Por Ivan Longo, na revista Fórum:
As poucas barracas de manifestantes pró-impeachment em frente à Fiesp, que chegaram a bloquear integralmente a avenida Paulista, em São Paulo, por mais de um dia, deram lugar nesta sexta-feira (18) a uma massa de centenas de milhares de pessoas. Diferentemente daquelas que ocupavam a via poucas horas antes, essas não tinham classe social ou cor hegemônica: negros, brancos, ricos, pobres, héteros, gays, patrões, babás, governistas, não governistas, esquerdistas radicais, progressistas e até direitistas (leia a matéria sobre a “resistência direitista” na Paulista) fizeram parte do protesto que mais pareceu uma festa pela democracia.
“Percebam que a Paulista não tem cor. Ela é colorida, multicolor!”, disse Chico César, parafraseando a música de Karnak, na apresentação que fez em frente ao Masp. “Tá lindo de ver que aqui é uma manifestação do povo. E ainda hoje vieram me xingar no Facebook, perguntando quanto eu tinha recebido do PT para tocar aqui. Eu digo em alto e bom som: vim de graça! Vim pela ideologia, vim pela democracia!”, afirmou o artista paraibano pouco antes de dedicar a música “Mand’ela” ao ex-presidente Lula. “Querem prender o nosso Mandela! Nós não vamos deixar!”, disse.
A diversidade citada por Chico César, de fato, era evidente. Em poucos minutos de caminhada, era incontável a quantidade de pessoas dos mais variados perfis conversando ou caminhando juntas. No meio da avenida, membros do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNRC) cantavam com petroleiros. Sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) dividiam espaço com advogados e juristas. Do mais pobre ao mais rico era possível ver a determinação em zelar pela democracia e a alegria de ter de volta no governo, agora como ministro, o ex-presidente Lula.
As poucas barracas de manifestantes pró-impeachment em frente à Fiesp, que chegaram a bloquear integralmente a avenida Paulista, em São Paulo, por mais de um dia, deram lugar nesta sexta-feira (18) a uma massa de centenas de milhares de pessoas. Diferentemente daquelas que ocupavam a via poucas horas antes, essas não tinham classe social ou cor hegemônica: negros, brancos, ricos, pobres, héteros, gays, patrões, babás, governistas, não governistas, esquerdistas radicais, progressistas e até direitistas (leia a matéria sobre a “resistência direitista” na Paulista) fizeram parte do protesto que mais pareceu uma festa pela democracia.
“Percebam que a Paulista não tem cor. Ela é colorida, multicolor!”, disse Chico César, parafraseando a música de Karnak, na apresentação que fez em frente ao Masp. “Tá lindo de ver que aqui é uma manifestação do povo. E ainda hoje vieram me xingar no Facebook, perguntando quanto eu tinha recebido do PT para tocar aqui. Eu digo em alto e bom som: vim de graça! Vim pela ideologia, vim pela democracia!”, afirmou o artista paraibano pouco antes de dedicar a música “Mand’ela” ao ex-presidente Lula. “Querem prender o nosso Mandela! Nós não vamos deixar!”, disse.
A diversidade citada por Chico César, de fato, era evidente. Em poucos minutos de caminhada, era incontável a quantidade de pessoas dos mais variados perfis conversando ou caminhando juntas. No meio da avenida, membros do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNRC) cantavam com petroleiros. Sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) dividiam espaço com advogados e juristas. Do mais pobre ao mais rico era possível ver a determinação em zelar pela democracia e a alegria de ter de volta no governo, agora como ministro, o ex-presidente Lula.
“Ah, mas que sinistro! O Lula virou ministro!”, “Ô, o Lula voltou!” e “Não vai ter golpe!” se tornaram mantras. Isso ainda falando só da parte descontraída. Não faltaram críticas ao juiz Sérgio Moro e à Rede Globo que, desta vez, não cobriu as manifestações ao vivo e teve que se limitar a imagens aéreas, já que os gritos de “o povo não é bobo. Abaixo a Rede Globo” se direcionavam até mesmo aos cinegrafistas da rede Bandeirantes, protegidos por um cordão policial do alto do prédio da Fiesp – a auto-intitulada “casa do impeachment”.
“Abaixo a mídia golpista! A imprensa tem partido e nós sabemos muito bem qual que é!”, provocou, ovacionada pelo público, a sambista e deputada estadual pelo PCdoB, Leci Brandão.
“Não vim aqui por legenda partidária. Eu vim até aqui por um projeto. Projeto esse que eles querem destruir. A Lava Jato só é um pretexto para acabar com um projeto de inclusão. À madame que reclama que só tem nordestino em São Paulo: não se esqueça que foram eles quem construíram sua cobertura”, disse a parlamentar reconhecida por sua militância pelos direitos da população negra e das mulheres.
A sensação que ficou, ao final da fala de Lula, foi a de vitória:
“O golpe está iminente mas isso aqui é uma demonstração de força. Independente das manobras e arbitrariedades jurídicas, o povo está na rua mostrando que não vai deixar passar”, disse o advogado Ariel de Castro Alves.
“Abaixo a mídia golpista! A imprensa tem partido e nós sabemos muito bem qual que é!”, provocou, ovacionada pelo público, a sambista e deputada estadual pelo PCdoB, Leci Brandão.
“Não vim aqui por legenda partidária. Eu vim até aqui por um projeto. Projeto esse que eles querem destruir. A Lava Jato só é um pretexto para acabar com um projeto de inclusão. À madame que reclama que só tem nordestino em São Paulo: não se esqueça que foram eles quem construíram sua cobertura”, disse a parlamentar reconhecida por sua militância pelos direitos da população negra e das mulheres.
A sensação que ficou, ao final da fala de Lula, foi a de vitória:
“O golpe está iminente mas isso aqui é uma demonstração de força. Independente das manobras e arbitrariedades jurídicas, o povo está na rua mostrando que não vai deixar passar”, disse o advogado Ariel de Castro Alves.
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