Por Altamiro Borges
João Doria, o empresário-golpista que liderou o frustrado movimento “Cansei” – que reunia artistas globais e a elite paulistana reacionária –, pode malograr novamente em suas ambições políticas. Na semana retrasada, o promotor José Carlos Bonilha, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, afirmou ter encontrado indícios de abuso do poder econômico na sua campanha para se tornar o pré-candidato do PSDB à prefeitura da capital paulista. O crime eleitoral foi cometido durante as prévias tucanas, em março, e foi denunciado por outros caciques da sigla, o que só confirma que as bicadas no ninho são cada vez mais sangrentas.
Segundo reportagem de Thais Arbex, na Folha serrista neste sábado (4), o promotor abriu procedimento para investigar as acusações contra João Doria em abril. “Bonilha teve como base três representações eleitorais que o Ministério Público Estadual recebeu sobre supostas irregularidades cometidas pelo tucano. A principal é de autoria do ex-governador Alberto Goldman e do senador José Aníbal, ambos tucanos. Além de abuso de poder econômico, eles também acusam João Doria de propaganda irregular, transporte de eleitores e infrações da lei da Cidade Limpa”. Caso o processo prospere na Justiça, o picareta poderá ter a sua candidatura impugnada, tornando ainda mais imprevisível a disputa paulistana.
João Doria, um novato no ninho, teve sua candidatura bancada pelo governador Geraldo Alckmin –, que há muito tempo está em guerra contra o senador José Serra, hoje ministro de “Michel Treme”. Os dois – mais o cambaleante Aécio Neves – disputam internamente a indicação da legenda para as eleições presidenciais de 2018. As prévias tucanas refletiram este clima hostil, com cenas risíveis de baixarias e pancadarias. A vitória do filhote do governador no primeiro turno foi questionada de imediato. Os derrotados se retiraram da disputa no segundo turno, alegando crimes eleitorais. O vereador das “abotoaduras de ouro”, Andrea Matarazzo, ligado a José Serra, optou por deixar o PSDB, migrando para o PSD.
Agora, com base no despacho do promotor, a crise pode implodir a legenda. Segundo a Folha serrista, “Bonilha afirma que os fatos apresentados possuem capacidade para influenciar a disputa eleitoral e um possível mandato de João Doria na prefeitura paulistana, e que o MP deve analisar a ‘lisura e legitimidade’ das prévias que elegeram o empresário. ‘O processo interno de escolha de seu candidato implica o questionamento da legitimidade com a qual o referido candidato disputará as eleições e, por conseguinte, interfere no próprio exercício do sufrágio’, diz o texto”.
“Bonilha afirmou à reportagem que, caso o conteúdo das acusações seja comprovado, ‘não há dúvida de que se trata de uma prova de quebra de igualdade da isonomia entre os pré-candidatos’. ‘Isso pode levar a caracterização de abuso do poder econômico’. De acordo com ele, caso o abuso fique provado durante esta apuração preliminar, o Ministério Público ajuizará uma ação contra Doria – o que só deve ocorrer, no entanto, depois que a candidatura do empresário estiver registrada na Justiça Eleitoral. A ação pode, segundo Bonilha, levar à cassação do registro da candidatura de João Doria, bem como do diploma de prefeito, caso seja eleito, e à inelegibilidade por oito anos”.
Pelo jeito, o “cansado” vai ter muita dor de cabeça. Já os tucanos poderão sofrer nova derrota na disputa da mais importante capital do país!
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João Doria, o empresário-golpista que liderou o frustrado movimento “Cansei” – que reunia artistas globais e a elite paulistana reacionária –, pode malograr novamente em suas ambições políticas. Na semana retrasada, o promotor José Carlos Bonilha, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, afirmou ter encontrado indícios de abuso do poder econômico na sua campanha para se tornar o pré-candidato do PSDB à prefeitura da capital paulista. O crime eleitoral foi cometido durante as prévias tucanas, em março, e foi denunciado por outros caciques da sigla, o que só confirma que as bicadas no ninho são cada vez mais sangrentas.
Segundo reportagem de Thais Arbex, na Folha serrista neste sábado (4), o promotor abriu procedimento para investigar as acusações contra João Doria em abril. “Bonilha teve como base três representações eleitorais que o Ministério Público Estadual recebeu sobre supostas irregularidades cometidas pelo tucano. A principal é de autoria do ex-governador Alberto Goldman e do senador José Aníbal, ambos tucanos. Além de abuso de poder econômico, eles também acusam João Doria de propaganda irregular, transporte de eleitores e infrações da lei da Cidade Limpa”. Caso o processo prospere na Justiça, o picareta poderá ter a sua candidatura impugnada, tornando ainda mais imprevisível a disputa paulistana.
João Doria, um novato no ninho, teve sua candidatura bancada pelo governador Geraldo Alckmin –, que há muito tempo está em guerra contra o senador José Serra, hoje ministro de “Michel Treme”. Os dois – mais o cambaleante Aécio Neves – disputam internamente a indicação da legenda para as eleições presidenciais de 2018. As prévias tucanas refletiram este clima hostil, com cenas risíveis de baixarias e pancadarias. A vitória do filhote do governador no primeiro turno foi questionada de imediato. Os derrotados se retiraram da disputa no segundo turno, alegando crimes eleitorais. O vereador das “abotoaduras de ouro”, Andrea Matarazzo, ligado a José Serra, optou por deixar o PSDB, migrando para o PSD.
Agora, com base no despacho do promotor, a crise pode implodir a legenda. Segundo a Folha serrista, “Bonilha afirma que os fatos apresentados possuem capacidade para influenciar a disputa eleitoral e um possível mandato de João Doria na prefeitura paulistana, e que o MP deve analisar a ‘lisura e legitimidade’ das prévias que elegeram o empresário. ‘O processo interno de escolha de seu candidato implica o questionamento da legitimidade com a qual o referido candidato disputará as eleições e, por conseguinte, interfere no próprio exercício do sufrágio’, diz o texto”.
“Bonilha afirmou à reportagem que, caso o conteúdo das acusações seja comprovado, ‘não há dúvida de que se trata de uma prova de quebra de igualdade da isonomia entre os pré-candidatos’. ‘Isso pode levar a caracterização de abuso do poder econômico’. De acordo com ele, caso o abuso fique provado durante esta apuração preliminar, o Ministério Público ajuizará uma ação contra Doria – o que só deve ocorrer, no entanto, depois que a candidatura do empresário estiver registrada na Justiça Eleitoral. A ação pode, segundo Bonilha, levar à cassação do registro da candidatura de João Doria, bem como do diploma de prefeito, caso seja eleito, e à inelegibilidade por oito anos”.
Pelo jeito, o “cansado” vai ter muita dor de cabeça. Já os tucanos poderão sofrer nova derrota na disputa da mais importante capital do país!
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