domingo, 6 de setembro de 2015

Os tucaninhos, o pastor e os fascistas

Por Altamiro Borges

A postura irresponsável do PSDB, que até agora não aceitou a derrota nas urnas, e a violenta cruzada midiática, que visa "sangrar" Dilma e "matar" Lula, estão chocando serpentes fascistas no Brasil. Na semana retrasada, um candidato derrotado do PSDB do Distrito Federal postou vídeo afirmando que iria "arrancar a cabeça" da presidenta Dilma com "foice e martelo". Temendo as consequências, sua família agora diz que ele é maluco. Já nesta semana, o presidente da juventude tucana no Espírito Santo apareceu, vestindo farda militar e de arma em punho, garantindo que está "pronto para a guerra". Além dos tucaninhos aloprados, um pastor também pregou "morte a Lula, morte a Dilma".

Um pacto contra o rentismo

Por Silvio Caccia Bava, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


Não há “erros” praticados na condução do ajuste. É a defesa dos interesses rentistas que define a política, em oposição a um amplo leque de atores que sofrem com essa estratégia.

A estratégia tem vários componentes: capturar o Estado e submetê-lo a seu estrito controle, apropriar-se da receita pública para proveito próprio, baixar o custo da força de trabalho, privatizar bens públicos, cortar políticas sociais, transformar a questão social numa questão de polícia.

Frente Popular reúne o Brasil em BH

Do site Vermelho:

Mais de duas mil pessoas passaram o dia no espaço livre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, a partir da manhã desse sábado (5) para discutir alternativas para a crise política e econômica brasileira no lançamento da Frente Brasil Popular.

Foi a primeira vez, desde as Diretas Já em 1984, que uma ampla coalizão de centenas de lideranças e representações de movimentos populares, sociais, sindicais, estudantis, forças e representações políticas de esquerda estiveram juntas para defender o estado democrático brasileiro.

Levy or not Levy

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

Os boatos sobre a saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda são parecidos ao de um técnico de time de futebol que não consegue uma única vitória importante; apenas muitas derrotas e, de vez em quando, um empate.

O grande problema de Levy é que ele até hoje não conseguiu se portar como um ministro da Fazenda de primeira linha. Continua agindo como se fosse ainda, apenas, um secretário do Tesouro. Não se mostrou uma liderança capaz de fazer o que se espera de um ministro dessa importância, não só para o governo, mas para o país.

Um guia prático das cotas raciais

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Como ainda tem muita gente que não entende (ou não quer entender) por que temos cotas raciais e sociais no Brasil, preparei um rápido guia. Ele pode ser aumentado à medida que novas dúvidas surjam. Qualquer pergunta extra, escreva para o blog.

1. Se você é preto, pardo ou indígena, tem direito às cotas; ponto. A autodeclaração vale na hora da inscrição, mas algumas universidades podem exigir comprovação após a matrícula para verificar se você atende aos requisitos. Isto é feito principalmente para não prejudicar outros pretos, pardos ou indígenas que de fato precisam das cotas.

A hashtag que assombra a Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Na noite de quinta subiu uma hashtag no Twitter: #Globo19,8.

Para os internautas, foi uma diversão. Para a Globo, um pesadelo.

19,8 era o Ibope da nova novela da Globo, A Regra do Jogo. O número virou mania no Twitter porque a novela Os Dez Mandamentos, da Record, estava na frente.

O problema da Globo não é Os Dez Mandamentos. É ela mesma, e isso torna tudo mais difícil.

A minha empregada era quase da família

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

“Que horas ela volta'', de Anna Muylaert, é um filme obrigatório pelo incômodo que provoca ao discutir as mudanças sociais através das relações de uma trabalhadora empregada doméstica, seus patrões, sua filha e o filho deles. E, ao mesmo tempo, por ter a coragem de lembrar de falar em esperança nesses tempos em que achamos que qualquer luz no fim do túnel pode ser um trem.

Servil aos EUA, Europa colhe o que plantou

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Embora não o admita - principalmente os países que participaram diretamente dessa sangrenta imbecilidade - a Europa de hoje, nunca antes sitiada por tantos estrangeiros, desde pelo menos os tempos da queda de Roma e das invasões bárbaras, não está colhendo mais do que plantou, ao secundar a política norte-americana de intervenção, no Oriente Médio e no Norte da África.

Fotos contam a história dos nossos dias

Foto: Agnen Teofilovski/Reuters
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

"Eu vi a notícia na sexta e corri para cá, imaginei a situação, tinha que ajudar" (Eva Kvanda, moradora da cidade austríaca de Klotsterneuburg).

***

Nunca foi tão verdadeira a máxima de que "uma foto vale mais do que mil palavras", embora precisemos continuar escrevendo para contar o que aconteceu esta semana.

Apenas quatro dias separam uma imagem da outra - a solidariedade da indiferença, a vida da morte. Entre quarta-feira e sábado, a tragédia que abalou o mundo transformou-se em renovada esperança. Nem tudo está perdido.

Alta dos juros e conflito de interesses

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Juro, em inglês, é “interest”, significando tanto “the state of wanting to know orlearn about something or someone”, quanto “money paid regularly at a particular rate for the use of money lent, or for delaying the repayment of a debt”. Em espanhol, juro é “interés”. Em francês, “intérêt” pode ser tanto “recherche par une personne de cequilui est profitable, de sonavantage personnel, souvent de façonégoïste, par exemple, agir par intérêt”, quanto “revenutiré d’un capital”, p.ex.,“untaux d’intérêt”.

As vítimas das "guerras humanitárias"

Por Jesse Rosenfeld, no site Outras Palavras:

No calor escaldante de um meio-dia de agosto na ilha grega de Lesbos, Ziad Mouatash salta fora de um bote inflável superlotado e toca o solo da União Europeia pela primeira vez. O jovem de 22 anos de Yarmouk – campo de refugiados palestino à beira de Damasco que foi sitiado e bombardeado desde 2012 pelas forças de Bashar al-Assad e recentemente foi invadido pelo ISIS e a Frenta Al-Nusra, filiada à Al Qaeda – abraça todos à sua volta, em êxtase por estar vivo.

Ajuste fiscal e carga tributária

Por Andrê Barrocal, na revista CartaCapital:

O ajuste fiscal do governo produziu um resultado oposto ao pretendido, como se vê no Orçamento proposto para 2016, com um rombo de 30 bilhões de reais e estimativas de que a dívida pública só cairá no último ano da gestão Dilma Rousseff. Não era difícil imaginar o tiro no pé. Ao contrário dos países desenvolvidos, a carga tributária brasileira, principal fonte de dinheiro do poder público, concentra-se no consumo. E este recuou junto com o PIB, graças à recessão causada pelo ajuste.