O Levante Popular da Juventude não reconhece Michel Temer como presidente do Brasil, mesmo que interinamente. O processo que o colocou, hoje, nessa posição se construiu com base em um Golpe de Estado, com manobras articuladas por setores do judiciário, da grande mídia e do parlamento.
Um Golpe concretizado com o apoio das elites econômicas de nosso país, mas também com a convivência das potências estrangeiras. Que escancara o descompromisso com o povo, por parte dos personagens que compuseram essa articulação golpista. Construíram uma narrativa, leviana e superficial, que contou com apoio irrestrito dos meios de comunicação, meios esses que entraram nas casas dos brasileiros para iludi-los de que este era um caminho legal e uma alternativa certeira. Qual seja, a das “pedaladas ficais” como se fossem crimes de responsabilidade, quando em verdade não o são.
Nossa frágil e jovem democracia, que sequer teve tempo para depurar-se das heranças da ditadura militar, foi golpeada. Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves e aliados, rasgaram assim a constituição, romperam com o pacto democrático estabelecido com a Constituinte de 1988.
Procuraram dessa forma se isentar de qualquer responsabilidade e afastar de si a pecha de golpistas. Uma tarefa malfada, graças a mobilização nas ruas, encabeçada pela Frente Brasil Popular, e por nós engrossada, que fincou na testa e na história desses bandidos.
Os mesmos ratos que há três semanas pularam do barco que dirigiam conjuntamente com a Presidenta Dilma, voltam agora do esgoto, para entregar o barco ao comando dos países imperialistas.
Todo esse panorama, mostra que de conciliações não se vive por muito tempo. As elites não aguentam, quando não são somente os seus interesses atendidos.
Neste momento, afirmamos que o Levante Popular da Juventude opta pelo caminho do enfrentamento. Cada pauta que se levantar contra nossos jovens, que tirar direitos dos trabalhadores, que pisar em nossas mulheres e que encarcerar ainda mais nossos negros e negras, que criminalizar a comunidade LGBT, serão denunciadas e enfrentadas com as nossas ferramentas. Sabemos que serão muitas afrontas, maiores e mais fortes do que já enfrentamos até hoje.
Nunca, enquanto organização, tivemos que lidar com uma ofensiva neoliberal como a que se inicia, mas isso não nos assusta, nos fortalece. Hoje, somos muitos, somos o povo, somos a diversidade do Brasil. Somos os sujeitos que enfrentam a violência da polícia militarizada, a realidade do sucateamento da educação de Geraldo Alckmin (SP), Beto Richa (PR), Fernando Pezão (RJ) entre outros. Enfrentamos o que sobrou de torturadores da ditadura, através de escrachos, sem nem um pingo de medo. Afrontamos os golpistas com escrachos sem recear nada, entre eles, o hoje ilegítimo presidente Michel Temer, expulsando-o de SP. A nossa vocação é para a luta. Nosso leito de lutas iniciou-se do povo indígena, que lutou contra a espoliação europeia, do povo negro que resistiu e derrotou a violência da escravidão e dos senhores de engenho, da juventude que de armas empunhadas ousou enfrentar e derrotar a ditadura militar. Por isso, sabemos lutar e mais, sabemos lutar e nos organizar!
Somos a juventude que ousa lutar!
Daqui em diante só temos um compromisso: com a luta e a deposição desde governo ilegítimo. Cada escola, universidade, bairro, praça pública deverá transformar-se em uma trincheira de luta contra o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer e aliados.
Não somos de baixar a cabeça pra ninguém!
Não ao golpe! Fora Temer!
Levante Popular da Juventude
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