasileiros. O jornal Miami Herald também destacou em reportagem a representatividade da elite brasileira no setor imobiliário dos Estados Unidos.
Em artigo no diário norte-americano, o membro do Conselho da Associação de Corretores de Imóveis da Flórida, Peter Zalewski, afirmou que os brasileiros compraram 11% dos imóveis vendidos no ano passado no sul da Flórida e ressaltou para o elevado gasto dessas compras: em média US$ 495 mil em cada compra (o equivalente a cerca de R$ 1,5 milhão), acima da média geral, de US$ 444 mil.
Pensando naqueles que ainda não "deixaram o Brasil", a advogada especialista em imigração e visto americano, Ingrid Baracchini, elencou como requisitos para entrar nos Estados Unidos "ter boa reputação". Entre os diversos caminhos para imigrar estão, segundo ela, investir 500 mil dólares para obter um tipo de visto (EB5) ou, ainda, ter uma empresa no Brasil e abrir a filial no país americano.
Confira, a seguir, as dicas de como deixar o Brasil e abrir o próprio negócio nos EUA, pela advogada Ingrid Baracchini:
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Na última semana, o blog Plantão Brasil divulgou que mais da metade dos proprietários de um condomínio privado em Miami, que deve inaugurar a primeira torre em julho de 2016, são brasileiros. O jornal Miami Herald também destacou em reportagem a representatividade da elite brasileira no setor imobiliário dos Estados Unidos.
Em artigo no diário norte-americano, o membro do Conselho da Associação de Corretores de Imóveis da Flórida, Peter Zalewski, afirmou que os brasileiros compraram 11% dos imóveis vendidos no ano passado no sul da Flórida e ressaltou para o elevado gasto dessas compras: em média US$ 495 mil em cada compra (o equivalente a cerca de R$ 1,5 milhão), acima da média geral, de US$ 444 mil.
Pensando naqueles que ainda não "deixaram o Brasil", a advogada especialista em imigração e visto americano, Ingrid Baracchini, elencou como requisitos para entrar nos Estados Unidos "ter boa reputação". Entre os diversos caminhos para imigrar estão, segundo ela, investir 500 mil dólares para obter um tipo de visto (EB5) ou, ainda, ter uma empresa no Brasil e abrir a filial no país americano.
Confira, a seguir, as dicas de como deixar o Brasil e abrir o próprio negócio nos EUA, pela advogada Ingrid Baracchini:
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Advogada de imigração, especialista em visto americano, explica quais os procedimentos para entrar no país e viver como um cidadão americano
Seja para morar, investir, trabalhar ou tirar férias, os brasileiros têm se mostrado cada vez mais interessados em tentar novas oportunidades no exterior, até mesmo pelo atual cenário político-econômico do Brasil. A crise econômica enfrentada no Brasil hoje é um grande fator que tem estimulado essa procura, inclusive, para quem deseja morar, investir e trabalhar nos Estados Unidos. Segundo relatório de 2014, divulgado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, cerca de 2,06 milhões de brasileiros já estiveram em terras americanas.
O número de brasileiros que decidem sair de vez do país também cresceu nos últimos anos. Segundo dados da Receita Federal, entre 2011 e 2015 as solicitações da Declaração de Saída Definitiva do país aumentaram 67%, sendo que, em 2011, 7.956 declarações recebidas e em 2015, o número de pedidos aumentou para 13.288 pedidos de migração definitiva.
Um exemplo é o empresário Junior Durski dono da rede de restaurantes Madero, com 63 unidades no Brasil. Segundo reportagem da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, o empresário acaba de abrir uma nova casa de lanches em Miami, nos Estados Unidos. Outra empresária brasileira que decidiu abrir o próprio negócio nos Estados Unidos é a gaúcha Larissa Piazzi, que inaugurou a brigaderia Made With Love em Miami.
Aliás, entre os destinos favoritos dos Brasileiros está a Flórida, nos Estados Unidos. Vista antes como um local para passar as férias, a cidade virou alvo de brasileiros que decidem investir e morar nos EUA. Segundo dados da Associação dos Corretores de Imóveis dos Estados Unidos, os brasileiros costumam investir cerca de US$ 587 mil em residências na Flórida. Ainda segundo o levantamento, desde 2008, 23 mil casas foram vendidas para brasileiros.
Mas para cada tipo de viagem aos Estados Unidos é necessário um tipo específico de autorização para entrar no país, é o chamado visto americano, que tem diversas categorias. Segundo a advogada especialista em visto americano, Ingrid Baracchini, os vistos são concedidos de acordo com a natureza da viagem.
”A imigração não vai ensinar o que a pessoa precisa fazer para ir morar nos Estados Unidos e também não vai guiar quais os caminhos mais adequados e rápidos para esse processo de imigração. Por isso, ter a assessoria de alguém que conheça as leis do país, que tenha contatos com outros especialistas diretamente nos Estados Unidos e que conheça o tramite evita um gasto excessivo, uma possível negativa e a morosidade do processo”, conclui Ingrid, que atende clientes em todo o Brasil.
Para se planejar desde já e ir morar ou trabalhar nos Estados Unidos, Ingrid explica que as principais exigências são: não estar cumprindo nenhum tipo de penalidade com a imigração e nem ter tido problemas com a entrada sem inspeção na fronteira.
Quer mais dicas e começar a se planejar já? Confira a seguir!
- Para entrar nos EUA, é preciso ter boa reputação: de acordo com a advogada, o importante é o interessado em morar nos EUA ter boa reputação, tanto no Brasil como nos EUA. A advogada explica que não há um valor específico em dinheiro para levar e iniciar a nova vida por lá, mas se o imigrante entrar com valor igual ou maior que US$ 10 mil deverá declarar na imigração americana. Apesar disso, talvez tenha que comprovar renda e mostrar que está levando uma quantia necessária para a subsistência no período indicado.
- Opções para imigrar:
*Investir 500 mil dólares nos Estados Unidos para obter o visto EB5: nesse caso, você investe num “regional center” (que administra projetos de investimento) e recebe o visto EB5, que é válido por até 2 anos. Se o projeto investido por você demonstrar que gerou, no mínimo, 10 empregos, você terá a troca do EB5 por um Green Card, que terá validade por 10 anos e, após, 5 anos poderá se naturalizar como cidadão norte-americano.
Para dar início a esse processo de investimento nos EUA, é preciso ter US$ 500 mil (período da criação da empresa até a obtenção do documento definitivo). Se o investimento der certo, essa quantia é devolvida ao investidor depois, entre 5 e 7 anos.
*Ter uma empresa de porte médio/grande no Brasil e abrir filial nos EUA: é possível a abertura de uma filial brasileira nos Estados Unidos. O ramo de atuação pode ser diverso do praticado no Brasil e não há um valor mínimo para investir. No entanto, o empresário deve desenvolver um “business plan” (plano de negócios) de 3 anos fazendo um planejamento orçamentário do seu negócio, quanto será investido e deverá comprovar que a empresa brasileira tem capital para este investimento. Este caso é beneficiado pelo “premium processing” e pode ser julgado em 15 dias úteis. Em casos de start-up, o visto é concedido por 1 ano com extensões de 2 em 2 anos até o máximo de 7.
DICA: A imigração pode solicitar o Request Further Evidence (RFE), uma espécie de pedido de informação adicional. Ingrid explica que isso significa que o processo não foi negado, mas que a imigração quer mais informações antes de tomar uma decisão.
“A imigração tem o direito de pedir o que quiser e julgar necessário para tomar uma decisão. Os documentos solicitados podem ser desde uma foto, um documento adicional ou uma carta de referência, por exemplo. O importante é não atrasar a entrega desses documentos pedidos por eles”, observa Ingrid Baracchini.
*Green card: A residência permanente nos EUA também conhecida por “Green Card” permite ao cidadão estrangeiro residir como se americano fosse. É possível conquistar o Green Card através de investimento (visto EB5), parentes americanos (cônjuge, filhos, pais ou irmãos) ou através de vistos de não-imigrantes de trabalho, que podem vir a ser requisitados pelo empregador caso preencham os requisitos legais.
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