Por Altamiro Borges
A rede de fast food Habib's, que possui 430 lojas no país e mais de 22 mil funcionários, revelou toda a falta de caráter da burguesia. No período da bonança econômica, ela cresceu e elevou seus lucros. Mesmo rejeitando o governo Lula por razões de classe, ela evitou fazer terrorismo político. Agora, com o agravamento da crise, ela escancara o seu ódio e aposta na cruzada golpista. Na véspera das marchas desde domingo, a empresa lançou a campanha "Fome de Mudança" de apoio explícito ao impeachment de Dilma. Suas unidades foram decoradas com as cores verde e amarela e distribuíram brindes para os clientes. Em comunicado oficial, o Habib's convocou os "homens e mulheres que possam fazer a diferença". Uma mistura de ativismo político e oportunismo comercial!
Os internautas também lembraram que a rede já sofreu inúmeros processos de clientes pela qualidade de seus produtos. Uma matéria do site UOL, de maio de 2012, registrou que a "vigilância sanitária do RS encontra bactérias nocivas em recheios de esfihas do Habib's e suspende venda de lote". Segundo o texto, assinado pelo jornalista Alexandro Auler, "as bactérias encontradas em análise podem causar febre e diarreia... A investigação do órgão de saúde foi iniciada após denúncias de três clientes que passaram mal depois de ingerirem as esfihas no dia 16 de abril, na filial em um shopping no bairro Floresta, em Porto Alegre".
Encaminhadas para análise no Laboratório Central do Estado (Lacen), as amostras apresentaram três tipos de bactérias nocivas ao organismo: Listeria monocytogenes, Escherichia coli e Bacillus cereus, todas nos recheios. “As três estão sempre envolvidas em casos de intoxicação alimentar”, explicou o médico veterinário chefe da equipe de alimentos da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Paulo Casa Nova. Segundo ele, deficiências no processo de higiene e conservação dos produtos são as causas do surgimento dessas bactérias. Os sintomas de quem as ingerem são febre e diarreia, mas a Listeria monocytogenes também pode causar aborto. "Dependendo da quantidade, ela tem poder abortivo. Por isso, temos que ter um cuidado bem grande", salientou Paulo Casa Nova.
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A rede de fast food Habib's, que possui 430 lojas no país e mais de 22 mil funcionários, revelou toda a falta de caráter da burguesia. No período da bonança econômica, ela cresceu e elevou seus lucros. Mesmo rejeitando o governo Lula por razões de classe, ela evitou fazer terrorismo político. Agora, com o agravamento da crise, ela escancara o seu ódio e aposta na cruzada golpista. Na véspera das marchas desde domingo, a empresa lançou a campanha "Fome de Mudança" de apoio explícito ao impeachment de Dilma. Suas unidades foram decoradas com as cores verde e amarela e distribuíram brindes para os clientes. Em comunicado oficial, o Habib's convocou os "homens e mulheres que possam fazer a diferença". Uma mistura de ativismo político e oportunismo comercial!
A campanha gerou uma onda de protestos nas redes sociais, com milhares de internautas aderindo à hashtag #BoicoteHabibs. Aos poucos, as sujeiras da poderosa rede de fast food também foram sendo desenterradas. Um texto de Folha tucana, de dezembro de 2014, revelou que o "Habib's é investigado sob suspeita de sonegação fiscal". A denúncia, apresentada por um franqueado do Rio Grande do Sul, resultou na abertura de apuração em secretarias da Fazenda de seis Estados e do Distrito Federal. "A operação, batizada de Flex Food, é liderada pela Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, que obteve um mandado judicial para fazer busca e apreensão na sede da empresa em São Paulo".
Agentes da Polícia Federal, da Polícia Civil, da Receita e das procuradorias coletaram documentos e copiaram dados de computadores de escritórios e estabelecimentos do Habib's nos Estados de Minas, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco e Distrito Federal, e na sede administrativa da empresa, em São Paulo. Segundo a denúncia do franqueado gaúcho, que moveu uma ação judicial, a empresa mandava os franqueados reportarem faturamento inferior ao efetivamente realizado.
O esquema criminoso também envolvia a falsa classificação de produtos nas notas fiscais para recolher menos impostos, ocultação de receitas e a não emissão de notas fiscais ao consumidor. Ainda segundo a denúncia, todo o esquema seria controlado por um sistema de informática que estaria programado para desligar automaticamente a máquina de emissão de notas fiscais quando o faturamento do franqueado atingisse o limite do Simples, de R$ 3,6 milhões.
Os internautas também lembraram que a rede já sofreu inúmeros processos de clientes pela qualidade de seus produtos. Uma matéria do site UOL, de maio de 2012, registrou que a "vigilância sanitária do RS encontra bactérias nocivas em recheios de esfihas do Habib's e suspende venda de lote". Segundo o texto, assinado pelo jornalista Alexandro Auler, "as bactérias encontradas em análise podem causar febre e diarreia... A investigação do órgão de saúde foi iniciada após denúncias de três clientes que passaram mal depois de ingerirem as esfihas no dia 16 de abril, na filial em um shopping no bairro Floresta, em Porto Alegre".
Encaminhadas para análise no Laboratório Central do Estado (Lacen), as amostras apresentaram três tipos de bactérias nocivas ao organismo: Listeria monocytogenes, Escherichia coli e Bacillus cereus, todas nos recheios. “As três estão sempre envolvidas em casos de intoxicação alimentar”, explicou o médico veterinário chefe da equipe de alimentos da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Paulo Casa Nova. Segundo ele, deficiências no processo de higiene e conservação dos produtos são as causas do surgimento dessas bactérias. Os sintomas de quem as ingerem são febre e diarreia, mas a Listeria monocytogenes também pode causar aborto. "Dependendo da quantidade, ela tem poder abortivo. Por isso, temos que ter um cuidado bem grande", salientou Paulo Casa Nova.
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2 comentários:
Para quem pretendia entrar nos EUA antes do 11 de setembro e teve que desistir por conta da imagem árabe, é um triste sinal de decadência. ..
O Habibs fez um hedge fiscal. Se a Dilma cair, vai contar com a simpatia do próximo governo para tratar suas pendências fiscais, senão vai alegar perseguição da Receita por ter participado ativamente da manifestação.
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