Marcha organizada pela Frente Povo sem Medo seguiu por ruas de bairros nobres de SP Foto: José Eduardo Bernardes |
Mais de 30 mil pessoas saíram do Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, em direção à sede da Rede Globo, no bairro do Brooklin, na noite desta quinta-feira (24), em uma marcha para defender a democracia e denunciar o apoio midiático da emissora à desestabilização política do país.
Participaram do ato movimentos sociais, políticos do PT, PSOL, PCdoB, além de artistas e cineastas, que leram um manifesto contrário ao pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A estimativa de público é da organização da atividade.
A manifestação, convocada pela Frente Povo sem Medo – que reúne o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Intersindical, a CUT, o MST e outras organizações populares – passou por locais tradicionais da elite paulistana, como o Clube Pinheiros e o shopping JK Iguatemi, entoando gritos de “Não vai ter golpe” e “O povo não é bobo, abaixo à Rede Globo”.
O líder do MTST, Guilherme Boulos, lembrou que o ato foi chamado com a proposta de fazer uma defesa clara e intransigente da democracia no país, “diante das ameaças golpistas”. Mas destacou que “defender a democracia, não é defender as políticas desse governo”. “Esse governo foi eleito com um programa e adotou o programa derrotado nas ruas, isso é inadmissível”, disse.
Militantes do MTST presentes no ato também cobraram que a saída para a crise seja pautada por políticas de esquerda e que o governo esteja atento aos direitos do movimento de moradia. Rose Tavares, da ocupação Maria Bonita, na zona sul paulistana, disse que a manifestação serviu para reafirmar a legitimidade do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e para chamar atenção de setores elitistas da cidade. “Para que eles, da elite, saibam que o povo não está dormindo, a classe operária não está dormindo”, declarou.
Para o militante Robson dos Santos Silva, da ocupação Carlos Mariguela, em Carapicuíba, “o ato mostra a força que o nosso movimento tem para evitar esse golpe e mostra que o povo tem o direito de lutar”.
O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que é natural existirem reivindicações dos movimentos sociais contra o governo. “Eles querem mudanças na política econômica, querem ênfase na construção de moradias populares. Nós também queremos”, disse.
Falcão revelou que, na próxima semana, o governo federal deverá apresentar mais uma fase do programa “Minha Casa Minha Vida 3”. Nesta etapa, será contemplada, segundo o presidente do PT, uma linha para produção de casas por entidade. “Nós temos reivindicado isso, achamos que o movimento [MTST] tem direito de receber esse recurso”, esclareceu.
Escracho
A Rede Globo, principal alvo do ato desta quinta-feira, tem produzido uma “manipulação política neste cenário de crise”, disse o deputado federal Ivan Valente (PSOL). “Essa é uma manobra pra colocar o [Michel] Temer na presidência, apoiado pelo DEM e pelo PSDB. Nós não aceitamos manipulação política. Não aceitamos o golpe midiático da Rede Globo”, afirmou.
Quando o movimento chegou no prédio da emissora, tapumes e grades de ferro cercavam a entrada. Manifestantes fizeram um escracho nos muros e nas calçadas, com inscrições de tinta spray, que pediam o fim da Rede Globo e denunciavam a participação dela no Golpe Militar de 1964.
Para o professor e militante do movimento negro, Douglas Belchior, a Globo impede o desenvolvimento do país. “Ela promove uma radicalização da pobreza, da violência e do preconceito racial, contra o povo, sempre como um instrumento na mão das elites brasileiras. Não é a primeira vez que ela se coloca a serviço de golpes”, apontou.
A cartunista Laerte também alerta para a desinformação que a propaganda midiática tem criado na população. “Eu vejo se formarem ideias ‘fascistoides’, baseada em propaganda da mídia, em decisões absolutamente parciais e medidas unilaterais”, destacou.
A manifestação, convocada pela Frente Povo sem Medo – que reúne o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Intersindical, a CUT, o MST e outras organizações populares – passou por locais tradicionais da elite paulistana, como o Clube Pinheiros e o shopping JK Iguatemi, entoando gritos de “Não vai ter golpe” e “O povo não é bobo, abaixo à Rede Globo”.
O líder do MTST, Guilherme Boulos, lembrou que o ato foi chamado com a proposta de fazer uma defesa clara e intransigente da democracia no país, “diante das ameaças golpistas”. Mas destacou que “defender a democracia, não é defender as políticas desse governo”. “Esse governo foi eleito com um programa e adotou o programa derrotado nas ruas, isso é inadmissível”, disse.
Militantes do MTST presentes no ato também cobraram que a saída para a crise seja pautada por políticas de esquerda e que o governo esteja atento aos direitos do movimento de moradia. Rose Tavares, da ocupação Maria Bonita, na zona sul paulistana, disse que a manifestação serviu para reafirmar a legitimidade do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e para chamar atenção de setores elitistas da cidade. “Para que eles, da elite, saibam que o povo não está dormindo, a classe operária não está dormindo”, declarou.
Para o militante Robson dos Santos Silva, da ocupação Carlos Mariguela, em Carapicuíba, “o ato mostra a força que o nosso movimento tem para evitar esse golpe e mostra que o povo tem o direito de lutar”.
O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que é natural existirem reivindicações dos movimentos sociais contra o governo. “Eles querem mudanças na política econômica, querem ênfase na construção de moradias populares. Nós também queremos”, disse.
Falcão revelou que, na próxima semana, o governo federal deverá apresentar mais uma fase do programa “Minha Casa Minha Vida 3”. Nesta etapa, será contemplada, segundo o presidente do PT, uma linha para produção de casas por entidade. “Nós temos reivindicado isso, achamos que o movimento [MTST] tem direito de receber esse recurso”, esclareceu.
Escracho
A Rede Globo, principal alvo do ato desta quinta-feira, tem produzido uma “manipulação política neste cenário de crise”, disse o deputado federal Ivan Valente (PSOL). “Essa é uma manobra pra colocar o [Michel] Temer na presidência, apoiado pelo DEM e pelo PSDB. Nós não aceitamos manipulação política. Não aceitamos o golpe midiático da Rede Globo”, afirmou.
Quando o movimento chegou no prédio da emissora, tapumes e grades de ferro cercavam a entrada. Manifestantes fizeram um escracho nos muros e nas calçadas, com inscrições de tinta spray, que pediam o fim da Rede Globo e denunciavam a participação dela no Golpe Militar de 1964.
Para o professor e militante do movimento negro, Douglas Belchior, a Globo impede o desenvolvimento do país. “Ela promove uma radicalização da pobreza, da violência e do preconceito racial, contra o povo, sempre como um instrumento na mão das elites brasileiras. Não é a primeira vez que ela se coloca a serviço de golpes”, apontou.
A cartunista Laerte também alerta para a desinformação que a propaganda midiática tem criado na população. “Eu vejo se formarem ideias ‘fascistoides’, baseada em propaganda da mídia, em decisões absolutamente parciais e medidas unilaterais”, destacou.
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