segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Uma ditadura mafiosa na Argentina?

Por Jorge Beinstein, no site Carta Maior:

Já se destacou até o cansaço que, pela primeira vez em um século, no dia 10 de dezembro de 2015, a direita chegou ao governo sem ocultar seu rosto, sem fraude, sem golpe militar, através de eleições supostamente limpas, se trata de um grande novidade.

Mas é necessário esclarecer três coisas:

Em primeiro lugar, é evidente que não se tratou de “eleições limpas”, mas sim de um processo assimétrico, completamente distorcido por uma manipulação midiática sem precedentes na Argentina, ativada há vários anos e que finalmente derivou num operativo sofisticado e avassalador. Consumada a operação eleitoral, a presidenta que saía foi destituída poucas horas antes de entregar a faixa presidencial através de um golpe de Estado “judiciário”, demonstração de força do poder real que estabelecia, desse modo, um precedente importante, na verdade o primeiro passo do novo regime.

Quer mudar para Miami? Pergunte-me como...

Do Jornal GGN:

Após as redes sociais estamparem que os brasileiros foram os responsáveis pela compra de 60% dos imóveis de um condomínio de luxo na Flórida, Estados Unidos, neste ano, uma advogada com experiência em visto americano, Ingrid Baracchini, escreveu um artigo com orientações sobre o que a classe alta deve fazer para "deixar o Brasil".

Na última semana, o blog Plantão Brasil divulgou que mais da metade dos proprietários de um condomínio privado em Miami, que deve inaugurar a primeira torre em julho de 2016, são brasileiros. O jornal Miami Herald também destacou em reportagem a representatividade da elite brasileira no setor imobiliário dos Estados Unidos.

Por que atacar o Chico Buarque?

Por Rogerio Dultra dos Santos, no blog Democracia e Conjuntura:

Por que parar o Chico Buarque de madrugada, no meio da rua, para um esculacho?

A resposta é até simples.

O Chico representa a sofisticação e a genialidade singela, a beleza e o som que as elites imaginam ser de sua exclusividade.

Chico, filho da mais fina flor da aristocracia intelectual paulista, não se aliou – e nem se aliaria – aos gritos raivosos balbuciados contra o PT, contra as classes populares, contra o processo de igualização das condições sociais no país (o que Tocqueville chamaria, inclusive, democracia).

Onda conservadora e impasses da esquerda

Por Antônio David, no blog Viomundo:

Em seu mais recente artigo na Folha de S. Paulo (25/12/2015), Vladimir Safatle procura desconstruir a imagem de uma “onda conservadora” na política brasileira.

Reconhecendo que “o Brasil sempre foi um país com uma grande parcela de sua população claramente identificada ao pensamento conservador”, Safatle enumera episódios da história recente do Brasil nos quais o conservadorismo aflorou, para então concluir: “nada disto mudou muito, só perdeu seu contraponto”.

Uma cartada a favor dos bancos

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O escândalo internacional do cartel do câmbio ressuscitou uma velha disputa brasileira. Desde julho na mira das autoridades antitruste locais, 15 instituições financeiras contam até aqui com um aliado no governo. Em debates a portas fechadas e com recados públicos sutis, o Banco Central às vezes parece atuar como advogado dos investigados.

Contesta o direito do Conselho Administrativo de Defesa Econômica de investigar a banca e afirma ser “praticamente impossível” manipular o dólar oficial. E tentou arrancar do Palácio do Planalto uma lei capaz de liquidar as apurações em curso no Cade.

Psicólogos ocupam o Ministério da Saúde

Por Monique Oliveira e Mônica Tarantin, na revista Caros Amigos:

Cerca de 100 ativistas da luta antimanicomial vão continuar acampados no Ministério da Saúde nas festas de fim de ano. Usuários, psicólogos e outros profissionais da saúde de vários Estados do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Pará e Minas Gerais) se revezam na ocupação em sala do prédio do ministério. A ocupação, que teve início no dia 15 de dezembro, é um protesto contra a nomeação do psiquiatra Valencius Wurch para a Coordenação Nacional de Saúde Mental.

Cunha e a "barriga" de Lauro Jardim

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O espetáculo deprimente da “barriga” não assumida da coluna de Lauro Jardim sobre a falsa viagem de Eduardo Cunha à Cuba, a bunda “roubada” da irmã da Kim Khardashian e as sandices postadas por Eduardo Cunha no twitter, acusando a Globo de estar a serviço do PT, poderia ter sido evitado com apenas duas palavras: jornalismo e decência.

Decência, para reconhecer que a coluna tinha dado uma informação errada e corrigir o erro sem “malandragens”.

Jornalismo, para deixar de se preocupar com bobagens de uma mocinha mal educada na internet e ir atrás dos negócios da família Cunha, que podem ou não ser corretos.

Papai Noel e os memes anônimos

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

As pessoas desistiram de checar a informação que consomem.

Na verdade, nunca fizeram isso, mas antes a procedência era de veículos, grandes ou pequenos, tradicionais ou alternativos, que davam a cara para bater, garantindo transparência ao informar quem fazia parte de suas equipes e sua visão de mundo. Esses veículos são bons, honestos e ilibados? Afe! Não necessariamente. Mas, ao menos, podem ser questionados judicialmente em caso de propagação de mentiras.

"Cadê o prejuízo?", pergunta Gurgacz

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Elaborado nos últimos dias de 2015, o relatório do Senador Acir Gurgacz (PDT-RO) está destinado a se transformar no primeiro texto base da política brasileira em 2016. Resposta à resolução do Tribunal de Contas da União que propõe a rejeição das contas do governo Dilma em 2014, o documento é uma aula de administração pública, conhecimento jurídico – e respeito pelas regras do Estado Democrático de Direito. Também oferece novidades fulminantes contra a decisão do TCU.

Os médicos veterinários do MST

Por Catiana de Medeiros, no site do MST:


“Juro, no exercício da profissão de Médico Veterinário, doar meus conhecimentos em prol da salvação e o bem-estar da vida animal, respeitando-a tal qual a vida humana e promovendo o convívio leal e fraterno entre o homem e as demais espécies, num gesto sublime de respeito a Deus e a natureza.”

Este foi o juramento feito por 45 trabalhadores rurais Sem Terra durante cerimônia de formatura da 1ª Turma Especial de Medicina Veterinária para assentados da Reforma Agrária, realizada na última sexta-feira (18), em Pelotas, na região Sul do Rio Grande do Sul.