domingo, 10 de maio de 2015

PSB-PPS: uma fusão pela direita

Por Altamiro Borges

Já está marcado, para 20 de junho, o casamento de conveniência entre o PSB e o PPS. O congresso da fusão deverá resultar em um partido ainda mais à direita no espectro político. Nas eleições de 2014, o PSB sofreu vários traumas: o primeiro com a trágica morte de Eduardo Campos; na sequência, com o fiasco de Marina Silva; e, nos estertores, com o apoio descarado ao tucano Aécio Neves – uma afronta aos fundadores da ex-sigla socialista. Como resultado, o partido definhou na disputa nos Estados (caiu de cinco para três governos estaduais) e estagnou na Câmara Federal. Já o PPS, do eterno chefão Roberto Freire, quase sumiu no pleito. A união visa dar alguma musculatura as duas legendas combalidas.

Eduardo Cunha se prepara pra guerra?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a bancada do PSOL fez uma importante descoberta. Em 2014, a Câmara Federal ampliou o arsenal usado pela segurança interna. Foram comprados 200 escudos, 200 capacetes, 200 cassetetes, 50 trajes policiais antitumulto e 100 protetores de joelho, canela e pé. Preço dos equipamentos: R$ 222 mil. Foram adquiridas ainda 700 unidades de spray de pimenta e gás lacrimogênio (custo de R$ 166,8 mil), além de 26 mil munições calibre 38 e 40, a R$ 65,5 mil. A lista também inclui 1.800 distintivos para o Departamento de Polícia Legislativa (R$ 4.140,00). Diante deste arsenal, a sigla solicitou a elaboração de regras básicas de segurança para evitar novas cenas de violência contra manifestantes, como a que ocorreu na votação do projeto de lei da terceirização.

Francischini já caiu. E o Beto Richa?

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira (8), os professores do Paraná festejaram uma importante vitória parcial: o valentão Fernando Francischini, responsável pelo massacre de 29 de abril, foi defenestrado da Secretaria de Segurança Pública. Com a medida, o governador Beto Richa tentou limpar a imagem da sua trágica gestão. Numa patética entrevista à Folha, o tucano chegou a afirmar que “não tem ninguém mais ferido do que eu” com as recentes cenas de violência em Curitiba. Estas iniciativas, porém, não tiram Beto Richa das cordas. Juristas renomados, como Celso Antônio Bandeira de Mello, inclusive já sugerem a abertura de processo de impeachment contra o governador do PSDB por crime de responsabilidade.

A boquinha de Jabor na TV Cultura

Por Altamiro Borges

Em 14 de abril, os midiotas de plantão foram surpreendidos com a notícia de que o Arnaldo Jabor, o arqui-inimigo do “lulopetismo” e bajulador-mor do tucano FHC, não iria mais obrar suas colunas no Estadão. Numa notinha lacônica, o jornalão oligárquico simplesmente informou que ele havia sido enxotado.

O motivo da dispensa sumária não foi uma autocrítica da famiglia Mesquita, mas sim a própria crise da empresa, que está falida e endividada. Uma semana antes, o jornal já havia demitido outros 125 profissionais – num facão que foi questionado pela Justiça do Trabalho. 

Dicas para os paneleiros chiques!

Por Altamiro Borges

Segundo relato do jornal Valor – uma parceria das famiglias Frias e Marinho –, a presidenta Dilma Rousseff voltou a ser alvo de protestos neste sábado (9). Um grupo de 20 pessoas – uma multidão na ótica da imprensa seletiva – bateu panelas e esbravejou diante do restaurante Leopolldo, no bairro nobre dos Jardins (SP), durante a festa de casamento dos médicos Roberto Kalil Filho e Claudia Cozer. Os “paneleiros” estão minguando e ficando cada vez mais hidrófobos, mas a mídia elitista – que esconde a greve e as gigantescas passeatas dos professores paulistas – faz questão de registrar até os seus mais minúsculos e ridículos protestos.

República do Paraná tenta cartada final

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Com as masmorras de Sergio Moro arrombadas pela decisão de Teori Zavascki de permitir prisão domiciliar para os empreiteiros, os procuradores do Paraná, epicentro de uma conspiração judicial que visa derrubar o governo e/ou destruir o Partido dos Trabalhadores, tentam sua cartada final.

Delações premiadas devem ser mantidas em segredo até serem provadas, por razões óbvias: para não permitir que uma pessoa sob suspeita manipule as investigações. No caso de um processo altamente político, para que não manipule a opinião pública.

Revista Época, uma Veja de segunda mão

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não se sabe o que as Organizações Globo pretendem da revista Época, ao torna-la uma Veja de segunda mão.

Veja criou um estilo folhetinesco, um subjornalismo que atraiu um público vociferante, de baixo nível, afastando os formadores de opinião. Hoje, claramente, sua reputação desce ladeira abaixo, perdendo o respeito de toda a categoria.

Política monetária: Tarefa de Sísifo

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Executar a política monetária é uma Tarefa de Sísifo! Sísifo foi condenado a, por toda a eternidade, rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o duro esforço despendido.

Por esse motivo, essa expressão “trabalho de Sísifo” é empregada para denotar qualquer tarefa que envolva esforços longos, repetitivos e inevitavelmente fadados ao fracasso.

A captura do sistema político

Por Silvio Caccia Bava, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


Para falar sobre a situação política atual no Brasil é preciso compreender algumas mudanças substantivas que ocorreram no passado recente e criaram as condições para o que chamo de captura do sistema político pelo poder econômico, o maior problema de nossa democracia.

Até 1997, no Brasil, as empresas eram proibidas de financiar campanhas eleitorais. A onda neoliberal mudou esse cenário. Foi com a lei eleitoral n. 9.504/97 que as empresas passaram a poder financiar candidatos e campanhas leitorais. E isso mudou tudo.

Folha cria fato novo para o impeachment

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ao contrário do que parece, não é que o PSDB, dividido internamente, para não variar, tenha desistido de pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o único projeto do partido desde que perdeu a quarta eleição seguida para o PT nas eleições de outubro.

O que separa as alas do partido formadas por velhos caciques e jovens deputados não é uma questão de princípios, mas apenas de timing. A turma dos cabelos pretos, mais açodada, quer derrubar o governo o mais rápido possível, enquanto os cabelos brancos preferem esperar por uma oportunidade melhor, o chamado "fato novo" nas investigações da Operação Lava-Jato.

Mujica, Lula, a mídia e Noel Rosa

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Durante toda a tarde de hoje, antes de tomarem um desmentido-safanão dos jornalistas Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, que escreveram o livro, escancararam manchetes sobre o que seria a confessada “culpa” de Lula no caso do Mensalão, porque numa conversa com o ex-presidente brasileiro, Pepe Mujica, do Uruguai, teria ouvido dele que “neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens”.

Impeachment de Richa: questões jurídicas

Por Tarso Cabral Violin, em seu blog:

Em evento na Universidade Federal do Paraná, realizado no dia 8 de maio pela Faculdade de Direito da UFPR, o maior jurista do Direito Administrativo de todos os tempos, Celso Antônio Bandeira de Mello, disse que cabe o Impeachment do governador Beto Richa (PSDB) pelo Massacre do Centro Cívico em Curitiba no dia 29 de abril de 2015. Na carta final do evento, elaborada por juristas, concluiu-se que o governador é responsável pelo massacre contra os professores, estudantes, servidores e cidadãos naquele triste episódio da história de Curitiba, do Paraná e do Brasil.