quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A saúde, a saúva e a virtude

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Nenhuma outra corporação profissional se destacou tanto na guerra aberta à reeleição da Presidente Dilma quando a do jaleco branco.

O pleito foi o ápice de uma espiral de colisões iniciada em 2013, quando as entidades médicas alinharam-se ao conservadorismo mais feroz na oposição ao programa ‘Mais Médicos’.

Classificada como uma fraude, a iniciativa federal de levar cerca de 5,5 mil profissionais cubanos a rincões não cogitados por médicos brasileiros mereceu do Cremesp, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, a seguinte nota, em maio de 2014: ‘Tomaremos iniciativas políticas e eventuais medidas judiciais para impedir essa afronta à saúde da população e à dignidade da medicina brasileira’.

Dr. Anastasia, melhore seus álibis

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O problema das feitiçarias é que elas acabam atingindo os aprendizes de feiticeiro.

É claro que Paulo Roberto Costa montou uma estrutura de apoios políticos para manter sua roubalheira na Petrobras.

Era um, como se diz no jargão da política eleitoral, “viabilizador” de recursos.

Regulação da mídia, será que agora vai?

Por Renata Mielli, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé;

O objetivo da edição 2397 da revista Veja era garantir a derrota da candidata Dilma Rousseff. A divulgação antecipada de sua capa foi tratada como a bala de prata da elite brasileira contra a esquerda e os “petralhas”.

Riram antes, choraram depois. Ficaram atônicos e sem compreender como foi possível a reeleição mesmo com a guerra sem tréguas travada pelos principais veículos de comunicação contra o governo, contra o Partido dos Trabalhadores, e contra a própria Dilma.

E o mundo vai piorar, tenham certeza!

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Há muito para se lamentar no assassinato coletivo da redação do Charlie Hebdo.

Na realidade, tudo é lamentável: as mortes covardes; o silêncio imposto a raros talentos que não perderam a coragem de suas ideias.

Mas o atentado de ontem provavelmente irá gerar um efeito muito pior, mais destrutivo, mais vergonhoso, do que ele próprio.

O terrorismo e o suicídio europeu

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

O ato terrorista contra os jornalistas do Charlie Hebdo francês, em Paris, que também provocou a morte de um funcionário da revista, de dois policiais no ato e possivelmente de mais um em tiroteio posterior – num total de 12 mortos –, são apenas pontas de uma mesma ameaça.

A Europa inteira está assentada sobre uma bomba-relógio. Não é uma bomba comum, porque casos como o do Charlie Hebdo mostram que ela já está explodindo. Nas pontas da bomba estão duas forças antagônicas, com práticas diferentes, porém com um traço em comum: a intolerância herdeira dos métodos fascistas de antigamente – e de sempre.

Globo passou a perna no editor

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em 1962 a Globo associou-se ao grupo Time-Life, em um momento em que as redes norte-americanas tentavam se internacionalizar. Recebeu cerca de US$ 6 milhões, a dólares da época, e um know-how imbatível de operação.

Foi beneficiada por uma CPI conduzida por João Calmon, dos Diários Associados, que levou os gringos a venderem sua parte. O próprio Roberto Marinho adquiriu com financiamento do Banco Nacional autorizado por José Luiz de Magalhães Lins.

Tim Maia e as falsificações da Globo

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Vi muita gente escandalizada com o fato de a Globo ter cortado, na minissérie que pretendia ser um resumo do filme sobre Tim Maia, os trechos em que Roberto Carlos desprezava o ex-colega de banda. O filme - e, portanto, a minissérie - foram baseados no livro Vale Tudo, de Nelson Motta.

Talvez por não envolver um ídolo tão popular, outros casos muitos parecidos e recentes de tentativas da emissora de reescrever a História não mereceram a mesma atenção.

Intelectuais apoiam mudanças na Grécia

Do site Vermelho:

Mais de 300 intelectuais e acadêmicos de renome internacional pediram, nesta quarta-feira (8), em um comunicado o fim das medidas de austeridade e o direito do povo grego a decidir livremente as eleições do próximo dia 25 de janeiro.

O texto publicado na Internet em cinco idiomas, sob o título de "El Cambio en Grécia", a mudança na Europa, a mudança para todos", foi subscrito por personalidades como Noam Chomsky, David Harvey, Marta Harnecker, Immanuel Wallerstein, entre outros.

Lava Jato pode atingir a oposição

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A se confirmar reportagem da Folha de São Paulo que afirma que o deputado pelo PMDB fluminense Eduardo Cunha, supostamente “favorito” para presidir a Câmara dos Deputados no início da próxima Legislatura, está entre os citados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, poder-se-á concluir que, antes arma política anti-PT, essa Operação pode melhorar o Brasil.

Tim Maia e o vale tudo no plim-plim

Por Paulo Pacheco, na revista CartaCapital:

Vilão no filme Tim Maia (2014), Roberto Carlos virou herói na minissérie exibida pela Globo a partir do próprio longa-metragem, que foi reeditado e transformado numa mistura de ficção com documentário. No filme, Roberto Carlos, no auge da juventude e já famoso, esnoba Tim Maia, então em início de carreira. Na minissérie, Roberto Carlos é apresentado como o artista que lançou Tim Maia.

O governo Dilma está numa encruzilhada

Editorial do jornal Brasil de Fato:

O governo Dilma está numa encruzilhada. E o caminho que escolher vai definir não apenas os quatro anos de seu mandato, mas também antecipará os resultados de 2018.

A classe dominante brasileira e a direita saíram das eleições com mais força política e social. Não só pela vitória apertada da candidatura Dilma no segundo turno, mas por outras situações criadas.

Morte em Paris e dilemas da Europa


Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Uma das hipóteses mais lúgubres do sociólogo Immanuel Wallerstein concretizou-se, em parte, esta manhã em Paris. Dois homens encapuzados e vestidos de negro, aparentando (ou simulando) ser fundamentalistas islâmicos, invadiram a sede de um jornal satírico francês, o Charlie Hebdo, e executaram, a rajadas de metralhadoras, ao menos doze pessoas. Entre os mortos estão o editor da publicação e outros três chargistas de enorme talento e renome internacional. Charlie Hebdo é irreverente, inclinado à esquerda e crítico às instituições religiosas. Esta postura levou-o, algumas vezes, a provocar o islamismo, religião de milhões de imigrantes oprimidos e discriminados na Europa.