Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Só rindo mesmo. Se essa tsunami de gravações que, nos últimos dias, vem engolfando os golpistas tivesse chegado antes da votação na Câmara dos Deputados que autorizou o Senado a abrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o resultado daquela votação teria sido bem outro.
Felizmente, ainda dá tempo de o Senado criar juízo e não submeter o país a vexame dessa monta, já que essas gravações vêm estourando como bombas na imprensa internacional. À luz dos fatos que serão enumerados adiante, torna-se imperativo que a dita “Câmara Alta” rejeite o impeachment da presidente constitucional dos brasileiros.
A conversa grampeada entre o senador pelo PMDB de Roraima, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado virou divisor de águas. Ninguém mais tem dúvida de que deputados e senadores votaram pelo impeachment visando parar a Operação Lava Jato. Temem a investigação e acham que com Dilma ela não para.
A partir dali, as máscaras não pararam mais de cair.
Primeiro, caiu a máscara do golpe em si com a revelação da motivação dos golpistas.
Depois, caiu a máscara dos paneleiros que, quando Dilma estava na Presidência, saiam nas varandas de seus apartamentos de luxo para bater panelas em um dito “protesto contra a corrupção”. Com a saída de Dilma e o surgimento de casos de corrupção envolvendo o novo governo, as panelas se calaram, deixando ver que são contra a corrupção dos adversários políticos e a favor da corrupção dos aliados.
Só esses fatos fizeram explodir uma avalanche de matérias na imprensa estrangeira que fazem os brasileiros parecerem um bando de imbecis e crédulos que apoiou a derrubada de uma presidente honesta para colocar no lugar dela um outro bando, só que de bandidos como Temer, Jucá, Cunha, Aécio etc.
Para que se possa começar a mensurar quanto o golpe fez mal para a imagem do país vale atentar para reportagem feita há um par de semanas pela versão em português da BBC de Londres sobre o nosso país. A matéria é arrasadora.
Como diz a manchete do portal da BBC supra reproduzida (clique na imagem para acessar a matéria), o conceito da imprensa brasileira no exterior é tão ruim que grupos de mídia estrangeiros estão colocando equipes de jornalismo investigativo para fazer no país trabalho que tevês, rádios, jornais, revistas e portais brasileiros não fazem, que é produzir um noticiário desapaixonado sobre uma crise política que está provocando danos imensos aos brasileiros.
Para a maioria da imprensa internacional, a divulgação do áudio do ex-ministro do Planejamento Romero Jucá reforça a tese do governo afastado de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um “golpe” orquestrado para cessar as investigações da Operação Lava Jato.
Na última segunda-feira, 23, reportagens de jornais como The Guardian, The New York Times Le Monde, El País e Washington Post, entre muitos outros, divulgaram partes das conversas de Jucá com o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado e levantaram dúvidas sobre a razão do impeachment de Dilma.
O New York Times cita que Temer substituiu todo o ministério do governo anterior no intuito de ganhar a credibilidade da população. Porém, o jornal também lembra que muitos dos ministros nomeados por Temer foram citados nas investigações.
Segundo o ‘NYT’, o áudio de Jucá gera dúvidas em relação aos motivos do afastamento de Dilma e coloca em xeque o gabinete do governo Temer. “As novas acusações devem levantar mais dúvidas sobre a iniciativa de afastar Rousseff. Elas também podem aumentar a investigação sobre outros ministros que também enfrentam acusações”, diz o jornal.
O Guardian é mais contundente e afirma que os reais motivos para o impeachment ficam claros no áudio. Eis um trecho da matéria do jornal inglês:
“Aliados de Temer argumentam que o impeachment foi constitucional e necessário para conter a paralisia política e a pior recessão do país em décadas. Mas os motivos duvidosos e a natureza maquiavélica da conspiração para afastar Dilma Rousseff estão aparentes na divulgação do áudio de uma conversa entre Jucá – um poderoso aliado de Temer no PMDB – e Sergio Machado, um ex-senador que até pouco tempo era presidente da estatal Transpetro”.
A vetusta publicação britânica The Economist também aderiu à tese de que o impeachment foi golpe. A revista afirma, em edição publicada nesta sexta-feira, que o afastamento da presidente Dilma Rousseff foi um ‘jeitinho’ dado na Constituição.
Já o Washington Post reproduziu as declarações do ex-secretário de governo Ricardo Berzoini, dadas em um vídeo postado na página de Dilma no Facebook. “Isso mostra a verdadeira razão do golpe praticado contra a democracia e o mandato legítimo de Dilma. O objetivo era frear as investigações e varrer para debaixo do tapete”, diz Berzoini, no trecho reproduzido pelo Post.
O Post também lembra que Dilma, mesmo sendo politicamente afetada, “se recusou a tomar qualquer medida para frear a investigação que, segundo ela, era necessária para o país”.
Agora, surge uma bomba que deve se espalhar como fogo pelo mundo. Simplesmente confirmou-se o que todos sabiam, que esses vagabundos de ultradireita que passam o dia na internet insuflando ódio político para inflar manifestações de rua são pagos pelo PSDB, pelo PMDB, pelo DEM e congêneres.
O que é mais divertido nessa história é que os fascistas desse grupo de trolls profissionais que foi flagrado em gravações confessando que é pago por partidos de direita, o tal “MBL”, vive afirmando que os manifestantes pró Dilma são pagos com “sanduíches de mortadela”.
A matéria publicada no UOL mostra que quem é pago para se manifestar e deve estar comendo muita mortadela é a direita antipetista. Quem entregou o jogo foi o “secretário de juventude” do PSDB-RJ, Ygor Oliveira, flagrado confessando que partidos pagam lanche, transporte e um troquinho aos grupos que o MBL leva para manifestações.
Diz o tucano-mirim Ygor Oliveira:
“(…) Aqui no RJ, foi feita uma parceria entre o MBL, na pessoa do Bernardo Sampaio [coordenador do MBL], e na minha pessoa, Ygor Oliveira, pela juventude do PSDB. Fizemos uma… um projeto de a JPSDB captar com amigos, colaboradores, o valor referente a hospedagem, alimentação, translado, entre outras despesas(…)”
Está provado, também, que esse bando de comentaristas de direita composto exclusivamente por anônimos e que passa os dias postando agressões na internet é movido por “idealismo” remunerado. Por isso que todos os militantes de direita que comentam matérias políticas em sites da internet são anônimos. Está explicado.
Só rindo mesmo. Se essa tsunami de gravações que, nos últimos dias, vem engolfando os golpistas tivesse chegado antes da votação na Câmara dos Deputados que autorizou o Senado a abrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o resultado daquela votação teria sido bem outro.
Felizmente, ainda dá tempo de o Senado criar juízo e não submeter o país a vexame dessa monta, já que essas gravações vêm estourando como bombas na imprensa internacional. À luz dos fatos que serão enumerados adiante, torna-se imperativo que a dita “Câmara Alta” rejeite o impeachment da presidente constitucional dos brasileiros.
A conversa grampeada entre o senador pelo PMDB de Roraima, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado virou divisor de águas. Ninguém mais tem dúvida de que deputados e senadores votaram pelo impeachment visando parar a Operação Lava Jato. Temem a investigação e acham que com Dilma ela não para.
A partir dali, as máscaras não pararam mais de cair.
Primeiro, caiu a máscara do golpe em si com a revelação da motivação dos golpistas.
Depois, caiu a máscara dos paneleiros que, quando Dilma estava na Presidência, saiam nas varandas de seus apartamentos de luxo para bater panelas em um dito “protesto contra a corrupção”. Com a saída de Dilma e o surgimento de casos de corrupção envolvendo o novo governo, as panelas se calaram, deixando ver que são contra a corrupção dos adversários políticos e a favor da corrupção dos aliados.
Só esses fatos fizeram explodir uma avalanche de matérias na imprensa estrangeira que fazem os brasileiros parecerem um bando de imbecis e crédulos que apoiou a derrubada de uma presidente honesta para colocar no lugar dela um outro bando, só que de bandidos como Temer, Jucá, Cunha, Aécio etc.
Para que se possa começar a mensurar quanto o golpe fez mal para a imagem do país vale atentar para reportagem feita há um par de semanas pela versão em português da BBC de Londres sobre o nosso país. A matéria é arrasadora.
Como diz a manchete do portal da BBC supra reproduzida (clique na imagem para acessar a matéria), o conceito da imprensa brasileira no exterior é tão ruim que grupos de mídia estrangeiros estão colocando equipes de jornalismo investigativo para fazer no país trabalho que tevês, rádios, jornais, revistas e portais brasileiros não fazem, que é produzir um noticiário desapaixonado sobre uma crise política que está provocando danos imensos aos brasileiros.
Para a maioria da imprensa internacional, a divulgação do áudio do ex-ministro do Planejamento Romero Jucá reforça a tese do governo afastado de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um “golpe” orquestrado para cessar as investigações da Operação Lava Jato.
Na última segunda-feira, 23, reportagens de jornais como The Guardian, The New York Times Le Monde, El País e Washington Post, entre muitos outros, divulgaram partes das conversas de Jucá com o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado e levantaram dúvidas sobre a razão do impeachment de Dilma.
O New York Times cita que Temer substituiu todo o ministério do governo anterior no intuito de ganhar a credibilidade da população. Porém, o jornal também lembra que muitos dos ministros nomeados por Temer foram citados nas investigações.
Segundo o ‘NYT’, o áudio de Jucá gera dúvidas em relação aos motivos do afastamento de Dilma e coloca em xeque o gabinete do governo Temer. “As novas acusações devem levantar mais dúvidas sobre a iniciativa de afastar Rousseff. Elas também podem aumentar a investigação sobre outros ministros que também enfrentam acusações”, diz o jornal.
O Guardian é mais contundente e afirma que os reais motivos para o impeachment ficam claros no áudio. Eis um trecho da matéria do jornal inglês:
“Aliados de Temer argumentam que o impeachment foi constitucional e necessário para conter a paralisia política e a pior recessão do país em décadas. Mas os motivos duvidosos e a natureza maquiavélica da conspiração para afastar Dilma Rousseff estão aparentes na divulgação do áudio de uma conversa entre Jucá – um poderoso aliado de Temer no PMDB – e Sergio Machado, um ex-senador que até pouco tempo era presidente da estatal Transpetro”.
A vetusta publicação britânica The Economist também aderiu à tese de que o impeachment foi golpe. A revista afirma, em edição publicada nesta sexta-feira, que o afastamento da presidente Dilma Rousseff foi um ‘jeitinho’ dado na Constituição.
Já o Washington Post reproduziu as declarações do ex-secretário de governo Ricardo Berzoini, dadas em um vídeo postado na página de Dilma no Facebook. “Isso mostra a verdadeira razão do golpe praticado contra a democracia e o mandato legítimo de Dilma. O objetivo era frear as investigações e varrer para debaixo do tapete”, diz Berzoini, no trecho reproduzido pelo Post.
O Post também lembra que Dilma, mesmo sendo politicamente afetada, “se recusou a tomar qualquer medida para frear a investigação que, segundo ela, era necessária para o país”.
Agora, surge uma bomba que deve se espalhar como fogo pelo mundo. Simplesmente confirmou-se o que todos sabiam, que esses vagabundos de ultradireita que passam o dia na internet insuflando ódio político para inflar manifestações de rua são pagos pelo PSDB, pelo PMDB, pelo DEM e congêneres.
O que é mais divertido nessa história é que os fascistas desse grupo de trolls profissionais que foi flagrado em gravações confessando que é pago por partidos de direita, o tal “MBL”, vive afirmando que os manifestantes pró Dilma são pagos com “sanduíches de mortadela”.
A matéria publicada no UOL mostra que quem é pago para se manifestar e deve estar comendo muita mortadela é a direita antipetista. Quem entregou o jogo foi o “secretário de juventude” do PSDB-RJ, Ygor Oliveira, flagrado confessando que partidos pagam lanche, transporte e um troquinho aos grupos que o MBL leva para manifestações.
Diz o tucano-mirim Ygor Oliveira:
“(…) Aqui no RJ, foi feita uma parceria entre o MBL, na pessoa do Bernardo Sampaio [coordenador do MBL], e na minha pessoa, Ygor Oliveira, pela juventude do PSDB. Fizemos uma… um projeto de a JPSDB captar com amigos, colaboradores, o valor referente a hospedagem, alimentação, translado, entre outras despesas(…)”
Está provado, também, que esse bando de comentaristas de direita composto exclusivamente por anônimos e que passa os dias postando agressões na internet é movido por “idealismo” remunerado. Por isso que todos os militantes de direita que comentam matérias políticas em sites da internet são anônimos. Está explicado.
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