sexta-feira, 17 de abril de 2015

Quem são os defensores do impeachment?

Por Cíntia Alves, Luiz de Queiroz e Patricia Faermann, no Jornal GGN:

Lideranças de partidos de oposição ao governo receberam, na quarta-feira (15), alguns dos agitadores dos protestos dos dias 15 de março e 12 de abril - entre eles, Rogério Chequer, do Vem Pra Rua. Durante o encontro, figurões como Agripino Maia (DEM), Ronaldo Caiado (DEM), Mendonça Filho (DEM), Paulinho da Força (SD), Aécio Neves (PSDB) e Roberto Freire (PPS) tiveram a oportunidade de esbravejar contra os casos de corrupção que desgastam o PT e a gestão Dilma Rousseff.

Aécio pode ser alvo da histeria coletiva

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O ódio, já apontou alguém, não é um bom conselheiro. Aécio Neves tem tudo para ser uma vítima da histeria coletiva que ajudou a fomentar.

Tentando pegar uma carona nos protestos, o senador está articulando com outros cinco partidos a pavimentação para um pedido de impeachment.

Depois de o PSDB encomendar pareceres a juristas, Aécio afirmou que, caso se comprove a participação de Dilma nas chamadas “pedaladas fiscais”, vai agir “como determina a Constituição”. Leia-se tentar o impedimento.

Opções da direita: Uma delas é o golpe

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Não nos enganemos. Existe, sim, uma nova direita no Brasil. Ela foi se formando e se sedimentando ao longo dos últimos 30 anos, ainda que seja a continuidade de uma espécie mais antiga.

Essa nova direita não é exatamente partidária ou apenas partidária. Está fortemente nucleada em aparelhos políticos de outra natureza: mídia, ONGs, institutos, centros de “estudo” e difusão de ideias. Sua retaguarda material é composta de empresários bem-sucedidos, broncos mas espertos.

As cobranças do Conselho Curador da EBC

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O Conselho Curador da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) divulgou nota, nesta quinta-feira (16), ressaltando a importância do fortalecimento do sistema público de comunicação e cobrando, do governo, mais atenção ao setor. Um dos objetivos da nota é pressionar a presidenta Dilma Rousseff a nomear os conselheiros já indicados pela sociedade civil, conforme explica Rosane Bertotti, integrante do Conselho Curador e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Que falta faz o professor Paulo Freire

Por Robson Leite, no site Carta Maior:

De todas as faixas das duas últimas manifestações que vimos “televisionadas com chamadas ao vivo em rede nacional”, a que mais me chocou não foi, por mais incrível que possa parecer, o pedido de “intervenção militar constitucional” (?) ou o pedido de socorro aos “irmãos do norte”, mas uma em que se pedia um “basta à Paulo Freire”.

Justiça seletiva e o 'mensalão tucano'

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em tempo de extrema celeridade e contundência da Justiça com casos de corrupção envolvendo o PT, o que deveria ser uma boa notícia acaba servindo para causar mais indignação com a seletividade dessa mesma “justiça”.

O caso mais escandaloso envolvendo o Poder Judiciário brasileiro por certo é o julgamento do dito “mensalão tucano”, que ocorreu em 1998 e 17 anos depois ainda não foi julgado, enquanto que o caso do mensalão do PT foi julgado e concluído em apenas 7 anos.

A Petrobras e o fator político

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A questão da Petrobras mantém, neste momento, a situação do país em suspenso. Trata-se não apenas de um problema jurídico, mas do futuro da nossa maior empresa nacional e de dezenas de setores da economia brasileira, que vão da indústria naval à química, com implicações de toda ordem e a ameaça de eliminação de milhares de empresas e empregos.
 
Mas os problemas vão além dos casos de corrupção na empresa? Como poderia estar sua situação se não fosse isso?

Zelotes e a indignação seletiva

Por Pedro Estevam Serrano, na revista CartaCapital:

Uma cifra de nada menos que 19 bilhões de reais tem aparecido de forma tímida em também tímidas e diminutas reportagens veiculadas sobre a Operação Zelotes da Polícia Federal. Embora esse vultoso montante seja quase quatro vezes o valor desviado no tão repercutido esquema do “petrolão” – estimado em cerca de 5 bilhões de reais pela própria Petrobras –, não tem produzido na grande mídia e em parte da opinião pública a mesma indignação manifestada em relação a outros casos de corrupção.

Mil mentiras sobre a Venezuela

Por Juliano Medeiros

Nesta quarta-feira, ao ler as matérias das editorias internacionais dos principais jornais do país, me deparei, na seção “mundo” da Folha de São Paulo, com uma notícia que trazia o seguinte título: "Projeto venezuelano prevê restringir eleição de deputados da oposição". Intrigado com a chamada, li o texto atentamente.

A desgraça da terceirização no México

Por Vanessa Martina Silva, no site Opera Mundi:

Um banco inteiro operando sem nenhum funcionário. Foi desta maneira que o espanhol Bancomer (Banco do Comércio) levou a terceirização às últimas consequências em sua operação no México na década passada. Contra práticas semelhantes, o país realizou, em 2012, uma reforma da Lei Federal do Trabalho, regulamentando no país a "subcontratação", nome pelo qual a terceirização é conhecido. Por outro lado, na avaliação da especialista em direitos trabalhistas mexicanos e professora da UAM-X (Universidade Autônoma Metropolitana campus Xochimilco) Graciela Bensúsan, a lei “aumentou a oferta de empregos precários”.

SwissLeaks: uma oportunidade histórica

Por Paulo Pimenta, na revista Teoria e Debate:

Perto de uma centena de milhares de pessoas, empresas, personalidades de todos os setores, traficantes de todas as mercancias, corruptos de todas as estaturas e cerca de US$ 100 bilhões agenciados por uma das maiores instituições bancárias do mundo, que promove transações escusas e se torna facilitadora de crimes financeiros. Esse é o episódio chamado pela mídia internacional de SwissLeaks, que no Brasil é investigado pelas autoridades e negligenciado pela mídia. Um caso que transborda hipocrisia de parte da grande mídia e casuísmo de ampla maioria da sociedade e pode, ao fim, comprovar a seletividade de nosso sistema de justiça penal.

O caminho para barrar o golpe

Editorial do site Vermelho:

Nesta quarta-feira (15) mais de cem mil pessoas, em 23 estados, saíram às ruas para protestar contra o projeto que libera a terceirização (PL 4330). Além das manifestações e passeatas, aconteceram paralisações importantes que mobilizaram outros milhares de trabalhadores.

Um cenário nebuloso, e até então com poucas perspectivas, dada a natureza conservadora do Congresso, começa a dar mostras de que pode desanuviar em relação a batalha em torno da PL 4330, o que é resultado direto da pressão popular.

Terceirização, PL-4330 e o golpe cínico

Por Vitor Araújo Filgueiras, no jornal Brasil de Fato:

Com toda a razão, muito tem sido escrito e falado acerca dos colossais estragos que o Projeto de Lei (PL) 4330, que libera a terceirização para todas as atividades de uma empresa, promoverá contra qualquer espécie de proposta civilizatória para a sociedade brasileira. Contudo, talvez o elemento mais grotesco desse PL aprovado na Câmara dos Deputados no dia 8 de abril, seja a incoerência gritante do discurso sobre terceirização dos empresários e dos seus representantes, em relação à lei que pretendem implementar.