Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Após cerca de duas horas batendo papo com Dilma Rousseff e colegas blogueiros na última quarta-feira (20), formei convicção de que não surpreende esse processo que ameaça destituir um governo eleito pelo voto popular com base em pesquisas de opinião levadas a cabo por empresas privadas simplesmente por conta de este país ser tão machista.
Foi a segunda vez na vida que dialoguei com a presidente; a mulher que encontrei no terceiro andar do Palácio do Planalto não guarda absolutamente nenhuma semelhança com a que vem sendo pintada pela mídia. Ela está absolutamente serena e consciente das razões pelas quais foi tão difícil para si governar este país.
Ao longo de seu governo, Dilma enfrentou uma fúria da mídia e do “mercado” que jamais foi usada contra Lula porque, como homem, ele estava imune ao tipo de ridicularia sexista usada contra a sucessora.
No vídeo [aqui], a presidente comenta observação que lhe fiz sobre aquela história de que haveria racionamento de energia elétrica no país. O que percebi é que ela sente que ser mulher impediu que fosse levada a sério quando afirmava que não havia por que o racionamento se materializar.
O governo Dilma foi permeado pela desqualificação de sua titular. Os ataques da mídia e dos adversários políticos foram sempre no sentido de retratá-la como uma mulher descontrolada que agredia subordinados e tomava medidas graves com base em impulsos.
Adversários e até aliados (pero no mucho) sempre trataram de fazer considerações sobre o aspecto psicológico da presidente. Apesar de ter feito um governo mais à esquerda que o de Lula ao reduzir tarifas de energia, juros de mercado e resistir até onde pode ao ajuste fiscal – o que o governo Lula não fez, pois conduziu um ajuste fiscal duríssimo -, seu governo foi acusado de ser mais conservador que o do antecessor.
Lula, apesar de ser até mais odiado que Dilma, sempre foi tratado como um político inteligente – ou “esperto”, como querem seus adversários. Ela, não. A base dos ataques desmoralizantes de que foi alvo foi uma suposta estupidez e descontrole emocional, ainda que se trate de uma mulher extremamente intelectualizada e culta.
Seria de mau-gosto reproduzir, nesta página, o nível dos ataques sexistas de que a presidente foi alvo. Nenhum político homem é retratado em montagens fotográficas nu e em situações sexuais constrangedoras, mas não há quem tenha acesso à internet e não tenha visto a avalanche de montagens com a presidente nesse tipo de situação.
Como blogueiro político, posso afirmar que Dilma Rousseff foi tratada com menoscabo por inimigos políticos, por subordinados e até por ditos “aliados”. Sua autoridade foi questionada por não lhe reconhecerem a prerrogativa de mando simplesmente por ser mulher.
Alguns dirão que tudo o que está acontecendo com Dilma Rousseff é prejudicial à causa feminina, pois reforça a crença machista de que mulher não tem capacidade para exercer posições de comando. A proximidade com Dilma me fez pensar diferente.
A forma emocional que encontrei em Dilma Rousseff e o combate que ela garantiu que vai dar ao golpe mesmo se for afastada pelo Senado mostram a força da mulher. Poucos homens suportariam tantos insultos, tanto deboche, tantas calúnias sem desmoronarem emocionalmente. Dilma é uma inspiração para a causa feminina.
Após cerca de duas horas batendo papo com Dilma Rousseff e colegas blogueiros na última quarta-feira (20), formei convicção de que não surpreende esse processo que ameaça destituir um governo eleito pelo voto popular com base em pesquisas de opinião levadas a cabo por empresas privadas simplesmente por conta de este país ser tão machista.
Foi a segunda vez na vida que dialoguei com a presidente; a mulher que encontrei no terceiro andar do Palácio do Planalto não guarda absolutamente nenhuma semelhança com a que vem sendo pintada pela mídia. Ela está absolutamente serena e consciente das razões pelas quais foi tão difícil para si governar este país.
Ao longo de seu governo, Dilma enfrentou uma fúria da mídia e do “mercado” que jamais foi usada contra Lula porque, como homem, ele estava imune ao tipo de ridicularia sexista usada contra a sucessora.
No vídeo [aqui], a presidente comenta observação que lhe fiz sobre aquela história de que haveria racionamento de energia elétrica no país. O que percebi é que ela sente que ser mulher impediu que fosse levada a sério quando afirmava que não havia por que o racionamento se materializar.
O governo Dilma foi permeado pela desqualificação de sua titular. Os ataques da mídia e dos adversários políticos foram sempre no sentido de retratá-la como uma mulher descontrolada que agredia subordinados e tomava medidas graves com base em impulsos.
Adversários e até aliados (pero no mucho) sempre trataram de fazer considerações sobre o aspecto psicológico da presidente. Apesar de ter feito um governo mais à esquerda que o de Lula ao reduzir tarifas de energia, juros de mercado e resistir até onde pode ao ajuste fiscal – o que o governo Lula não fez, pois conduziu um ajuste fiscal duríssimo -, seu governo foi acusado de ser mais conservador que o do antecessor.
Lula, apesar de ser até mais odiado que Dilma, sempre foi tratado como um político inteligente – ou “esperto”, como querem seus adversários. Ela, não. A base dos ataques desmoralizantes de que foi alvo foi uma suposta estupidez e descontrole emocional, ainda que se trate de uma mulher extremamente intelectualizada e culta.
Seria de mau-gosto reproduzir, nesta página, o nível dos ataques sexistas de que a presidente foi alvo. Nenhum político homem é retratado em montagens fotográficas nu e em situações sexuais constrangedoras, mas não há quem tenha acesso à internet e não tenha visto a avalanche de montagens com a presidente nesse tipo de situação.
Como blogueiro político, posso afirmar que Dilma Rousseff foi tratada com menoscabo por inimigos políticos, por subordinados e até por ditos “aliados”. Sua autoridade foi questionada por não lhe reconhecerem a prerrogativa de mando simplesmente por ser mulher.
Alguns dirão que tudo o que está acontecendo com Dilma Rousseff é prejudicial à causa feminina, pois reforça a crença machista de que mulher não tem capacidade para exercer posições de comando. A proximidade com Dilma me fez pensar diferente.
A forma emocional que encontrei em Dilma Rousseff e o combate que ela garantiu que vai dar ao golpe mesmo se for afastada pelo Senado mostram a força da mulher. Poucos homens suportariam tantos insultos, tanto deboche, tantas calúnias sem desmoronarem emocionalmente. Dilma é uma inspiração para a causa feminina.
Em primeiro lugar o mínimo que posso fazer é me solidarizar a está forte e grande mulher, que com certeza o nosso Deus está lhe cobrindo com muita força e bênçãos para esse momento. Minha querida presidente quero lhe afirmar que assim como eu, os 54 milhões de votos que lhe escolheram como a representante maior de nossa nação estão ao seu lado. O fato da mídia, dos controladores das finanças e dos falsos representantes do povo e de 'Deus' estarem organizando este cenário com alguns representantes da mídia, como a rede bobô ou seja globo, não vai mudar jamais o que pensamos e o que aprendemos da diferença do compromisso de um governo popular com um governo do PSDB ou qualquer outra sigla dos descendentes da arena ou MDB. Com relação àqueles que não a respeitam pelo fato de ser uma mulher, eu só posso dizer sem preconceito algum, como poder numa sociedade em que precisamos coexistir de nossas relações um homem existir sem a nobre participação de uma mulher e vice verso. Quando Aristóteles disse que um mesmo homem não se banha nas águas de um mesmo rio, ele não se referiu ao homem como gênero e sim como espécie, meus caros e inteligentes amigos. Agora, para encerrar quero lembrar aos amigos que quando Jesus ressuscitou, escolheu a uma mulher para levar a notícia aos demais apóstolos que ele realizou a sua promessa de que estaria vivo no meio de nós. Paz e bem
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