Por Altamiro Borges
Na sua revanche neoliberal, o Judas Michel Temer está decidido a emplacar uma baita regressão trabalhista no Brasil. Ele já afirmou que defende a prevalência do negociado sobre o legislado – o que significa, na prática, o risco da extinção de todos os direitos fixados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como férias, 13º salário, adicionais, etc. Porém, como serviçal dos capitalistas – que bancaram o seu “golpe dos corruptos” –, o “presidente interino” deveria ficar atento ao que ocorre na França. A destrutiva “reforma trabalhista” do vendido François Hollande está gerando uma onda de revolta sem precedentes na história recente do país. Greves, bloqueios de rodovias e protestos se espalham pelo país.
Nesta quinta-feira (26), os trabalhadores das usinas nucleares da França anunciaram sua adesão à onda de greves, o que deve provocar escassez de energia e outros abalos econômicos. Numa ação unitária, as centrais sindicais da França agendaram uma nova manifestação gigante em Paris para 14 de junho. Será o nono protesto desde o início do movimento contra o “pacote trabalhista”, há três meses. Diante da forte resistência, o primeiro-ministro Manuel Valls admitiu nesta semana a possibilidade de “mudanças” e “melhorias” no detestado projeto. Dias antes, de forma arrogante, ele havia dito que a CGT, a maior central sindical que lidera os protestos, “não dita as leis no país". Agora, porém, engoliu a língua!
Segundo o jornalista brasileiro Flávio Aguiar, que atualmente reside na Europa, a tendência é que a onda de greves cresça nas próximas semanas. “Os protestos começaram com a ocupação de uma praça em Paris. O movimento era chamado de ‘noite em pé’. A polícia, inicialmente, teve a ordem de desalojar manifestantes. Isso já levou aos primeiros enfrentamentos. As manifestações estão se intensificando com a adesão ao movimento grevista nas centrais nucleares, que produzem 75% da energia elétrica do país. Os petroleiros também aderiram à greve. Cinco das oito maiores refinarias do país estão paralisadas”, informou em sua coluna desta sexta-feira (27) na Rádio Brasil Atual.
Já o site Opera Mundi dá detalhes sobre os protestos desta semana contra o pacote trabalhista do “socialista” François Hollande. “Nesta quinta-feira (26), os franceses realizaram marchas em várias cidades do país em uma jornada de mobilização contra a reforma. Os sindicatos estimam que 300 mil pessoas tenham participado das manifestações... Em Paris, os sindicatos estimaram 100 mil pessoas na manifestação entre as praças da Bastilha e da Nação, enquanto a polícia contou cerca de 20 mil. Segundo o Ministério do Interior francês, 77 pessoas foram detidas, 36 delas na capital, e 15 agentes das forças de segurança ficaram feridos nos confrontos”.
“No fim do dia, oito sindicatos franceses lançaram um comunicado em que prometem intensificar as ações. ‘Estamos dispostos a ir até o fim. O objetivo das manifestações e das greves é a retirada completa do texto porque é uma volta ao século 19’, afirmou um sindicalista da divisão de pesquisa da CGT”. O site também cita o item mais rejeitado da reforma, o que altera a jornada de 35 horas de trabalho semanais. Pelo projeto, “o limite seria oficialmente mantido, mas será permitido às companhias organizarem horas de trabalho alternativas – como trabalhar de casa – o que pode resultar em até 48 horas de trabalho por semana. Em ‘circunstâncias excepcionais’, o limite poderá ser de até 60 horas por semana... Além disso, a proposta permite que as empresas deixem de pagar as horas extras aos funcionários que trabalharem mais de 35 horas semanais”.
Temer que se cuide!
Na mesma lógica destrutiva do capitalismo na Europa, que nos últimos anos retirou inúmeros direitos trabalhistas, o “presidente interino” Michel Temer – que não foi eleito e padece de legitimidade – pretende saldar de imediato a fatura com os patrões golpeando os trabalhadores. Ainda permanece a dúvida se a sua “reforma trabalhista” será imposta antes do afastamento definitivo da presidenta Dilma – que tem 180 dias para ser julgada no Senado. Mas que ela virá, caso seu governo golpista vingue, já é certeza. A Folha, que nunca escondeu seu ódio à CLT, confirmou esta maldade na quarta-feira (25): “O Planalto ambiciona aprovar a reforma trabalhista até o fim deste ano – ou, no máximo, no início de 2017”.
Ronaldo Nogueira, o ultraliberal que agora é ministro do Trabalho, inclusive já agendou reuniões com setores sindicais que apoiaram o golpe ou são cúmplices da ilegalidade. Ele garante que a proposta inicial da reforma trabalhista ficará pronta em 30 dias. “Nada tem de ser impositivo”, afirmou na maior caradura. Mas até o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, que foi ministro de FHC, mas nunca compactuou com os golpistas, não tem dúvida sobre os objetivos perversos do governo interino do Judas Temer. Em sua página no Facebook, ele alertou os ingênuos: “A meta fundamental dos impichadores é reduzir os direitos sociais dos trabalhadores”. O Brasil vai virar uma França, com suas greves e protestos!
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Na sua revanche neoliberal, o Judas Michel Temer está decidido a emplacar uma baita regressão trabalhista no Brasil. Ele já afirmou que defende a prevalência do negociado sobre o legislado – o que significa, na prática, o risco da extinção de todos os direitos fixados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como férias, 13º salário, adicionais, etc. Porém, como serviçal dos capitalistas – que bancaram o seu “golpe dos corruptos” –, o “presidente interino” deveria ficar atento ao que ocorre na França. A destrutiva “reforma trabalhista” do vendido François Hollande está gerando uma onda de revolta sem precedentes na história recente do país. Greves, bloqueios de rodovias e protestos se espalham pelo país.
Nesta quinta-feira (26), os trabalhadores das usinas nucleares da França anunciaram sua adesão à onda de greves, o que deve provocar escassez de energia e outros abalos econômicos. Numa ação unitária, as centrais sindicais da França agendaram uma nova manifestação gigante em Paris para 14 de junho. Será o nono protesto desde o início do movimento contra o “pacote trabalhista”, há três meses. Diante da forte resistência, o primeiro-ministro Manuel Valls admitiu nesta semana a possibilidade de “mudanças” e “melhorias” no detestado projeto. Dias antes, de forma arrogante, ele havia dito que a CGT, a maior central sindical que lidera os protestos, “não dita as leis no país". Agora, porém, engoliu a língua!
Segundo o jornalista brasileiro Flávio Aguiar, que atualmente reside na Europa, a tendência é que a onda de greves cresça nas próximas semanas. “Os protestos começaram com a ocupação de uma praça em Paris. O movimento era chamado de ‘noite em pé’. A polícia, inicialmente, teve a ordem de desalojar manifestantes. Isso já levou aos primeiros enfrentamentos. As manifestações estão se intensificando com a adesão ao movimento grevista nas centrais nucleares, que produzem 75% da energia elétrica do país. Os petroleiros também aderiram à greve. Cinco das oito maiores refinarias do país estão paralisadas”, informou em sua coluna desta sexta-feira (27) na Rádio Brasil Atual.
Já o site Opera Mundi dá detalhes sobre os protestos desta semana contra o pacote trabalhista do “socialista” François Hollande. “Nesta quinta-feira (26), os franceses realizaram marchas em várias cidades do país em uma jornada de mobilização contra a reforma. Os sindicatos estimam que 300 mil pessoas tenham participado das manifestações... Em Paris, os sindicatos estimaram 100 mil pessoas na manifestação entre as praças da Bastilha e da Nação, enquanto a polícia contou cerca de 20 mil. Segundo o Ministério do Interior francês, 77 pessoas foram detidas, 36 delas na capital, e 15 agentes das forças de segurança ficaram feridos nos confrontos”.
“No fim do dia, oito sindicatos franceses lançaram um comunicado em que prometem intensificar as ações. ‘Estamos dispostos a ir até o fim. O objetivo das manifestações e das greves é a retirada completa do texto porque é uma volta ao século 19’, afirmou um sindicalista da divisão de pesquisa da CGT”. O site também cita o item mais rejeitado da reforma, o que altera a jornada de 35 horas de trabalho semanais. Pelo projeto, “o limite seria oficialmente mantido, mas será permitido às companhias organizarem horas de trabalho alternativas – como trabalhar de casa – o que pode resultar em até 48 horas de trabalho por semana. Em ‘circunstâncias excepcionais’, o limite poderá ser de até 60 horas por semana... Além disso, a proposta permite que as empresas deixem de pagar as horas extras aos funcionários que trabalharem mais de 35 horas semanais”.
Temer que se cuide!
Na mesma lógica destrutiva do capitalismo na Europa, que nos últimos anos retirou inúmeros direitos trabalhistas, o “presidente interino” Michel Temer – que não foi eleito e padece de legitimidade – pretende saldar de imediato a fatura com os patrões golpeando os trabalhadores. Ainda permanece a dúvida se a sua “reforma trabalhista” será imposta antes do afastamento definitivo da presidenta Dilma – que tem 180 dias para ser julgada no Senado. Mas que ela virá, caso seu governo golpista vingue, já é certeza. A Folha, que nunca escondeu seu ódio à CLT, confirmou esta maldade na quarta-feira (25): “O Planalto ambiciona aprovar a reforma trabalhista até o fim deste ano – ou, no máximo, no início de 2017”.
Ronaldo Nogueira, o ultraliberal que agora é ministro do Trabalho, inclusive já agendou reuniões com setores sindicais que apoiaram o golpe ou são cúmplices da ilegalidade. Ele garante que a proposta inicial da reforma trabalhista ficará pronta em 30 dias. “Nada tem de ser impositivo”, afirmou na maior caradura. Mas até o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, que foi ministro de FHC, mas nunca compactuou com os golpistas, não tem dúvida sobre os objetivos perversos do governo interino do Judas Temer. Em sua página no Facebook, ele alertou os ingênuos: “A meta fundamental dos impichadores é reduzir os direitos sociais dos trabalhadores”. O Brasil vai virar uma França, com suas greves e protestos!
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