Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Inacreditável.
Ontem, Merval Pereira disse que tinham encontrado “na nuvem” cibernética mensagens que indicariam que a Odebrecht teria pago Celso Kamura, cabeleireiro que cuidou de Dilma durante as campanhas eleitorais e, algumas vezes, em caráter particular.
Dilma e o próprio Kamura se manifestaram dizendo que (a) durante as campanhas ele foi contratado pela produtora Pólis, responsável pelas gravações da candidata e (b) quando os serviços foram particulares Dilma os pagou. Ambos dizem que têm os contratos, recibos e notas fiscais.
Pensa que Merval se deu por vencido?
Coisa nenhuma.
A manchete de O Globo, neste momento, sustenta que “empreiteiros” o pagaram, porque – vejam o raciocínio! – como João Santana, dizem os investigadores, teria recebido dinheiro da Odebrecht e a empresa de Santana pagou o salário do cabeleireiro, então a Odebrecht pagou o cabeleireiro.
É o mesmo que eu dizer que, como a Globo sonegou impostos e isso acabou virando aquele famoso processo que sumiu, levado – dizem – por uma funcionária da Receita que, sem mais nem porque, resolveu coloca-lo na bolsa e como a Globo pagou o salário de Merval, então, Merval foi pago com dinheiro da sonegação.
Tá bom assim, Merval? Se vale lá, vale cá também, não é? Não, ninguém pode dizer isso desta maneira, tornando você cúmplice de um crime.
Ah, mas afirmações absurdas com a gente doem e com os outros são jornalismo, não é?
Acontece que, como escreveu ontem o Mário Marona, precisavam de alguém para escrever o que, de outra forma, seria só lixo.
Tanto que o resto da imprensa não deu a menor bola para a “descoberta” do acadêmico, toda feita com declarações anônimas. A própria matéria de hoje diz que “o colunista Merval Pereira mostrou que documentos em posse da Procuradoria-Geral da República revelam pagamentos de itens pessoais de Dilma pelo esquema montado na Petrobras, como as idas de Celso Kamura a Brasília, que custavam R$ 5 mil cada.”
Merval não mostrou documento algum, apenas alegou que existiriam.
E, dando com os burros n’água, não tiveram a honradez de se corrigirem e nem sequer a esperteza do gato, que enterra certas coisas que faz…
Insistem, porque é clássica a frase de que o papel aceita tudo e contam que a justiça brasileira, diante da Globo, trema de medo e não puna este tipo de difamação.
Inacreditável.
Ontem, Merval Pereira disse que tinham encontrado “na nuvem” cibernética mensagens que indicariam que a Odebrecht teria pago Celso Kamura, cabeleireiro que cuidou de Dilma durante as campanhas eleitorais e, algumas vezes, em caráter particular.
Dilma e o próprio Kamura se manifestaram dizendo que (a) durante as campanhas ele foi contratado pela produtora Pólis, responsável pelas gravações da candidata e (b) quando os serviços foram particulares Dilma os pagou. Ambos dizem que têm os contratos, recibos e notas fiscais.
Pensa que Merval se deu por vencido?
Coisa nenhuma.
A manchete de O Globo, neste momento, sustenta que “empreiteiros” o pagaram, porque – vejam o raciocínio! – como João Santana, dizem os investigadores, teria recebido dinheiro da Odebrecht e a empresa de Santana pagou o salário do cabeleireiro, então a Odebrecht pagou o cabeleireiro.
É o mesmo que eu dizer que, como a Globo sonegou impostos e isso acabou virando aquele famoso processo que sumiu, levado – dizem – por uma funcionária da Receita que, sem mais nem porque, resolveu coloca-lo na bolsa e como a Globo pagou o salário de Merval, então, Merval foi pago com dinheiro da sonegação.
Tá bom assim, Merval? Se vale lá, vale cá também, não é? Não, ninguém pode dizer isso desta maneira, tornando você cúmplice de um crime.
Ah, mas afirmações absurdas com a gente doem e com os outros são jornalismo, não é?
Acontece que, como escreveu ontem o Mário Marona, precisavam de alguém para escrever o que, de outra forma, seria só lixo.
Tanto que o resto da imprensa não deu a menor bola para a “descoberta” do acadêmico, toda feita com declarações anônimas. A própria matéria de hoje diz que “o colunista Merval Pereira mostrou que documentos em posse da Procuradoria-Geral da República revelam pagamentos de itens pessoais de Dilma pelo esquema montado na Petrobras, como as idas de Celso Kamura a Brasília, que custavam R$ 5 mil cada.”
Merval não mostrou documento algum, apenas alegou que existiriam.
E, dando com os burros n’água, não tiveram a honradez de se corrigirem e nem sequer a esperteza do gato, que enterra certas coisas que faz…
Insistem, porque é clássica a frase de que o papel aceita tudo e contam que a justiça brasileira, diante da Globo, trema de medo e não puna este tipo de difamação.
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