Por Altamiro Borges
Enquanto o “justiceiro” Sergio Moro não anuncia a sua candidatura, os “midiotas” de carteirinha – que se deixam levar facilmente pelas manipulações da imprensa – não escondiam o seu entusiasmo com o tal “Japonês da Federal”, que conseguiu os holofotes da tevê ao escoltar os presos da Operação Lava-Jato. No Carnaval, eles até desfilaram com máscaras do agente da PF. Nas últimas marchas golpistas, eles também carregaram faixas de elogios ao policial. Agora, porém, eles devem estar novamente desnorteados. Os seus heróis não duram muito tempo – que o diga o correntista suíço Eduardo Cunha ou o sumido ministro Joaquim Barbosa. Nesta semana, o site Paraná Portal revelou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação do agente policial Newton Hidenori Ishii por corrupção passiva. Ele foi acusado de fazer parte de uma quadrilha que facilitava o contrabando em Foz do Iguaçu.
Segundo a matéria, postada nesta segunda-feira (14), “em julgamento de recurso especial, o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, manteve a condenação de três policiais federais por corrupção passiva na Operação Sucuri, que investigou a atuação dos agentes em um esquema de facilitação de contrabando em Foz do Iguaçu. Entre os condenados está Newton Hidenori Ishii, que durante a Lava-Jato ficou conhecido como o ‘Japonês da Federal’, por estar presente, escoltando os presos em praticamente todas as fases da operação. Ishii foi preso, em março de 2003, nos primeiros meses de governo Lula, na Operação Sucuri, junto com outros 22 agentes da Polícia Federal, sete auditores da Receita Federal e três Policiais Rodoviários Federais, todos de Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com o Paraguai. Também foram atingidos contrabandistas e intermediários”.
Ainda de acordo com a reportagem, todos os denunciados na ocasião “se omitiram de forma consciente e voluntária, de fiscalizar os veículos cujas placas lhes eram previamente informadas, ou realizavam fiscalização ficta, abordando os veículos para simular fiscalização sem a apreensão de qualquer mercadoria... Preso em 2003, condenado em primeira instância em 2009, Ishii manteve-se no cargo enquanto seu recurso não era julgado. O agente chegou a ser afastado dos serviços pela própria Polícia Federal, sem prejuízo em seus vencimentos, mas o Tribunal de Contas da União determinou o seu retorno ao trabalho. No recurso, os réus questionavam a legalidade das provas obtidas via interceptação telefônica e a determinação da Justiça de perda dos cargos, entre outras questões técnicas”. O ministro Felix Fischer, porém, decidiu manter a condenação dos três agentes da PF – inclusive do famoso “Japonês da Federal”.
Antes desta decisão do STF, que ainda pode ser questionada por novo recurso dos acusados, o agente Newton Ishii era presença obrigatória nas telinhas da tevê. Com a repentina fama, ele até insinuou que poderia ser candidato nas eleições deste ano. A revista Época, da famiglia Marinho, não vacilou em encher a sua bola, escondendo seu sinistro passado. Em meados de fevereiro, ela destacou a enorme “popularidade” do policial. “Por onde passou em Brasília na quarta-feira (17) – esteve num hotel e na Câmara dos Deputados e na posse da nova diretoria da federação de policiais federais –, ele foi abordado por fãs ávidos em tirar fotos com ele. Na Câmara, principalmente, Ishii se comportou como um pop star, sempre vestindo os óculos escuros, que já são sua marca. Não demora aparecer alguém oferecendo uma legenda ao policial”. Será que agora o Jornal Nacional, que também pertence à famiglia Marinho, frustrará os seus telespectadores – os “midiotas” – com as recentes e reveladoras notícias sobre o “Japonês da Federal”?
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Enquanto o “justiceiro” Sergio Moro não anuncia a sua candidatura, os “midiotas” de carteirinha – que se deixam levar facilmente pelas manipulações da imprensa – não escondiam o seu entusiasmo com o tal “Japonês da Federal”, que conseguiu os holofotes da tevê ao escoltar os presos da Operação Lava-Jato. No Carnaval, eles até desfilaram com máscaras do agente da PF. Nas últimas marchas golpistas, eles também carregaram faixas de elogios ao policial. Agora, porém, eles devem estar novamente desnorteados. Os seus heróis não duram muito tempo – que o diga o correntista suíço Eduardo Cunha ou o sumido ministro Joaquim Barbosa. Nesta semana, o site Paraná Portal revelou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação do agente policial Newton Hidenori Ishii por corrupção passiva. Ele foi acusado de fazer parte de uma quadrilha que facilitava o contrabando em Foz do Iguaçu.
Segundo a matéria, postada nesta segunda-feira (14), “em julgamento de recurso especial, o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, manteve a condenação de três policiais federais por corrupção passiva na Operação Sucuri, que investigou a atuação dos agentes em um esquema de facilitação de contrabando em Foz do Iguaçu. Entre os condenados está Newton Hidenori Ishii, que durante a Lava-Jato ficou conhecido como o ‘Japonês da Federal’, por estar presente, escoltando os presos em praticamente todas as fases da operação. Ishii foi preso, em março de 2003, nos primeiros meses de governo Lula, na Operação Sucuri, junto com outros 22 agentes da Polícia Federal, sete auditores da Receita Federal e três Policiais Rodoviários Federais, todos de Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com o Paraguai. Também foram atingidos contrabandistas e intermediários”.
Ainda de acordo com a reportagem, todos os denunciados na ocasião “se omitiram de forma consciente e voluntária, de fiscalizar os veículos cujas placas lhes eram previamente informadas, ou realizavam fiscalização ficta, abordando os veículos para simular fiscalização sem a apreensão de qualquer mercadoria... Preso em 2003, condenado em primeira instância em 2009, Ishii manteve-se no cargo enquanto seu recurso não era julgado. O agente chegou a ser afastado dos serviços pela própria Polícia Federal, sem prejuízo em seus vencimentos, mas o Tribunal de Contas da União determinou o seu retorno ao trabalho. No recurso, os réus questionavam a legalidade das provas obtidas via interceptação telefônica e a determinação da Justiça de perda dos cargos, entre outras questões técnicas”. O ministro Felix Fischer, porém, decidiu manter a condenação dos três agentes da PF – inclusive do famoso “Japonês da Federal”.
Antes desta decisão do STF, que ainda pode ser questionada por novo recurso dos acusados, o agente Newton Ishii era presença obrigatória nas telinhas da tevê. Com a repentina fama, ele até insinuou que poderia ser candidato nas eleições deste ano. A revista Época, da famiglia Marinho, não vacilou em encher a sua bola, escondendo seu sinistro passado. Em meados de fevereiro, ela destacou a enorme “popularidade” do policial. “Por onde passou em Brasília na quarta-feira (17) – esteve num hotel e na Câmara dos Deputados e na posse da nova diretoria da federação de policiais federais –, ele foi abordado por fãs ávidos em tirar fotos com ele. Na Câmara, principalmente, Ishii se comportou como um pop star, sempre vestindo os óculos escuros, que já são sua marca. Não demora aparecer alguém oferecendo uma legenda ao policial”. Será que agora o Jornal Nacional, que também pertence à famiglia Marinho, frustrará os seus telespectadores – os “midiotas” – com as recentes e reveladoras notícias sobre o “Japonês da Federal”?
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Caro Miro
ResponderExcluirÉ uma quadrilha acostumada aos governos tucanos, onde tudo podia e nada acontecia, por isso a pressa em acabar com o governo do PT, Dilma.
Há de se ver pelos números,dos envolvidos e presos, percebe-se o ódio da PF, RF entre outros, contra o atual governo "42 pessoas – sete agenciadores, seis contrabandistas, 23 agentes da Polícia Federal, sete Técnicos da Receita Federal e três policiais rodoviários federal-"
Saudações
Marchinha do Japonês 2
ResponderExcluirEu mato, eu mato
Quem roubou minha cueca
Pra usar no lava jato
Minha cueca é de veludo
E na prisão só tem bicho cabeludo.