Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
O DCM anuncia seu novo projeto de crowdfunding: a história da compra de votos na reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O caso foi devidamente abafado. Por quê? Quem eram os personagens? Como foi operado? Qual o papel de FHC? Como a história sumiu da imprensa?
Destacamos novamente o jornalista Joaquim de Carvalho para o trabalho. Joaquim é autor da séria de reportagens sobre o Helicoca e a sonegação da Globo na compra dos direitos da Copa de 2002.
“Em abril de 1997, eu trabalhava na revista Veja como subeditor de Brasil e tinha entre minhas fontes Paulo Maluf, que havia terminado seu mandato de prefeito de São Paulo poucos meses antes, com uma alta taxa de popularidade”, diz Joaquim.
“Tinha conseguido eleger o sucessor e era visto como pré-candidato a presidente da República. Nessa condição, era fonte obrigatória de todo jornalista que cobre política. Maluf me disse que só teria alguma chance na disputa a presidente se a emenda da reeleição não passasse. Ele falou” ‘O governo comprou os votos de que precisava’”. Maluf deu uma dica: “Se você quer contar como os votos foram comprados, comece pelos deputados do Acre”.
Algumas semanas depois, o jornalista Fernando Rodrigues publicou na Folha de S. Paulo o conteúdo das fitas que uma fonte sua, a que deu o nome de Senhor X, havia gravado em conversas com dois deputados federais. E eles eram de onde? Acre.
As conversas eram escandalosamente reveladoras da compra de votos. Os deputados confessavam que haviam recebido R$ 200 mil reais (R$ 894.451,70, em valores corrigidos pelo IGP-M) para votar a favor da emenda, num esquema que era chefiado pelo então ministro Sérgio Motta, já falecido, homem de confiança de FHC e sócio dele numa fazenda em Minas Gerais.
O Senhor X era Narciso Mendes, empresário e ex-deputado constituinte. Seu advogado dizia que havia mais 16 fitas sobre o mesmo tema, com outras gravações, além das que estavam em poder de Fernando Rodrigues.
As redações esqueceram Narciso Mendes, o Senhor X, e nunca mais o procuraram. O DCM quer voltar a esse episódio e contar tudo. Vamos falar com Narciso, com os demais envolvidos explicar como foi a operação e como tudo foi sutilmente atirado para debaixo do tapete.
Se até Paulo Maluf se impressionou, imagine-se o que se poderá encontrar revolvendo a lama do período. É um assunto premente e que continua atual, especialmente em tempos de golpes paraguaios de paladinos da moralidade.
Contamos com você.
Abraço.
Destacamos novamente o jornalista Joaquim de Carvalho para o trabalho. Joaquim é autor da séria de reportagens sobre o Helicoca e a sonegação da Globo na compra dos direitos da Copa de 2002.
“Em abril de 1997, eu trabalhava na revista Veja como subeditor de Brasil e tinha entre minhas fontes Paulo Maluf, que havia terminado seu mandato de prefeito de São Paulo poucos meses antes, com uma alta taxa de popularidade”, diz Joaquim.
“Tinha conseguido eleger o sucessor e era visto como pré-candidato a presidente da República. Nessa condição, era fonte obrigatória de todo jornalista que cobre política. Maluf me disse que só teria alguma chance na disputa a presidente se a emenda da reeleição não passasse. Ele falou” ‘O governo comprou os votos de que precisava’”. Maluf deu uma dica: “Se você quer contar como os votos foram comprados, comece pelos deputados do Acre”.
Algumas semanas depois, o jornalista Fernando Rodrigues publicou na Folha de S. Paulo o conteúdo das fitas que uma fonte sua, a que deu o nome de Senhor X, havia gravado em conversas com dois deputados federais. E eles eram de onde? Acre.
As conversas eram escandalosamente reveladoras da compra de votos. Os deputados confessavam que haviam recebido R$ 200 mil reais (R$ 894.451,70, em valores corrigidos pelo IGP-M) para votar a favor da emenda, num esquema que era chefiado pelo então ministro Sérgio Motta, já falecido, homem de confiança de FHC e sócio dele numa fazenda em Minas Gerais.
O Senhor X era Narciso Mendes, empresário e ex-deputado constituinte. Seu advogado dizia que havia mais 16 fitas sobre o mesmo tema, com outras gravações, além das que estavam em poder de Fernando Rodrigues.
As redações esqueceram Narciso Mendes, o Senhor X, e nunca mais o procuraram. O DCM quer voltar a esse episódio e contar tudo. Vamos falar com Narciso, com os demais envolvidos explicar como foi a operação e como tudo foi sutilmente atirado para debaixo do tapete.
Se até Paulo Maluf se impressionou, imagine-se o que se poderá encontrar revolvendo a lama do período. É um assunto premente e que continua atual, especialmente em tempos de golpes paraguaios de paladinos da moralidade.
Contamos com você.
Abraço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: