Por Altamiro Borges
Finalmente, após várias denúncias e uma demora inexplicável, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a abertura de inquérito contra o governador Beto Richa, citado na Operação Publicano que investiga um bilionário esquema de corrupção na Receita Estadual do Paraná. O processo foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e correrá em segredo de Justiça. Sem vazamentos seletivos e com a cumplicidade da mídia tucana, porém, existe o risco de que o caso seja abafado. Afinal, basta ser filiado ao PSDB para não ser investigado, julgado e, muito menos, preso no Brasil!
Em recente "delação premiada", um auditor fiscal afirmou que o esquema de fraudes na Receita, que beneficiou poderosos empresários paranaenses, abasteceu o caixa-2 das campanhas eleitorais tucanas, inclusive a de Beto Richa, reeleito em 2014. O espancador de professores, famoso pelo "massacre de Curitiba", nega as acusações. Ele alega que as contas da sua campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Num primeiro momento, ele até tentou evitar a investigação. Sua defesa enviou reclamação formal à PGR dizendo que ele não poderia ser investigado pela Justiça do Paraná devido ao seu "foro privilegiado". Mas a contestação foi rejeitada pela vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko.
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Finalmente, após várias denúncias e uma demora inexplicável, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a abertura de inquérito contra o governador Beto Richa, citado na Operação Publicano que investiga um bilionário esquema de corrupção na Receita Estadual do Paraná. O processo foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e correrá em segredo de Justiça. Sem vazamentos seletivos e com a cumplicidade da mídia tucana, porém, existe o risco de que o caso seja abafado. Afinal, basta ser filiado ao PSDB para não ser investigado, julgado e, muito menos, preso no Brasil!
Em recente "delação premiada", um auditor fiscal afirmou que o esquema de fraudes na Receita, que beneficiou poderosos empresários paranaenses, abasteceu o caixa-2 das campanhas eleitorais tucanas, inclusive a de Beto Richa, reeleito em 2014. O espancador de professores, famoso pelo "massacre de Curitiba", nega as acusações. Ele alega que as contas da sua campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Num primeiro momento, ele até tentou evitar a investigação. Sua defesa enviou reclamação formal à PGR dizendo que ele não poderia ser investigado pela Justiça do Paraná devido ao seu "foro privilegiado". Mas a contestação foi rejeitada pela vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko.
A decisão destrava as investigações contra o governador, que até agora posava de santo neste caso escabroso. Na última fase da Operação Publicano, em dezembro do ano passado, 40 auditores fiscais do Paraná foram presos, suspeitos de cobrar propinas milionárias de empresas em troca da anulação de dívidas com o Estado. Segundo o Ministério Público Estadual, a quadrilha faturava em média R$ 50 milhões por ano nas negociatas. Mais de R$ 750 milhões em multas por impostos deixaram de ser pagos nos últimos anos, segundo avaliações preliminares. Parte da grana do esquema era destinada às campanhas eleitorais de tucanos, demos e outros paladinos da ética no Estado.
A abertura do inquérito parece que abalou o petulante e autoritário Beto Richa. Para o dissimulado, as investigações em curso visam "desviar o foco dos escândalos contra o governo federal... Nunca tive tantas ações como estou tendo agora. As coisas mudaram. Existe hoje a tentativa de investigar todos os gestores públicos, até como um ingrediente para fazer um contraponto de todas as investigações, escândalos e denúncias em relação ao governo federal", resmungou o tucano nesta terça-feira (2). É lógico que ele usará suas amizades na mídia chapa-branca e no próprio Judiciário para abafar o caso e confirmar a tese, difundida nas redes sociais, de que todos os tucanos são santos. A conferir!
Em tempo: Beto Richa não está preocupado apenas com a Operação Publicano. Recentemente, ele foi citado em outro esquema mafioso - o do desvio de recursos em contratos para a construção de escolas no Paraná. Na operação batizada de "Quadro Negro" já foram presos um ex-diretor da Secretaria da Educação do governo do PSDB e quatro funcionários de uma empreiteira responsável pelos desvios. Também neste caso, o governador tucano jura que é inocente. "Vamos cobrar até o último centavo desviado do dinheiro público", afirmou nesta semana o santo do pau oco.
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