Por Nathali Macedo, no blog Diário do Centro do Mundo:
Débora Bergamasco tem a exata noção do que configura um abuso – tanto que não se quedou quando doeu o seu próprio calo – mas se coloca na posição de abusadora na primeira oportunidade.
Esta não é, infelizmente, apenas uma mulher consciente da opressão de gênero, mas confusa e turvada pela alienação patriarcal: ela sabe o que está fazendo. Ela é uma amostra das tantas mulheres que utilizam um discurso de igualdade apenas ao próprio favor, e esquecem-se de que a luta por igualdade de gênero exige, antes de tudo, empatia.
É apenas mais uma que pensa lutar contra o abuso – pelo simples fato de conhecê-lo – mas trata – ardilosa e conscientemente – de promovê-lo quando lhe parece conveniente.
Débora B é apenas mais uma capitã-do-mato que violenta os próprios semelhantes a mando de seu Senhor.
Estão fazendo gaslighting com Dilma. E a quem isso surpreende?
Um parêntese: gaslighting é uma forma de abuso psicológico que consiste em distorcer informações para fazer com que a vítima duvide de sua própria sanidade. Em outras palavras, é o ato de associar as atitudes femininas à loucura ou descontrole emocional como forma de mascarar o abuso.
A essa altura, ler uma matéria em que chamam a Presidenta de louca beira o clichê: é exatamente o que se espera de uma mídia desesperada. Que meta os pés pelas mãos e seja incapaz de disfarçar o sexismo embutido no discurso pró-golpe.
Afinal, temos uma direita que manda a Presidenta da República tomar no c* em um estádio de futebol lotado, em que xingamentos como “vagabunda” e “sapa gorda” são proferidos sem cerimônia e a mídia discute as roupas, o estilo pessoal e a sexualidade de Dilma como se isso de fato importasse.
O que assusta – embora não exatamente surpreenda – é que uma mulher protagonize e fortaleça esse discurso.
Estou falando de Débora Bergamasco, que, recentemente, sentiu na pele os efeitos do machismo quando internautas associaram o furo de reportagem de sua matéria sobre a delação de Delcídio Amaral à sua vida pessoal e, agora, compara Dilma a “Maria I, a Louca”, ao dizer que a Presidenta tem agido de maneira “ensandecida” diante da eminência de perder o poder, tal qual a dita primeira rainha do Brasil.
Fortalecer um discurso opressor e sexista não é privilégio de Débora: como ela, muitas mulheres oprimem suas semelhantes, muito embora reconheçam – e incomodem-se – com a opressão sofrida por elas próprias.
Eu diria, não sem algum pesar, que este não é apenas um paradoxo ideológico: é o mais odioso mau-caratismo intelectual.
Um parêntese: gaslighting é uma forma de abuso psicológico que consiste em distorcer informações para fazer com que a vítima duvide de sua própria sanidade. Em outras palavras, é o ato de associar as atitudes femininas à loucura ou descontrole emocional como forma de mascarar o abuso.
A essa altura, ler uma matéria em que chamam a Presidenta de louca beira o clichê: é exatamente o que se espera de uma mídia desesperada. Que meta os pés pelas mãos e seja incapaz de disfarçar o sexismo embutido no discurso pró-golpe.
Afinal, temos uma direita que manda a Presidenta da República tomar no c* em um estádio de futebol lotado, em que xingamentos como “vagabunda” e “sapa gorda” são proferidos sem cerimônia e a mídia discute as roupas, o estilo pessoal e a sexualidade de Dilma como se isso de fato importasse.
O que assusta – embora não exatamente surpreenda – é que uma mulher protagonize e fortaleça esse discurso.
Estou falando de Débora Bergamasco, que, recentemente, sentiu na pele os efeitos do machismo quando internautas associaram o furo de reportagem de sua matéria sobre a delação de Delcídio Amaral à sua vida pessoal e, agora, compara Dilma a “Maria I, a Louca”, ao dizer que a Presidenta tem agido de maneira “ensandecida” diante da eminência de perder o poder, tal qual a dita primeira rainha do Brasil.
Fortalecer um discurso opressor e sexista não é privilégio de Débora: como ela, muitas mulheres oprimem suas semelhantes, muito embora reconheçam – e incomodem-se – com a opressão sofrida por elas próprias.
Eu diria, não sem algum pesar, que este não é apenas um paradoxo ideológico: é o mais odioso mau-caratismo intelectual.
Débora Bergamasco tem a exata noção do que configura um abuso – tanto que não se quedou quando doeu o seu próprio calo – mas se coloca na posição de abusadora na primeira oportunidade.
Esta não é, infelizmente, apenas uma mulher consciente da opressão de gênero, mas confusa e turvada pela alienação patriarcal: ela sabe o que está fazendo. Ela é uma amostra das tantas mulheres que utilizam um discurso de igualdade apenas ao próprio favor, e esquecem-se de que a luta por igualdade de gênero exige, antes de tudo, empatia.
É apenas mais uma que pensa lutar contra o abuso – pelo simples fato de conhecê-lo – mas trata – ardilosa e conscientemente – de promovê-lo quando lhe parece conveniente.
Débora B é apenas mais uma capitã-do-mato que violenta os próprios semelhantes a mando de seu Senhor.
Esse povo (oposição) quando enche a boca e diz que a "sociedade" não aguenta mais a Dilma deve ser a sociedade entre eles.São cegos para não ver o que acontece nas ruas? Essa bandida porcalhista sabe de nada! Mas que é desespero é! Dilma fica!
ResponderExcluirRealmente a reporcagem da LixoÉ é lamentável. Como professora de História, durante quarenta anos ensinei para meus alunos que na fuga da família real portuguesa, quando da invasão das tropas napoleônicas, a pessoa mais sensata era a rainha. Dona Maria I, a Louca, dizia, segundo alguns historiadores, :"Não corram! Vão pensar que estamos fugindo!
ResponderExcluirA capitão-do-mato (muito boa a definição) decerto não consegue ver que nossa presidenta -dela também- não demonstra nenhuma disposição para a fuga. Pelo contrário, apoiada pelas ruas e por todos os grandes nomes em todas as artes desse país, diz alto e bom som" NÃO VAI TER GOLPE!
Deprimente. E o nível vai baixar mais ainda. Vejam o discurso da Paschoal. Quem é louca? Ela ou a Dilma? Aquilo mais parecia uma sessão do descarrego. E ainda falou em Deus. Os coxinhas estão enlouquecendo. Freud neles!
ResponderExcluirÉ realmente muito preocupante. Tenho deixado de comentar certas coisas com conhecidos para não ouvir esse tipo de comentários injuriosos contra a pessoa da Dilma. Dia desses tive que "descer do salto" e indignada defendi a minha conterrânea numa roda de homens e mulheres onde o comentário maldoso partiu de uma mulher. Inadmissível.
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