Por Altamiro Borges
Na campanha para se tornar o candidato do PSDB à prefeitura paulistana, o empresário-picareta João Doria, o Junior, relembrou a sua conduta fascista na origem do fracassado movimento "Cansei", que reuniu a nata da elite no início do segundo mandato de Lula. Arrogante e agressivo, ele assustou até históricos tucanos, que foram atropelados pelo 'filhote' de Geraldo Alckmin. Em vários discursos, ele se referiu ao ex-presidente como "sem-vergonha", "cara-de-pau", "bandido" e outros adjetivos. Mas a vida é cruel. E agora, com a revelação das suas contas ilegais no exterior, é João Doria - e, de quebra o seu padrinho, o governador paulista - que fica com a pecha de "sem-vergonha" e "bandido".
Segundo o noticiário, o pré-candidato tucano à prefeitura paulistana comprou uma empresa do escritório panamenho Mossack Fonseca. Incorporada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, a offshore Pavilion Development Limited foi usada pelo falso moralista para adquirir um apartamento em Miami (EUA) em 1998 por US$ 231 mil sem que a propriedade aparecesse em seu nome. Há suspeita de que o imóvel também não foi declarado à Receita Federal. Dados vazados no "Panana Papers" trazem contratos, procurações e as cópias dos passaportes de João Doria e de sua mulher, Beatriz Marria Bettanin Doria, além de mensagens de e-mails referentes à compra da offshore.
O escândalo da Mossack Fonseca veio à tona quando o jornal alemão "Süddeustche Zeitung" obteve 11,5 milhões de documentos do seu escritório no Panamá. Os papeis inflamáveis foram distribuídos para 376 repórteres de 109 veículos em 76 países, todos ligados ao ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na sigla em inglês). No Brasil, eles foram entregues a jornalistas do UOL e da Rede TV!, que os utilizam de acordo com os interesses políticos e econômicos dos seus patrões. Não é para menos que o escândalo batizado de "Panana Papers", que envolve políticos e empresários poderosos - inclusive da mídia monopolista - tem sido abafado no noticiário nacional.
No bojo das revelações da offshore do pré-candidato tucano, o Estadão publicou no sábado (30) que "o patrimônio de João Doria Jr. supera R$ 170 milhões. Se oficializado como candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB nas eleições de outubro, ele será o mais rico entre os principais nomes que se apresentam até agora. Seus bens valem no mínimo dez vezes mais do que o patrimônio somado dos rivais conhecidos, levando-se em conta o que declararam à Justiça Eleitoral: Fernando Haddad (PT), Marta Suplicy (PMDB), Andrea Matarazzo (PSD) e Luiza Erundina (PSOL)... Diante dos bens que possui no Brasil, a offshore de Doria nas Ilhas Virgens Britânicas e o apartamento em nome dele em Miami são trocado".
A reportagem trouxe detalhes sobre a fortuna do "sem-vergonha" tucano. "Pelos valores de mercado atuais, o apart-hotel no Mutiny On The Bay está avaliado em cerca de R$ 2 milhões. Mas isso não se compara aos R$ 51 milhões da casa onde o pré-candidato tucano mora no Jardim Europa. Esse não é nem sequer o valor de mercado, mas o valor venal, sobre o qual incide o IPTU... A casa torna-se tão valiosa por sua localização, em um dos bairros mais caros de São Paulo, e por suas dimensões: são 3.304 metros quadrados de área construída, assentados em 7.883 metros quadrados de terreno. Além de piscina e quadra de tênis, a área de lazer inclui um campo de futebol gramado e iluminado, com 36 metros de comprimento por 24 metros de lado. Se fosse possível vendê-lo separado, custaria R$ 5,5 milhões. Doria é tão adepto das peladas que o campo tem até placa de patrocinador".
"O pré-candidato tem outro imóvel cuja conta do IPTU aparece em seu nome em São Paulo: um apartamento de 988 metros quadrados nos Jardins, cujo valor venal é de R$ 5,7 milhões. Em Campos de Jordão (SP), é dono da Villa Doria, onde aterrissa seu helicóptero Bell 429 para sete passageiros no heliponto registrado em seu nome... João Doria ganhou dinheiro como empresário de eventos e publicidade, entre outras atividades. A maior parte de seu patrimônio está em cotas de nove empresas, como a Doria Administração e Eventos (R$ 34,7 milhões), a D. Empreendimentos (R$ 37,4 milhões) e a D. Empreendimentos e Participações Ltda (R$ 30 milhões)... As empresas são as donas de outros bens valiosos usados pelo pré-candidato, como o helicóptero e um jatinho Legacy, da Embraer, cujo valor de mercado é estimado em US$ 16 milhões".
*****
Leia também:
- João Doria, o golpista candidato
- O "mensalinho" do tucano João Doria
- Os "líderes" de João Doria estão presos
- A mulher de João Doria e a meritocracia
- Alckmin "comprou" João Doria
- Lula interpela João Doria na Justiça
Segundo o noticiário, o pré-candidato tucano à prefeitura paulistana comprou uma empresa do escritório panamenho Mossack Fonseca. Incorporada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, a offshore Pavilion Development Limited foi usada pelo falso moralista para adquirir um apartamento em Miami (EUA) em 1998 por US$ 231 mil sem que a propriedade aparecesse em seu nome. Há suspeita de que o imóvel também não foi declarado à Receita Federal. Dados vazados no "Panana Papers" trazem contratos, procurações e as cópias dos passaportes de João Doria e de sua mulher, Beatriz Marria Bettanin Doria, além de mensagens de e-mails referentes à compra da offshore.
O escândalo da Mossack Fonseca veio à tona quando o jornal alemão "Süddeustche Zeitung" obteve 11,5 milhões de documentos do seu escritório no Panamá. Os papeis inflamáveis foram distribuídos para 376 repórteres de 109 veículos em 76 países, todos ligados ao ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na sigla em inglês). No Brasil, eles foram entregues a jornalistas do UOL e da Rede TV!, que os utilizam de acordo com os interesses políticos e econômicos dos seus patrões. Não é para menos que o escândalo batizado de "Panana Papers", que envolve políticos e empresários poderosos - inclusive da mídia monopolista - tem sido abafado no noticiário nacional.
No bojo das revelações da offshore do pré-candidato tucano, o Estadão publicou no sábado (30) que "o patrimônio de João Doria Jr. supera R$ 170 milhões. Se oficializado como candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB nas eleições de outubro, ele será o mais rico entre os principais nomes que se apresentam até agora. Seus bens valem no mínimo dez vezes mais do que o patrimônio somado dos rivais conhecidos, levando-se em conta o que declararam à Justiça Eleitoral: Fernando Haddad (PT), Marta Suplicy (PMDB), Andrea Matarazzo (PSD) e Luiza Erundina (PSOL)... Diante dos bens que possui no Brasil, a offshore de Doria nas Ilhas Virgens Britânicas e o apartamento em nome dele em Miami são trocado".
A reportagem trouxe detalhes sobre a fortuna do "sem-vergonha" tucano. "Pelos valores de mercado atuais, o apart-hotel no Mutiny On The Bay está avaliado em cerca de R$ 2 milhões. Mas isso não se compara aos R$ 51 milhões da casa onde o pré-candidato tucano mora no Jardim Europa. Esse não é nem sequer o valor de mercado, mas o valor venal, sobre o qual incide o IPTU... A casa torna-se tão valiosa por sua localização, em um dos bairros mais caros de São Paulo, e por suas dimensões: são 3.304 metros quadrados de área construída, assentados em 7.883 metros quadrados de terreno. Além de piscina e quadra de tênis, a área de lazer inclui um campo de futebol gramado e iluminado, com 36 metros de comprimento por 24 metros de lado. Se fosse possível vendê-lo separado, custaria R$ 5,5 milhões. Doria é tão adepto das peladas que o campo tem até placa de patrocinador".
"O pré-candidato tem outro imóvel cuja conta do IPTU aparece em seu nome em São Paulo: um apartamento de 988 metros quadrados nos Jardins, cujo valor venal é de R$ 5,7 milhões. Em Campos de Jordão (SP), é dono da Villa Doria, onde aterrissa seu helicóptero Bell 429 para sete passageiros no heliponto registrado em seu nome... João Doria ganhou dinheiro como empresário de eventos e publicidade, entre outras atividades. A maior parte de seu patrimônio está em cotas de nove empresas, como a Doria Administração e Eventos (R$ 34,7 milhões), a D. Empreendimentos (R$ 37,4 milhões) e a D. Empreendimentos e Participações Ltda (R$ 30 milhões)... As empresas são as donas de outros bens valiosos usados pelo pré-candidato, como o helicóptero e um jatinho Legacy, da Embraer, cujo valor de mercado é estimado em US$ 16 milhões".
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E vá ao TST de São Paulo pedir vistas no processo que ele respondeu, o processo é público, foi condenado por danos morais de monta por submeter os guardas da mansão a situação vexatória e humilhante.
ResponderExcluirNão lhes era permitido entrar em casa e para uso deles havia um pequeno banheiro, onde estavam, água e mesa de refeições, marmita claro porque a eles era vedado consumirem alimentos da casa.
O processo está lá com fotos e tudo mais.