Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Em outra pesquisa Datafolha, de abril deste ano, Aécio despencaria para 17%, Marina continuaria com os mesmos 19% e Lula dispararia para 21%, ultrapassando a todos após ter despencado ao longo de 2015. Se o candidato pelo PSDB fosse Alckmin, Marina cairia para 23, Alckmin despencaria para 9% e Lula encostaria em Marina, com 22%.
Pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (16/07), mostra dado ainda mais impressionante e, de certa forma, ainda difícil de explicar. Em todos os cenários, o petista continua subindo nas intenções de voto e os adversários continuam caindo.
A Folha, nessa análise, chama de “oscilação” o movimento contínuo de Lula para cima e dos adversários para baixo. Contudo, o fato é que essa pesquisa revela uma tendência continua que começou em fevereiro deste ano, após movimento de Lula para baixo e dos adversários para cima, ano passado.
A partir de fevereiro, portanto, Lula inicia a reação que continua e que, ao que tudo indica, tem tudo para se acentuar conforme as “medidas impopulares de Michel Temer” forem sendo adotadas.
Apesar da suposta “melhora” de Temer retratada pelo Datafolha, a subida contínua de Lula e a queda consistente dos adversários parece ter relação com a memória da população em relação ao governo do petista, que já começa a deixar saudades.
Além disso, apesar dos 50% que o Datafolha diz que preferem que Temer continue no cargo, os 32% que querem a volta de Dilma a tiram do patamar de pouco mais de 10% que a apoiavam há alguns meses.
Mas o busílis da questão é Lula. Também impressiona a reação dele no segundo turno. Empata com Aécio e encosta em Serra. E a vantagem de Marina sobre o petista não chega a ser grande coisa.
Em um eventual segundo turno entre Lula e Marina, a ex-senadora venceria por 44% a 32%. Lula também seria derrotado, por 35% a 40%, se o candidato no segundo turno fosse Serra. A vantagem de Marina é consistente, mas cadente. E a de Serra é praticamente irrelevante, pois bastaria Lula subir 2,5 pontos percentuais para empatar com o tucano.
No geral, porém, o quadro eleitoral para 2018 permanece muito indefinido: cerca de um quarto dos eleitores (independentemente do cenário) dizem que, no primeiro turno, votariam em branco ou nulo ou não quiseram opinar sobre suas preferências, segundo afirma o Datafolha.
Após a condução coercitiva de Lula em março e o acirramento das denúncias contra ele, com o caso da divulgação de áudios de conversas do petista, os golpistas (Vaza Jato incluída) esperavam que o apoio a ele despencasse, mas o que ocorreu foi o contrário. Lula está ganhando cada vez mais popularidade, enquanto que aqueles políticos que deveriam se beneficiar da campanha da Polícia Federal, do Ministério Público, do Judiciário e da mídia contra ele, despencam.
Note, leitor, a fragilidade dos tucanos. Enquanto Lula resiste a uma pancadaria incessante na mídia e consegue subir, algumas poucas menções negativas a Aécio, Serra e Marina na Lava Jato derrubaram fortemente a popularidade deles.
E olhe que o petista nem tem tido espaço na mídia para dar a sua versão dos fatos. Se hoje houvesse uma campanha eleitoral, a possibilidade de ele vencer poderia aumentar muito. Lula poderia dar a sua versão dos fatos e a esquerda certamente se aglutinaria em torno dele, ante uma direita tucano-marinista que já deixou claro que pretende extinguir direitos trabalhistas, acabar com o SUS etc.
A única esperança dos golpistas é prender Lula ou torná-lo inelegível com alguma condenação pela Justiça, mas em um ambiente externo em que grande parte da opinião pública internacional enxerga um golpe no Brasil, a perseguição ao maior líder político brasileiro tenderia a soar como a derrocada final de nossa democracia.
A pesquisa Datafolha não mostra apenas que Lula está longe de estar morto, mostra que quanto mais a Lava Jato o persegue mais ele se fortalece. Mas não é só. A pesquisa mostra bem mais.
Quanto mais a situação social piorar no Brasil, mais Lula despertará saudade. Seu governo será cada vez mais lembrado como o melhor momento da vida de legiões de brasileiros empobrecidos que, pela primeira vez, colocaram filhos na faculdade, compraram casa, carro, viajaram de avião etc.
Michel Temer será o grande cabo eleitoral de Lula, se o golpe vingar. Quanto mais tempo ele governar, mais chances o petista terá de se eleger em 2018. São só 2 anos e pouquinho. Passará muito rápido, caso o Senado se deixe enganar pela leitura errada que a mídia está fazendo da pesquisa em tela e vote pelo afastamento definitivo de Dilma.
O Datafolha fez uma pesquisa eleitoral em dezembro do ano passado em que Aécio Neves chegaria à frente de Lula no primeiro turno, com 26% dos votos - ou 27%, num terceiro arranjo. O petista teria 20%, e Marina Silva (Rede), 19%. Se o tucano fosse Geraldo Alckmin, Marina iria a 24%, Lula se manteria, com 21% (22% num quarto cenário), e Alckmin teria 14%.
Em outra pesquisa Datafolha, de abril deste ano, Aécio despencaria para 17%, Marina continuaria com os mesmos 19% e Lula dispararia para 21%, ultrapassando a todos após ter despencado ao longo de 2015. Se o candidato pelo PSDB fosse Alckmin, Marina cairia para 23, Alckmin despencaria para 9% e Lula encostaria em Marina, com 22%.
Pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (16/07), mostra dado ainda mais impressionante e, de certa forma, ainda difícil de explicar. Em todos os cenários, o petista continua subindo nas intenções de voto e os adversários continuam caindo.
Segundo o Datafolha, “após dividir a preferência do eleitorado com Marina nos últimos levantamentos para o primeiro turno, Lula oscilou positivamente e abriu vantagem sobre a potencial adversária, que caiu. Já os possíveis candidatos do PSDB consultados no levantamento (José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin) oscilaram negativamente ou mantiveram patamares anteriores, o que favoreceu Lula”
A Folha, nessa análise, chama de “oscilação” o movimento contínuo de Lula para cima e dos adversários para baixo. Contudo, o fato é que essa pesquisa revela uma tendência continua que começou em fevereiro deste ano, após movimento de Lula para baixo e dos adversários para cima, ano passado.
A partir de fevereiro, portanto, Lula inicia a reação que continua e que, ao que tudo indica, tem tudo para se acentuar conforme as “medidas impopulares de Michel Temer” forem sendo adotadas.
Apesar da suposta “melhora” de Temer retratada pelo Datafolha, a subida contínua de Lula e a queda consistente dos adversários parece ter relação com a memória da população em relação ao governo do petista, que já começa a deixar saudades.
Além disso, apesar dos 50% que o Datafolha diz que preferem que Temer continue no cargo, os 32% que querem a volta de Dilma a tiram do patamar de pouco mais de 10% que a apoiavam há alguns meses.
Mas o busílis da questão é Lula. Também impressiona a reação dele no segundo turno. Empata com Aécio e encosta em Serra. E a vantagem de Marina sobre o petista não chega a ser grande coisa.
Em um eventual segundo turno entre Lula e Marina, a ex-senadora venceria por 44% a 32%. Lula também seria derrotado, por 35% a 40%, se o candidato no segundo turno fosse Serra. A vantagem de Marina é consistente, mas cadente. E a de Serra é praticamente irrelevante, pois bastaria Lula subir 2,5 pontos percentuais para empatar com o tucano.
No geral, porém, o quadro eleitoral para 2018 permanece muito indefinido: cerca de um quarto dos eleitores (independentemente do cenário) dizem que, no primeiro turno, votariam em branco ou nulo ou não quiseram opinar sobre suas preferências, segundo afirma o Datafolha.
Após a condução coercitiva de Lula em março e o acirramento das denúncias contra ele, com o caso da divulgação de áudios de conversas do petista, os golpistas (Vaza Jato incluída) esperavam que o apoio a ele despencasse, mas o que ocorreu foi o contrário. Lula está ganhando cada vez mais popularidade, enquanto que aqueles políticos que deveriam se beneficiar da campanha da Polícia Federal, do Ministério Público, do Judiciário e da mídia contra ele, despencam.
Note, leitor, a fragilidade dos tucanos. Enquanto Lula resiste a uma pancadaria incessante na mídia e consegue subir, algumas poucas menções negativas a Aécio, Serra e Marina na Lava Jato derrubaram fortemente a popularidade deles.
E olhe que o petista nem tem tido espaço na mídia para dar a sua versão dos fatos. Se hoje houvesse uma campanha eleitoral, a possibilidade de ele vencer poderia aumentar muito. Lula poderia dar a sua versão dos fatos e a esquerda certamente se aglutinaria em torno dele, ante uma direita tucano-marinista que já deixou claro que pretende extinguir direitos trabalhistas, acabar com o SUS etc.
A única esperança dos golpistas é prender Lula ou torná-lo inelegível com alguma condenação pela Justiça, mas em um ambiente externo em que grande parte da opinião pública internacional enxerga um golpe no Brasil, a perseguição ao maior líder político brasileiro tenderia a soar como a derrocada final de nossa democracia.
A pesquisa Datafolha não mostra apenas que Lula está longe de estar morto, mostra que quanto mais a Lava Jato o persegue mais ele se fortalece. Mas não é só. A pesquisa mostra bem mais.
Quanto mais a situação social piorar no Brasil, mais Lula despertará saudade. Seu governo será cada vez mais lembrado como o melhor momento da vida de legiões de brasileiros empobrecidos que, pela primeira vez, colocaram filhos na faculdade, compraram casa, carro, viajaram de avião etc.
Michel Temer será o grande cabo eleitoral de Lula, se o golpe vingar. Quanto mais tempo ele governar, mais chances o petista terá de se eleger em 2018. São só 2 anos e pouquinho. Passará muito rápido, caso o Senado se deixe enganar pela leitura errada que a mídia está fazendo da pesquisa em tela e vote pelo afastamento definitivo de Dilma.
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