Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Após 45 dias de recesso (que beleza!), o que podemos esperar do Congresso Nacional que reabre suas portas na tarde desta terça-feira, 2 de fevereiro?
Para começar, fico intrigado com duas coisas: por que férias deste tamanho são pomposamente chamadas de "recesso parlamentar" e por quais razões as excelências não trabalham às segundas-feiras, como todos nós?
Que ninguém se anime muito achando que alguma coisa possa mudar neste novo ano legislativo. Vai começar tudo de novo, mas sem novidades, e esta retomada dos trabalhos durará bem pouco. Estamos na semana do carnaval, não nos esqueçamos.
Por mais que eu queira mudar o disco, 2016 já nasce velho, mero prolongamento do ano anterior marcado pelo Fla-Flu disputado entre governo e oposição, que paralisou o país, enquanto a crise econômica avança e a Lava-Jato não dá tréguas.
De um lado, o governo lutando para recompor sua base aliada e afastar de vez a ameaça do impeachment. De outro, a oposição seguindo na direção oposta, fazendo de tudo para inviabilizar o governo.
De novidades, por enquanto, só temos a infestação de escorpiões - aracnídeos de verdade - detectada semana passada pelo Departamento de Polícia Legislativa na Câmara e um novo inquérito que a Procuradoria-Geral da República pretende abrir para investigar outras supostas contas de propina de Eduardo Cunha no exterior.
O primeiro embate do Fla-Flu já está marcado: é a eleição do líder do PMDB na Câmara, disputada palmo a palmo entre o governista Leonardo Picciani e Hugo Motta, o candidato oposicionista bancado por Cunha.
O resultado deste confronto pode influenciar a posição de outros partidos menores ligados a Cunha e determinar o tamanho e a (in)fidelidade da base aliada.
Por enquanto, vai ficar tudo parado na Câmara enquanto o STF não se manifestar sobre os embargos impetrados pelo presidente da Casa contra o rito do impeachment, que determinou o voto aberto na eleição da Comissão Especial que vai decidir os rumos do processo.
O governo tem pressa para votar logo a volta da CPMF, o imposto do cheque, para socorrer seus combalidos cofres, uma proposta impopular e indigesta, assim como a da reforma da previdência. É preciso lembrar que 2016, além de bissexto, é ano de eleições municipais, e os parlamentares costumam ficar mais sensíveis nesta hora aos humores populares.
Uma coisa é certa: a agenda política vai continuar sendo pautada pela Operação Lava Jato, que agora fechou o cerco ao ex-presidente Lula, acuando ainda mais o PT. Entre outros complicadores, há que se ver como ficarão as relações do governo com o partido e seu principal líder.
E vamos que vamos.
Após 45 dias de recesso (que beleza!), o que podemos esperar do Congresso Nacional que reabre suas portas na tarde desta terça-feira, 2 de fevereiro?
Para começar, fico intrigado com duas coisas: por que férias deste tamanho são pomposamente chamadas de "recesso parlamentar" e por quais razões as excelências não trabalham às segundas-feiras, como todos nós?
Que ninguém se anime muito achando que alguma coisa possa mudar neste novo ano legislativo. Vai começar tudo de novo, mas sem novidades, e esta retomada dos trabalhos durará bem pouco. Estamos na semana do carnaval, não nos esqueçamos.
Por mais que eu queira mudar o disco, 2016 já nasce velho, mero prolongamento do ano anterior marcado pelo Fla-Flu disputado entre governo e oposição, que paralisou o país, enquanto a crise econômica avança e a Lava-Jato não dá tréguas.
De um lado, o governo lutando para recompor sua base aliada e afastar de vez a ameaça do impeachment. De outro, a oposição seguindo na direção oposta, fazendo de tudo para inviabilizar o governo.
De novidades, por enquanto, só temos a infestação de escorpiões - aracnídeos de verdade - detectada semana passada pelo Departamento de Polícia Legislativa na Câmara e um novo inquérito que a Procuradoria-Geral da República pretende abrir para investigar outras supostas contas de propina de Eduardo Cunha no exterior.
O primeiro embate do Fla-Flu já está marcado: é a eleição do líder do PMDB na Câmara, disputada palmo a palmo entre o governista Leonardo Picciani e Hugo Motta, o candidato oposicionista bancado por Cunha.
O resultado deste confronto pode influenciar a posição de outros partidos menores ligados a Cunha e determinar o tamanho e a (in)fidelidade da base aliada.
Por enquanto, vai ficar tudo parado na Câmara enquanto o STF não se manifestar sobre os embargos impetrados pelo presidente da Casa contra o rito do impeachment, que determinou o voto aberto na eleição da Comissão Especial que vai decidir os rumos do processo.
O governo tem pressa para votar logo a volta da CPMF, o imposto do cheque, para socorrer seus combalidos cofres, uma proposta impopular e indigesta, assim como a da reforma da previdência. É preciso lembrar que 2016, além de bissexto, é ano de eleições municipais, e os parlamentares costumam ficar mais sensíveis nesta hora aos humores populares.
Uma coisa é certa: a agenda política vai continuar sendo pautada pela Operação Lava Jato, que agora fechou o cerco ao ex-presidente Lula, acuando ainda mais o PT. Entre outros complicadores, há que se ver como ficarão as relações do governo com o partido e seu principal líder.
E vamos que vamos.
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