Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Terminou às 4h43m de hoje a sessão da Comissão de Impeachment destinada a que os parlamentares falassem sobre o pedido de impedimento da Presidenta da República.
Falassem para quem, às quatro horas da manhã?
Para os gatos sorrateiros, para os ébrios das calçadas, para os plantonistas de portarias, no esforço de vencerem o sono que lhes pesa às pálpebras?
Não era uma sessão para falar, não era muito menos uma sessão para se ouvir aquilo que se falava.
Argumentos de nada serviam. Serviam apenas as explosões de ódio, o apetite de empalmarem um poder para o qual não se foi eleito, a ânsia de tomarem de assalto o Brasil.
Dali, nem o mais tolo dos tolos pode imaginar que vá brotar moralidade.
Por isso a pressa, mas não só.
É que o golpe, como todo crime, tem atração pela alta noite, pela madrugada.
Em 1961, foi na madrugada que se engendrou o parlamentarismo golpista.
Em 64, foi às cinco horas da manhã que Olímpio Mourão Filho mandou tomar a central telefônica de Juiz de Fora, no que chamou de “Operação Silêncio” para descer suas tropas de recrutas para dar o golpe do qual lhe ficou apenas a constrangedora posição de “vaca fardada”.
Ontem foi a primeira de mais uma série de madrugadas criminosas.
Chega a parecer decorosa a antiga safadeza parlamentar de mandar atrasar o relógio do plenário.
Não, agora o avanço é desabrido, a pressa dos faltosos, dos que se concedem as segundas, as tardes das quintas e as sexta-feiras como folga é acintosa.
São tubarões em frenesi alimentar.
Ainda lhes falta muito, porém, para que arranquem nacos mortais desta imensa baleia chamada Brasil.
Ainda lhes falta muito para que possam levar este país de novo às trevas.
Terminou às 4h43m de hoje a sessão da Comissão de Impeachment destinada a que os parlamentares falassem sobre o pedido de impedimento da Presidenta da República.
Falassem para quem, às quatro horas da manhã?
Para os gatos sorrateiros, para os ébrios das calçadas, para os plantonistas de portarias, no esforço de vencerem o sono que lhes pesa às pálpebras?
Não era uma sessão para falar, não era muito menos uma sessão para se ouvir aquilo que se falava.
Argumentos de nada serviam. Serviam apenas as explosões de ódio, o apetite de empalmarem um poder para o qual não se foi eleito, a ânsia de tomarem de assalto o Brasil.
Dali, nem o mais tolo dos tolos pode imaginar que vá brotar moralidade.
Por isso a pressa, mas não só.
É que o golpe, como todo crime, tem atração pela alta noite, pela madrugada.
Em 1961, foi na madrugada que se engendrou o parlamentarismo golpista.
Em 64, foi às cinco horas da manhã que Olímpio Mourão Filho mandou tomar a central telefônica de Juiz de Fora, no que chamou de “Operação Silêncio” para descer suas tropas de recrutas para dar o golpe do qual lhe ficou apenas a constrangedora posição de “vaca fardada”.
Ontem foi a primeira de mais uma série de madrugadas criminosas.
Chega a parecer decorosa a antiga safadeza parlamentar de mandar atrasar o relógio do plenário.
Não, agora o avanço é desabrido, a pressa dos faltosos, dos que se concedem as segundas, as tardes das quintas e as sexta-feiras como folga é acintosa.
São tubarões em frenesi alimentar.
Ainda lhes falta muito, porém, para que arranquem nacos mortais desta imensa baleia chamada Brasil.
Ainda lhes falta muito para que possam levar este país de novo às trevas.
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