Por Sarah Fernandes, na Rede Brasil Atual:
Se é comum passar o natal ou o ano novo em família, nas escolas ocupadas de São Paulo o costume não seria diferente: os jovens reuniram doações, arrecadaram dinheiro e colocaram a mão na massa para preparar a ceia de natal na noite do último dia 25. Hoje (31) é a vez da festa de fim de ano, que novamente reunirá "uma nova família", formada após quase dois meses de luta iniciada contra a reorganização escolar – que seria implantada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e que fecharia pelo menos 93 escolas estaduais.
"Viramos uma nova família aqui. Tinha muita gente na escola que eu nem conhecia e que agora são grandes amigos", conta Renata, aluna do ensino médio da escola Professor Alves Cruz, no Jardim das Bandeiras, zona oeste da capital paulista. "O natal e o ano novo se transformaram em datas muito comerciais, capitalistas, esvaziada de sentido humanitário e mesmo religioso. Passar essas datas aqui, em luta, é também uma forma de resistência contra tudo isso e de apoio a outras lutas sociais", afirma a também estudante do ensino médio do colégio, Madu
"No natal tivemos frango, pernil, farofa. Alguns pais e professores participaram conosco. Agora no ano novo estamos vendo como será", conta o estudante do colégio Professor Manuel Ciridião Buarque, na Vila Ipojuca, também na zona oeste. Mesmo nos últimos dias do ano, os estudantes ainda organizam saraus na escola, ocupada há um mês. "Nós conseguimos muita coisa e no tornamos muito fortes. Optamos por manter a mobilização para solidificar tudo isso que conquistamos", diz.
Após 25 dias de intensa mobilização dos estudantes, o governador veio a público suspender o projeto de reorganização escolar. Em seguida, o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, pediu demissão. Na ocasião, Alckmin limitou-se a afirmar que os alunos continuariam nas escolas em que já estudam e que o governo começará a aprofundar o debate sobre o projeto. Parte dos alunos decidiram manter o movimento até que o governador cancele definitivamente a reorganização.
Parte dos estudantes sinalizam desocupar os prédios em breve, mas ainda sem data definida. De acordo com o último balanço da Secretaria Estadual de Educação, divulgado ontem, o estado tem, ao todo, 10 escolas ainda ocupadas. No auge do movimento, dia 2 deste mês, os estudantes chegaram a ocupar 213 unidades.
Lição de casa
A escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, não será desocupada por enquanto como as demais. Os estudantes decidiram em assembleia que continuarão no prédio para defender pautas internas, relacionadas a melhorias de infraestrutura e maior participação dos alunos nas decisões da escola. O colégio, primeiro a ser ocupado na capital paulista e segundo no estado, no dia 10 de novembro, tornou-se um marco na luta dos secundaristas após ficar quatro dias sitiado pela Polícia Militar.
"Nós percebemos que não poderíamos passar as festas fora daqui. Não era uma questão de escolha. Nós não conseguimos que a reorganização fosse de fato suspensa. Sabemos algumas das medias que estavam, previstas foram implantadas e não temos garantias concretas que o governo voltará atrás", diz a aluna do colégio, Luana.
Se é comum passar o natal ou o ano novo em família, nas escolas ocupadas de São Paulo o costume não seria diferente: os jovens reuniram doações, arrecadaram dinheiro e colocaram a mão na massa para preparar a ceia de natal na noite do último dia 25. Hoje (31) é a vez da festa de fim de ano, que novamente reunirá "uma nova família", formada após quase dois meses de luta iniciada contra a reorganização escolar – que seria implantada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e que fecharia pelo menos 93 escolas estaduais.
"Viramos uma nova família aqui. Tinha muita gente na escola que eu nem conhecia e que agora são grandes amigos", conta Renata, aluna do ensino médio da escola Professor Alves Cruz, no Jardim das Bandeiras, zona oeste da capital paulista. "O natal e o ano novo se transformaram em datas muito comerciais, capitalistas, esvaziada de sentido humanitário e mesmo religioso. Passar essas datas aqui, em luta, é também uma forma de resistência contra tudo isso e de apoio a outras lutas sociais", afirma a também estudante do ensino médio do colégio, Madu
"No natal tivemos frango, pernil, farofa. Alguns pais e professores participaram conosco. Agora no ano novo estamos vendo como será", conta o estudante do colégio Professor Manuel Ciridião Buarque, na Vila Ipojuca, também na zona oeste. Mesmo nos últimos dias do ano, os estudantes ainda organizam saraus na escola, ocupada há um mês. "Nós conseguimos muita coisa e no tornamos muito fortes. Optamos por manter a mobilização para solidificar tudo isso que conquistamos", diz.
Após 25 dias de intensa mobilização dos estudantes, o governador veio a público suspender o projeto de reorganização escolar. Em seguida, o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, pediu demissão. Na ocasião, Alckmin limitou-se a afirmar que os alunos continuariam nas escolas em que já estudam e que o governo começará a aprofundar o debate sobre o projeto. Parte dos alunos decidiram manter o movimento até que o governador cancele definitivamente a reorganização.
Parte dos estudantes sinalizam desocupar os prédios em breve, mas ainda sem data definida. De acordo com o último balanço da Secretaria Estadual de Educação, divulgado ontem, o estado tem, ao todo, 10 escolas ainda ocupadas. No auge do movimento, dia 2 deste mês, os estudantes chegaram a ocupar 213 unidades.
Lição de casa
A escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, não será desocupada por enquanto como as demais. Os estudantes decidiram em assembleia que continuarão no prédio para defender pautas internas, relacionadas a melhorias de infraestrutura e maior participação dos alunos nas decisões da escola. O colégio, primeiro a ser ocupado na capital paulista e segundo no estado, no dia 10 de novembro, tornou-se um marco na luta dos secundaristas após ficar quatro dias sitiado pela Polícia Militar.
"Nós percebemos que não poderíamos passar as festas fora daqui. Não era uma questão de escolha. Nós não conseguimos que a reorganização fosse de fato suspensa. Sabemos algumas das medias que estavam, previstas foram implantadas e não temos garantias concretas que o governo voltará atrás", diz a aluna do colégio, Luana.
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