Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Os revezes que o governo de facto de Michel Temer sofreu em menos de um mês (desde que a presidente Dilma foi afastada pelo Senado, em 12 de maio) são surpreendentes. Esperava-se que ele tivesse ao menos 90 dias de “trégua”, mas, em 24 dias, seu governo envelheceu.
O que impressiona é a quantidade de erros políticos cometidos em tão pouco tempo e a incapacidade do “presidente interino” de usufruir da boa vontade que a mídia que derrubou Dilma tinha – e tem – para com ele.
E que não atribuam esses erros aos auxiliares nomeados pelo presidente de facto. Se falaram demais, divulgando planos de quem derrubou a presidente legítima que ainda não podem ser divulgados, é porque são mentalmente incapazes, ok, mas, também, é porque os ministros do golpe foram mal orientados.
Se Temer planejou com Ricardo Barros, seu “ministro da Saúde”, sobre a enormidade de encolher o SUS, é óbvio que um plano que prejudica a tantos brasileiros não poderia ser divulgado assim, antes mesmo que se confirme se o presidente de facto vai mesmo governar até 2018.
Como se não bastasse, o “ministro da Casa Civil”, Eliseu Padilha, divulgou assim, sem mais nem menos, que o “novo governo” vai extinguir direitos trabalhistas
Temer já perdeu quatro auxiliares em menos de um mês. Recuou de um sem número de medidas, como a de extinguir o Ministério da Saúde, e sofreu um forte revés na Justiça, que mandou reintegrar o presidente da EBC, Ricardo Melo, afastado de forma escandalosamente ilegal pelos usurpadores do Poder.
O que parece é que o governo ilegítimo, desde o presidente ilegítimo até seus ilegítimos auxiliares, acharam que a sociedade odiava tanto Dilma que aceitaria qualquer barbaridade que eles praticassem, contanto que ela fosse afastada.
Não se sabe de onde tiraram tal ideia.
Como resultado, a presidente afastada (e legítima) aparecerá na TV Brasil, em entrevista, para denunciar o golpe, o que constitui um revés mortal para os golpistas, uma prova de que estão tomando decisões ilegais.
Por todo Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, manifestações enormes contra o governo ilegítimo. O “fora, Temer” é ouvido sem parar. Artistas fazem manifestações públicas incessantes contra o governo de facto e pesquisas oficiosas já dão conta de forte aumento da popularidade de Dilma e queda ainda maior da popularidade de Temer e do impeachment.
O sumiço das pesquisas de opinião dos grandes institutos, ligados à mídia antipetista, evidencia a reviravolta política entre a opinião pública.
É alucinante o ritmo da deterioração do governo Temer. A sociedade já começa a perceber que, se a situação estava ruim com Dilma, ficará muito pior sem ela. E a prova disso é o verdadeiro pânico que se instalou no núcleo duro da imprensa antipetista.
Nos últimos dias, vários colunistas dessa imprensa partidarizada vêm fazendo “apelos” para que todos finjam não ver os absurdos produzidos em escala industrial pelo “novo governo”.
Um caso curioso ocorre com o Estadão, entre outros. Duas colunistas de renome entre os setores conservadores e antipetistas escreveram apelos quase idênticos para que a sociedade finja não ver as barbaridades cometidas pelo governo de facto.
Em 31 de maio, a colunista Eliane Cantanhede escreveu a coluna “Ruim com ele, pior sem ele”, no qual apela para que o país aceite aberrações como um “ministro da Transparência” mais sujo que pau-de-galinheiro e um “presidente interino” investigado pela Lava Jato para que uma presidente ficha-limpa volte ao cargo.
Para Cantanhêde, se Temer continuar “apanhando” assim, Dilma volta.
Neste domingo (5), outra colunista que faz a cabeça da direita brasileira escreveu um texto praticamente idêntico. O título é altamente sugestivo: “Sorte para o azar”. O texto inteirinho, assim como o de Cantanhêde, é dedicado a repisar ataques a Dilma, mas o título trai a intenção que o texto não cita.
“Sorte para o azar” é uma variação da tese de Cantanhêde de que, se Temer continuar apanhando assim, a sociedade vai acabar querendo Dilma de volta.
Pelas informações que o Blog vem apurando, é tarde demais. Já houve uma reversão na opinião pública.
O repúdio ao impeachment entre a opinião pública nacional e mundial vai ficando cada vez mais ensurdecedor. Não há um dia em que uma nova personalidade ou um novo grande órgão de imprensa não denunciem que está havendo um golpe de Estado “branco” no Brasil.
Esse alarido está invadindo o Brasil. As pessoas estão tomando posição rapidamente. Quem ficava em cima do muro por estar zangado com Dilma e com o PT devido à crise, já começa a entender que ruim com eles, pior sem eles – é irônico, mas a tese de Cantanhêde está funcionando ao contrário.
Para que se possa mensurar a força da reação ao golpe, um fato surpreendente. Acadêmicos, jornalistas e ativistas se reuniram e produziram 103 crônicas contra o golpe – uma delas foi escrita por este blogueiro -, reunidas no livro Resistência ao golpe de 2016.
Até o Papa Francisco já tem um exemplar e se deixou fotografar com ele nas mãos
Entendeu, leitor, por que a mídia está apavorada? Senador que votar a favor do golpe terá problemas eleitorais. Os mais espertos entenderão isso antes da votação do impeachment, e Dilma precisa de apenas mais 3 votos para não ser derrubada.
Os revezes que o governo de facto de Michel Temer sofreu em menos de um mês (desde que a presidente Dilma foi afastada pelo Senado, em 12 de maio) são surpreendentes. Esperava-se que ele tivesse ao menos 90 dias de “trégua”, mas, em 24 dias, seu governo envelheceu.
O que impressiona é a quantidade de erros políticos cometidos em tão pouco tempo e a incapacidade do “presidente interino” de usufruir da boa vontade que a mídia que derrubou Dilma tinha – e tem – para com ele.
E que não atribuam esses erros aos auxiliares nomeados pelo presidente de facto. Se falaram demais, divulgando planos de quem derrubou a presidente legítima que ainda não podem ser divulgados, é porque são mentalmente incapazes, ok, mas, também, é porque os ministros do golpe foram mal orientados.
Se Temer planejou com Ricardo Barros, seu “ministro da Saúde”, sobre a enormidade de encolher o SUS, é óbvio que um plano que prejudica a tantos brasileiros não poderia ser divulgado assim, antes mesmo que se confirme se o presidente de facto vai mesmo governar até 2018.
Como se não bastasse, o “ministro da Casa Civil”, Eliseu Padilha, divulgou assim, sem mais nem menos, que o “novo governo” vai extinguir direitos trabalhistas
Temer já perdeu quatro auxiliares em menos de um mês. Recuou de um sem número de medidas, como a de extinguir o Ministério da Saúde, e sofreu um forte revés na Justiça, que mandou reintegrar o presidente da EBC, Ricardo Melo, afastado de forma escandalosamente ilegal pelos usurpadores do Poder.
O que parece é que o governo ilegítimo, desde o presidente ilegítimo até seus ilegítimos auxiliares, acharam que a sociedade odiava tanto Dilma que aceitaria qualquer barbaridade que eles praticassem, contanto que ela fosse afastada.
Não se sabe de onde tiraram tal ideia.
Como resultado, a presidente afastada (e legítima) aparecerá na TV Brasil, em entrevista, para denunciar o golpe, o que constitui um revés mortal para os golpistas, uma prova de que estão tomando decisões ilegais.
Por todo Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, manifestações enormes contra o governo ilegítimo. O “fora, Temer” é ouvido sem parar. Artistas fazem manifestações públicas incessantes contra o governo de facto e pesquisas oficiosas já dão conta de forte aumento da popularidade de Dilma e queda ainda maior da popularidade de Temer e do impeachment.
O sumiço das pesquisas de opinião dos grandes institutos, ligados à mídia antipetista, evidencia a reviravolta política entre a opinião pública.
É alucinante o ritmo da deterioração do governo Temer. A sociedade já começa a perceber que, se a situação estava ruim com Dilma, ficará muito pior sem ela. E a prova disso é o verdadeiro pânico que se instalou no núcleo duro da imprensa antipetista.
Nos últimos dias, vários colunistas dessa imprensa partidarizada vêm fazendo “apelos” para que todos finjam não ver os absurdos produzidos em escala industrial pelo “novo governo”.
Um caso curioso ocorre com o Estadão, entre outros. Duas colunistas de renome entre os setores conservadores e antipetistas escreveram apelos quase idênticos para que a sociedade finja não ver as barbaridades cometidas pelo governo de facto.
Em 31 de maio, a colunista Eliane Cantanhede escreveu a coluna “Ruim com ele, pior sem ele”, no qual apela para que o país aceite aberrações como um “ministro da Transparência” mais sujo que pau-de-galinheiro e um “presidente interino” investigado pela Lava Jato para que uma presidente ficha-limpa volte ao cargo.
Para Cantanhêde, se Temer continuar “apanhando” assim, Dilma volta.
Neste domingo (5), outra colunista que faz a cabeça da direita brasileira escreveu um texto praticamente idêntico. O título é altamente sugestivo: “Sorte para o azar”. O texto inteirinho, assim como o de Cantanhêde, é dedicado a repisar ataques a Dilma, mas o título trai a intenção que o texto não cita.
“Sorte para o azar” é uma variação da tese de Cantanhêde de que, se Temer continuar apanhando assim, a sociedade vai acabar querendo Dilma de volta.
Pelas informações que o Blog vem apurando, é tarde demais. Já houve uma reversão na opinião pública.
O repúdio ao impeachment entre a opinião pública nacional e mundial vai ficando cada vez mais ensurdecedor. Não há um dia em que uma nova personalidade ou um novo grande órgão de imprensa não denunciem que está havendo um golpe de Estado “branco” no Brasil.
Esse alarido está invadindo o Brasil. As pessoas estão tomando posição rapidamente. Quem ficava em cima do muro por estar zangado com Dilma e com o PT devido à crise, já começa a entender que ruim com eles, pior sem eles – é irônico, mas a tese de Cantanhêde está funcionando ao contrário.
Para que se possa mensurar a força da reação ao golpe, um fato surpreendente. Acadêmicos, jornalistas e ativistas se reuniram e produziram 103 crônicas contra o golpe – uma delas foi escrita por este blogueiro -, reunidas no livro Resistência ao golpe de 2016.
Até o Papa Francisco já tem um exemplar e se deixou fotografar com ele nas mãos
Entendeu, leitor, por que a mídia está apavorada? Senador que votar a favor do golpe terá problemas eleitorais. Os mais espertos entenderão isso antes da votação do impeachment, e Dilma precisa de apenas mais 3 votos para não ser derrubada.
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