Por Altamiro Borges
O final deste ano foi deprimente para os grupelhos fascistas que iniciaram 2015 achando que dariam um golpe no Brasil – seja através do impeachment de Dilma ou até mesmo via intervenção militar. Em dezembro, eles viram suas marchas golpistas refluírem drasticamente. Até o Datafolha calculou uma queda de 70% no número de fanáticos. Para piorar, as manifestações em defesa da democracia ocorridas na mesma semana foram bem maiores e emocionaram os que gritaram “Não vai ter golpe”. Alguns dias depois, uma horda de playboys insultou Chico Buarque, ícone da cultura brasileira, o que serviu para desgastar ainda mais a imagem destes falsos moralistas. Agora, fechando o ano, uma paparicada socialite – antes entusiasta do impeachment de Dilma – deserda os fascistas mirins.
Em entrevista à jornalista Paula Reverbel, na Folha deste domingo (27), a empresária Rosangela Lyra, ex-sogra do jogador Kaká e presidente da Associação dos Lojistas dos Jardins – bairro da elite consumista paulistana –, explicou os motivos da sua mudança de postura. Após afirmar que votou em Marina Silva e, no segundo turno, em Aécio Neves, e reafirmar que “não tenho simpatia pela PT”, a socialite relata como se envolveu nas marchas dos grupelhos fascistas. “A convite dos fundadores do Vem Pra Rua, fiz parte do movimento deles por dois meses... Também arrecadei fundos para o MBL (Movimento Brasil Livre) na marcha que eles fizeram para Brasília. Pensei: ‘São jovens que querem mudar o Brasil’. Eu não tinha visto tanto radicalismo naquele momento”.
“Meu ponto de virada foi quando eu percebi a importância da Lava Jato e a não interferência da presidente. A gente se acostumou a mudar os personagens da história, e não o enredo. Prefiro mudar o enredo. Tem que pegar os corruptos, seja do PT, PMDB, PSDB, PP. Esse meu posicionamento vai ao encontro do que pensam os investigadores da Lava Jato. Na última coletiva, perguntaram se havia interferência do governo na operação. Os investigadores disseram que não havia. Poderiam ter se esquivado ou respondido com menos ênfase, mas foram categóricos. Se a Lava Jato tem hoje o peso que tem, foi porque Dilma sancionou a lei que prevê a delação premiada e deixa a operação funcionar”.
“Hoje, para mim, passar o Brasil a limpo é mais importante que tirar o PT do poder na marra. Eu não consigo ver as duas coisas – o impeachment e a ascensão de um político com discurso de unificação e com interesses políticos contrários à Lava Jato – possibilitando essa limpeza. Eu chamo de evolução de posicionamento, não de mudança. As pessoas me escrevem: ‘Para com essa posição de ir contra o impeachment, você está queimando sua imagem’. Alguns me acusam de estar levando dinheiro do PT. Eu digo que o tempo vai corrigir qualquer distorção que eles estejam vendo. Quando alguém diz que a Justiça e a Procuradoria só prendem gente do PMDB, e não do PT, eu pergunto: ‘Vocês esqueceram que João Vaccari, José Dirceu e Delcídio do Amaral estão presos?’... Tenho a humildade de ter mudado de opinião, por que não é fácil mudar. E tenho muita confiança de que é pelo bem do país”.
Por esta os fascistas mirins não esperavam. Agora eles vão perder o apoio até de algumas madames dos Jardins! Reproduzo abaixo dois artigos que confirmam a decadência dos grupelhos golpistas. Daqui a pouco, se bobear, eles vão desaparecer até da própria mídia privada, que tanto os bajulou.
*****
Os ignorantes do Leblon
Por Gregorio Duvivier – Folha de S.Paulo, 28 de dezembro de 2015
Nunca aprendi a rezar o Pai Nosso. Comemorávamos Natal só porque é aniversário da minha mãe. Celebrávamos a Páscoa, mas confesso com bastante vergonha que não faço ideia do que significa. Sim, sei que tem a ver com Jesus. Mas não sei qual era a relação dele com o coelho, e nem por que raios esse coelho põe ovos, e por que diabos são de chocolate.
O mais perto que tinha de religião lá em casa era a música: meus pais só veneravam deuses que soubessem tocar. Ninguém rezava antes de comer, mas minha mãe botava a gente pra dormir religiosamente cantando Noel e acordava cantando Cartola. Meu pai passava o dia no sax tocando Pixinguinha e a noite no piano tocando Nazareth. Música não era um pano de fundo, era o caminho, a verdade, a vida. Tom era o Pai, Chico, o Filho, Caetano, o Espírito Santo.
Podia falar os palavrões que eu quisesse, mas ai de mim se ousasse tocar violão com acordes simplificados. "A pessoa que fez esse arranjo devia ir presa", dizia minha mãe. Preferiam me ver pichando muros a me ver batucando atravessado. Quando descobriram que eu fumava maconha, meus pais me disseram que não tinha nada de errado, desde que eu só fumasse em casa. Quando eu comprei um CD do LS Jack, disseram que não tinha nada de errado, desde que eu nunca ouvisse aquilo em casa.
Às vezes organizavam um sarau que parecia missa. "Silêncio, que se vai cantar o fado", dizia a Luciana Rabello, e daí tocavam choro como quem reza. Todos se calavam como numa igreja. A criança que abrisse o bico tomava logo um tabefe. Aquilo era sagrado. Pra mim, ainda é.
Herdei deles a devoção (sem herdar, no entanto, o talento para a música). Às vezes queria me importar menos com isso. Quando vejo as agressões ao Chico –e não estou falando do bate-boca na calçada, mas da campanha difamatória da qual os ignorantes do Leblon são meros leitores –, para mim é como se chutassem uma santa ou rasgassem a Torá. Como sou a favor da liberdade total de expressão, inclusive quando ela fere o sagrado dos outros, limito-me a torcer para que passem a eternidade ouvindo Lobão e Fábio Jr., intercalados com discursos do Alexandre Frota e Cunha tocando bateria. Uma coisa é certa: a oposição e sua trilha sonora se merecem.
***
A marcha do MBL é o mico do ano
Por Pedro Zambarda, no blog Diário do Centro do Mundo, 28 de dezembro de 2015
O mico do ano foi a marcha do Movimento Brasil Livre (MBL) de São Paulo até Brasília. Foi a festa do vexame, com direito a megalomania e memes de internet inesquecíveis.
A jornada do herói do grupo de Kim Kataguiri começo em abril e terminou em maio. Vinte pessoas partiram da capital paulista numa sexta-feira, dia 24 de abril, incluindo uma anestesista que estava de salto alto, recém-saída de um congresso de medicina.
A ideia era passar pelas cidades de Uberlândia, Uberaba, Caldas Novas, Goiânia, Anápolis e três cidades satélites de Brasília antes de chegar ao ponto final. Alguém falou em emular a Coluna Prestes, só que na extrema direita.
A “Coluna Kataguiri” não conseguiu agregar nem mil pessoas ao longo do roteiro. Apesar dos gritos de “Fora PT” e “Impeachment Já”, a trupe de Kim só conseguiu juntar 300 pessoas na Esplanada dos Ministérios em Brasília, sendo que o esperado era pelo menos 30 mil pessoas, segundo os próprios organizadores.
Foi uma farsa do começo ao fim. Os kataguiris disseram que fariam a caminhada toda a pé. Mentira, porque a comitiva teve apoio de cinco carros. Em algumas cidades do interior do Brasil, o MBL recebeu suporte de empresários antipetistas. Foram recebidos como celebridades por gatos pingados em sua empreitada maluca.
Já em Brasília, Kim ainda teve tempo para tirar uma selfie com o “Bolsomito” e uma fotografia com Eduardo Cunha, aquele presidente da Câmara que está sendo investigado por causa de contas secretas na Suíça e que acha que a Globo é petista. A imagem é para emoldurar na parede como uma grande lembrança no combate à corrupção.
Não bastasse o baixo quórum, Kim Kataguiri ainda teve tempo para fazer uma eleição entre os dirigentes do MBL para enviar uma famosa belfie quando o DCM decidiu fazer algumas perguntas sobre a sua caminhada.
Até o astrólogo ultradireitista Olavo de Carvalho ficou contra o Movimento Brasil Livre no episódio. “Se você deixa o povo esperando e vai a Brasília, é porque acha que a autoridade está lá, quando o povo está dizendo claramente que não está. O que você vai fazer é tirar a iniciativa das mãos do povo e entregá-la aos políticos, quando justamente o povo foi às ruas porque os políticos não tinham iniciativa nenhuma”, disse o influente pensador que já chegou a chamar o Facebook de “Foicebook” quanto teve um de seus posts iluminados e sem nenhum palavrão sujo apagado na rede social.
O MBL ainda sofreu um acidente de carro com um motorista embriagado. Nosso querido japonês se machucou, mas foi socorrido por um carro do SAMU, aquele mesmo serviço público que os extremistas odeiam.
***
Em tempo: O líder do MBL, o fascista mirim Kim Kataguiri – já batizado de “Kimta Katiguria” – não precisa ficar triste por ter sido deserdado pela socialite Rosangela Lyra e nem pelo fiasco das últimas marchas golpistas. Afinal, ele acaba de ser adotado pelo sinistro Gilmar Mendes, o ministro tucano do STF, que lhe garantiu uma “bolsa-coxinha” no cursinho do Instituto de Direito Público, de sua propriedade.
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O final deste ano foi deprimente para os grupelhos fascistas que iniciaram 2015 achando que dariam um golpe no Brasil – seja através do impeachment de Dilma ou até mesmo via intervenção militar. Em dezembro, eles viram suas marchas golpistas refluírem drasticamente. Até o Datafolha calculou uma queda de 70% no número de fanáticos. Para piorar, as manifestações em defesa da democracia ocorridas na mesma semana foram bem maiores e emocionaram os que gritaram “Não vai ter golpe”. Alguns dias depois, uma horda de playboys insultou Chico Buarque, ícone da cultura brasileira, o que serviu para desgastar ainda mais a imagem destes falsos moralistas. Agora, fechando o ano, uma paparicada socialite – antes entusiasta do impeachment de Dilma – deserda os fascistas mirins.
Em entrevista à jornalista Paula Reverbel, na Folha deste domingo (27), a empresária Rosangela Lyra, ex-sogra do jogador Kaká e presidente da Associação dos Lojistas dos Jardins – bairro da elite consumista paulistana –, explicou os motivos da sua mudança de postura. Após afirmar que votou em Marina Silva e, no segundo turno, em Aécio Neves, e reafirmar que “não tenho simpatia pela PT”, a socialite relata como se envolveu nas marchas dos grupelhos fascistas. “A convite dos fundadores do Vem Pra Rua, fiz parte do movimento deles por dois meses... Também arrecadei fundos para o MBL (Movimento Brasil Livre) na marcha que eles fizeram para Brasília. Pensei: ‘São jovens que querem mudar o Brasil’. Eu não tinha visto tanto radicalismo naquele momento”.
“Meu ponto de virada foi quando eu percebi a importância da Lava Jato e a não interferência da presidente. A gente se acostumou a mudar os personagens da história, e não o enredo. Prefiro mudar o enredo. Tem que pegar os corruptos, seja do PT, PMDB, PSDB, PP. Esse meu posicionamento vai ao encontro do que pensam os investigadores da Lava Jato. Na última coletiva, perguntaram se havia interferência do governo na operação. Os investigadores disseram que não havia. Poderiam ter se esquivado ou respondido com menos ênfase, mas foram categóricos. Se a Lava Jato tem hoje o peso que tem, foi porque Dilma sancionou a lei que prevê a delação premiada e deixa a operação funcionar”.
“Hoje, para mim, passar o Brasil a limpo é mais importante que tirar o PT do poder na marra. Eu não consigo ver as duas coisas – o impeachment e a ascensão de um político com discurso de unificação e com interesses políticos contrários à Lava Jato – possibilitando essa limpeza. Eu chamo de evolução de posicionamento, não de mudança. As pessoas me escrevem: ‘Para com essa posição de ir contra o impeachment, você está queimando sua imagem’. Alguns me acusam de estar levando dinheiro do PT. Eu digo que o tempo vai corrigir qualquer distorção que eles estejam vendo. Quando alguém diz que a Justiça e a Procuradoria só prendem gente do PMDB, e não do PT, eu pergunto: ‘Vocês esqueceram que João Vaccari, José Dirceu e Delcídio do Amaral estão presos?’... Tenho a humildade de ter mudado de opinião, por que não é fácil mudar. E tenho muita confiança de que é pelo bem do país”.
Por esta os fascistas mirins não esperavam. Agora eles vão perder o apoio até de algumas madames dos Jardins! Reproduzo abaixo dois artigos que confirmam a decadência dos grupelhos golpistas. Daqui a pouco, se bobear, eles vão desaparecer até da própria mídia privada, que tanto os bajulou.
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Os ignorantes do Leblon
Por Gregorio Duvivier – Folha de S.Paulo, 28 de dezembro de 2015
Nunca aprendi a rezar o Pai Nosso. Comemorávamos Natal só porque é aniversário da minha mãe. Celebrávamos a Páscoa, mas confesso com bastante vergonha que não faço ideia do que significa. Sim, sei que tem a ver com Jesus. Mas não sei qual era a relação dele com o coelho, e nem por que raios esse coelho põe ovos, e por que diabos são de chocolate.
O mais perto que tinha de religião lá em casa era a música: meus pais só veneravam deuses que soubessem tocar. Ninguém rezava antes de comer, mas minha mãe botava a gente pra dormir religiosamente cantando Noel e acordava cantando Cartola. Meu pai passava o dia no sax tocando Pixinguinha e a noite no piano tocando Nazareth. Música não era um pano de fundo, era o caminho, a verdade, a vida. Tom era o Pai, Chico, o Filho, Caetano, o Espírito Santo.
Podia falar os palavrões que eu quisesse, mas ai de mim se ousasse tocar violão com acordes simplificados. "A pessoa que fez esse arranjo devia ir presa", dizia minha mãe. Preferiam me ver pichando muros a me ver batucando atravessado. Quando descobriram que eu fumava maconha, meus pais me disseram que não tinha nada de errado, desde que eu só fumasse em casa. Quando eu comprei um CD do LS Jack, disseram que não tinha nada de errado, desde que eu nunca ouvisse aquilo em casa.
Às vezes organizavam um sarau que parecia missa. "Silêncio, que se vai cantar o fado", dizia a Luciana Rabello, e daí tocavam choro como quem reza. Todos se calavam como numa igreja. A criança que abrisse o bico tomava logo um tabefe. Aquilo era sagrado. Pra mim, ainda é.
Herdei deles a devoção (sem herdar, no entanto, o talento para a música). Às vezes queria me importar menos com isso. Quando vejo as agressões ao Chico –e não estou falando do bate-boca na calçada, mas da campanha difamatória da qual os ignorantes do Leblon são meros leitores –, para mim é como se chutassem uma santa ou rasgassem a Torá. Como sou a favor da liberdade total de expressão, inclusive quando ela fere o sagrado dos outros, limito-me a torcer para que passem a eternidade ouvindo Lobão e Fábio Jr., intercalados com discursos do Alexandre Frota e Cunha tocando bateria. Uma coisa é certa: a oposição e sua trilha sonora se merecem.
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A marcha do MBL é o mico do ano
Por Pedro Zambarda, no blog Diário do Centro do Mundo, 28 de dezembro de 2015
O mico do ano foi a marcha do Movimento Brasil Livre (MBL) de São Paulo até Brasília. Foi a festa do vexame, com direito a megalomania e memes de internet inesquecíveis.
A jornada do herói do grupo de Kim Kataguiri começo em abril e terminou em maio. Vinte pessoas partiram da capital paulista numa sexta-feira, dia 24 de abril, incluindo uma anestesista que estava de salto alto, recém-saída de um congresso de medicina.
A ideia era passar pelas cidades de Uberlândia, Uberaba, Caldas Novas, Goiânia, Anápolis e três cidades satélites de Brasília antes de chegar ao ponto final. Alguém falou em emular a Coluna Prestes, só que na extrema direita.
A “Coluna Kataguiri” não conseguiu agregar nem mil pessoas ao longo do roteiro. Apesar dos gritos de “Fora PT” e “Impeachment Já”, a trupe de Kim só conseguiu juntar 300 pessoas na Esplanada dos Ministérios em Brasília, sendo que o esperado era pelo menos 30 mil pessoas, segundo os próprios organizadores.
Foi uma farsa do começo ao fim. Os kataguiris disseram que fariam a caminhada toda a pé. Mentira, porque a comitiva teve apoio de cinco carros. Em algumas cidades do interior do Brasil, o MBL recebeu suporte de empresários antipetistas. Foram recebidos como celebridades por gatos pingados em sua empreitada maluca.
Já em Brasília, Kim ainda teve tempo para tirar uma selfie com o “Bolsomito” e uma fotografia com Eduardo Cunha, aquele presidente da Câmara que está sendo investigado por causa de contas secretas na Suíça e que acha que a Globo é petista. A imagem é para emoldurar na parede como uma grande lembrança no combate à corrupção.
Não bastasse o baixo quórum, Kim Kataguiri ainda teve tempo para fazer uma eleição entre os dirigentes do MBL para enviar uma famosa belfie quando o DCM decidiu fazer algumas perguntas sobre a sua caminhada.
Até o astrólogo ultradireitista Olavo de Carvalho ficou contra o Movimento Brasil Livre no episódio. “Se você deixa o povo esperando e vai a Brasília, é porque acha que a autoridade está lá, quando o povo está dizendo claramente que não está. O que você vai fazer é tirar a iniciativa das mãos do povo e entregá-la aos políticos, quando justamente o povo foi às ruas porque os políticos não tinham iniciativa nenhuma”, disse o influente pensador que já chegou a chamar o Facebook de “Foicebook” quanto teve um de seus posts iluminados e sem nenhum palavrão sujo apagado na rede social.
O MBL ainda sofreu um acidente de carro com um motorista embriagado. Nosso querido japonês se machucou, mas foi socorrido por um carro do SAMU, aquele mesmo serviço público que os extremistas odeiam.
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Em tempo: O líder do MBL, o fascista mirim Kim Kataguiri – já batizado de “Kimta Katiguria” – não precisa ficar triste por ter sido deserdado pela socialite Rosangela Lyra e nem pelo fiasco das últimas marchas golpistas. Afinal, ele acaba de ser adotado pelo sinistro Gilmar Mendes, o ministro tucano do STF, que lhe garantiu uma “bolsa-coxinha” no cursinho do Instituto de Direito Público, de sua propriedade.
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