Por Altamiro Borges
Com a aprovação do impeachment de Dilma, o correntista suíço Eduardo Cunha, o chefão da máfia golpista, tentará agora um novo lance de ousadia: escapar da sua própria cassação. Neste esforço, ele tem a ajuda das putrefatas bancadas do PSDB, DEM, PPS e SD, entre outras legendas compostas de moralistas sem moral, e da mídia “privada” – nos dois sentidos da palavra. Nas últimas horas, cresceu a boataria de que este pacto mafioso já orquestra uma saída “honrosa” para o lobista. Após ter obrado todo o trabalho sujo, ele renunciaria ao seu cargo de presidente da Câmara Federal e, como compensação, teria seu mandato de deputado federal preservado. Os midiotas que festejam o “Fora Dilma” terão que se olhar no espelho, como já advertiu o escritor Luis Fernando Veríssimo.
A asquerosa manobra já está em curso. Na quarta-feira passada (13), o deputado Fausto Pinato (PP-SP) renunciou ao cargo na Comissão de Ética da Câmara Federal que analisa os bilionários esquemas de corrupção de Eduardo Cunha, sua esposa e filha. Quem assumiu a vaga na comissão, que é composta por 21 parlamentares, é a deputada Tia Eron (PRB-BA), que nunca escondeu suas íntimas ligações com Eduardo Cunha. A mídia privada, que garantiu a blindagem do lobista nesta reta final da votação do impeachment de Dilma, evitou dar destaque para a mutreta. Antes da sinistra renúncia, 11 deputados tinham votado a favor do parecer pela admissibilidade da cassação do correntista suíço – e 10 contra. Agora, o placar se altera, garantindo a impunidade do mafioso.
“O receio de alguns integrantes do Conselho de Ética é que a defesa de Eduardo Cunha, que já vem adiando há mais de quatro meses por meio de manobras regimentais a votação do parecer, apresente requerimento para uma nova votação e a diferença de apenas um voto seja revertida. Autor da representação contra Eduardo Cunha, o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), disse que a renúncia de Fausto Pinato ‘surpreendeu a todos’... ‘Cada vez mais ficamos convencidos que da Câmara, nesse mar de cumplicidades, Cunha não sofrerá qualquer sanção. Ética tem baixíssimo valor nesse ambiente. Que o Supremo Tribunal Federal (STF) aja, rápido, pelo bem da Nação’, comentou Chico Alencar” – descreve o Jornal do Brasil.
A dura crítica da BBC de Londres
O “baixíssimo valor” da ética entre os que aprovaram o impeachment de Dilma já virou motivo de comentários ácidos até na imprensa internacional – bem diferente da postura de cumplicidade e apoio da mídia nativa. No final de março, mais um veículo criticou o “escândalo” do processo político no Brasil. Desta vez foi a respeitada British Broadcasting Corporation, a BBC, o conglomerado público de radiodifusão da Grã-Bretanha, que disse “não entender” como um deputado que é réu, com inúmeras denúncias de corrupção, lidera a derrubada de uma presidente honesta.
“A tentativa de cassar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por meio de um processo no Conselho de Ética começou em 13 de outubro, 50 dias antes de ele aceitar um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, em 2 de dezembro – dando início ao trâmite que pode culminar na derrubada do governo petista. Apesar disso, a presidente corre risco real de ser afastada do cargo antes de o julgamento de Cunha ser concluído”, observa a jornalista Mariana Schreiber, da BBC Brasil em Brasília.
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Com a aprovação do impeachment de Dilma, o correntista suíço Eduardo Cunha, o chefão da máfia golpista, tentará agora um novo lance de ousadia: escapar da sua própria cassação. Neste esforço, ele tem a ajuda das putrefatas bancadas do PSDB, DEM, PPS e SD, entre outras legendas compostas de moralistas sem moral, e da mídia “privada” – nos dois sentidos da palavra. Nas últimas horas, cresceu a boataria de que este pacto mafioso já orquestra uma saída “honrosa” para o lobista. Após ter obrado todo o trabalho sujo, ele renunciaria ao seu cargo de presidente da Câmara Federal e, como compensação, teria seu mandato de deputado federal preservado. Os midiotas que festejam o “Fora Dilma” terão que se olhar no espelho, como já advertiu o escritor Luis Fernando Veríssimo.
A asquerosa manobra já está em curso. Na quarta-feira passada (13), o deputado Fausto Pinato (PP-SP) renunciou ao cargo na Comissão de Ética da Câmara Federal que analisa os bilionários esquemas de corrupção de Eduardo Cunha, sua esposa e filha. Quem assumiu a vaga na comissão, que é composta por 21 parlamentares, é a deputada Tia Eron (PRB-BA), que nunca escondeu suas íntimas ligações com Eduardo Cunha. A mídia privada, que garantiu a blindagem do lobista nesta reta final da votação do impeachment de Dilma, evitou dar destaque para a mutreta. Antes da sinistra renúncia, 11 deputados tinham votado a favor do parecer pela admissibilidade da cassação do correntista suíço – e 10 contra. Agora, o placar se altera, garantindo a impunidade do mafioso.
“O receio de alguns integrantes do Conselho de Ética é que a defesa de Eduardo Cunha, que já vem adiando há mais de quatro meses por meio de manobras regimentais a votação do parecer, apresente requerimento para uma nova votação e a diferença de apenas um voto seja revertida. Autor da representação contra Eduardo Cunha, o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), disse que a renúncia de Fausto Pinato ‘surpreendeu a todos’... ‘Cada vez mais ficamos convencidos que da Câmara, nesse mar de cumplicidades, Cunha não sofrerá qualquer sanção. Ética tem baixíssimo valor nesse ambiente. Que o Supremo Tribunal Federal (STF) aja, rápido, pelo bem da Nação’, comentou Chico Alencar” – descreve o Jornal do Brasil.
A dura crítica da BBC de Londres
O “baixíssimo valor” da ética entre os que aprovaram o impeachment de Dilma já virou motivo de comentários ácidos até na imprensa internacional – bem diferente da postura de cumplicidade e apoio da mídia nativa. No final de março, mais um veículo criticou o “escândalo” do processo político no Brasil. Desta vez foi a respeitada British Broadcasting Corporation, a BBC, o conglomerado público de radiodifusão da Grã-Bretanha, que disse “não entender” como um deputado que é réu, com inúmeras denúncias de corrupção, lidera a derrubada de uma presidente honesta.
“A tentativa de cassar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por meio de um processo no Conselho de Ética começou em 13 de outubro, 50 dias antes de ele aceitar um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, em 2 de dezembro – dando início ao trâmite que pode culminar na derrubada do governo petista. Apesar disso, a presidente corre risco real de ser afastada do cargo antes de o julgamento de Cunha ser concluído”, observa a jornalista Mariana Schreiber, da BBC Brasil em Brasília.
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ResponderExcluirhttps://fitademoebius.wordpress.com/2016/04/18/contragolpe/
Estamos orando por LULA
ResponderExcluirTemos quer intensificar nas ruas o Fora Cunha.
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