Por Altamiro Borges
A famiglia Frias, dona do Datafolha e da Folha, visitou o inferno neste final de semana. A grosseira manipulação de uma pesquisa, com o nítido intento de beneficiar o Judas Michel Temer na véspera da votação do impeachment de Dilma, foi alvo de ácidas críticas dos internautas no Brasil e no mundo. O site “The Intercept”, do premiado jornalista estadunidense Glenn Greenwald, desnudou a “fraude jornalística”. A blogosfera nativa, que tanto incomoda os barões da mídia e os censores do covil golpista, não poupou o partidarismo do império midiático. Talvez preocupada com a perda de credibilidade do jornal – que resulta na queda de tiragem e na fuga de anunciantes –, a ombudsman da Folha, Paula Cesarino Costa, postou uma crítica ao próprio jornal neste domingo (24).
Intitulado “A Folha errou e persistiu no erro”, o texto começa confirmando o desgaste: “É preciso reconhecer que a semana que passou foi amarga para o Datafolha e para a Folha. Desde que assumi o mandato, nenhum assunto mobilizou tanto os leitores. Do total de mensagens recebidas desde quarta-feira, 62% foram críticas e acusações ao jornal. Variavam de fraude jornalística e manipulação de resultados a pura e simples má-fé, passando por sonegação de informação e interpretação tendenciosa. A questão central está na acusação de o jornal ter omitido, deliberadamente, que a maioria dos entrevistados (62%) pelo Datafolha se disseram favoráveis a novas eleições presidenciais, em cenário provocado pela renúncia de Dilma Rousseff e Michel Temer”.
De forma discreta, a ombudsman até reconhece a força da blogosfera, ao citar o papel dos “sites The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald, e Tijolaço, do jornalista Fernando Brito, que acusaram a Folha de ‘fraude jornalística com pesquisa manipulada visando alavancar Temer’”. Mas não deixa de satanizar a mídia alternativa, bem ao gosto dos patrões, insinuando que ela “alimenta teorias conspiratórias”. Ela também tenta amenizar as críticas à “sua” empresa, afirmando que “diante da polêmica, Folha e Datafolha optaram por divulgar link para o relatório completo” da pesquisa. O editor-executivo do jornal, o subserviente Sérgio Dávila, também tenta explicar o inexplicável no texto maroto da ombudsman.
Após vários ziguezagues, Paula Cesarino conclui que “a Folha errou e persistiu no erro”. Para ela, “o jornal cometeu grave erro de avaliação. Não se preocupou em explorar os diversos pontos de vista que o material permitia, de modo a manter postura jornalística equidistante das paixões políticas. Tendo a chance de reparar o erro, encastelou-se na lógica da praxe e da suposta falta de apelo noticioso. A reação pouco transparente, lenta e de quase desprezo às falhas e omissões apontadas maculou a imagem da Folha e de seu instituto de pesquisas”.
Tendo chegado a esta conclusão, fica a pergunta: o Grupo Folha, da golpista famiglia Frias, cometeu um crime premeditado, visando influenciar a votação do impeachment de Dilma no Senado e interferir nos rumos políticos do país, e não será punido? Basta a crítica da ombudsman? Só isto? Não seria o caso do Ministério Público começar a investigar as corriqueiras fraudes nas pesquisas de opinião, que servem de munição para as gritantes manipulações da mídia?
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A famiglia Frias, dona do Datafolha e da Folha, visitou o inferno neste final de semana. A grosseira manipulação de uma pesquisa, com o nítido intento de beneficiar o Judas Michel Temer na véspera da votação do impeachment de Dilma, foi alvo de ácidas críticas dos internautas no Brasil e no mundo. O site “The Intercept”, do premiado jornalista estadunidense Glenn Greenwald, desnudou a “fraude jornalística”. A blogosfera nativa, que tanto incomoda os barões da mídia e os censores do covil golpista, não poupou o partidarismo do império midiático. Talvez preocupada com a perda de credibilidade do jornal – que resulta na queda de tiragem e na fuga de anunciantes –, a ombudsman da Folha, Paula Cesarino Costa, postou uma crítica ao próprio jornal neste domingo (24).
Intitulado “A Folha errou e persistiu no erro”, o texto começa confirmando o desgaste: “É preciso reconhecer que a semana que passou foi amarga para o Datafolha e para a Folha. Desde que assumi o mandato, nenhum assunto mobilizou tanto os leitores. Do total de mensagens recebidas desde quarta-feira, 62% foram críticas e acusações ao jornal. Variavam de fraude jornalística e manipulação de resultados a pura e simples má-fé, passando por sonegação de informação e interpretação tendenciosa. A questão central está na acusação de o jornal ter omitido, deliberadamente, que a maioria dos entrevistados (62%) pelo Datafolha se disseram favoráveis a novas eleições presidenciais, em cenário provocado pela renúncia de Dilma Rousseff e Michel Temer”.
De forma discreta, a ombudsman até reconhece a força da blogosfera, ao citar o papel dos “sites The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald, e Tijolaço, do jornalista Fernando Brito, que acusaram a Folha de ‘fraude jornalística com pesquisa manipulada visando alavancar Temer’”. Mas não deixa de satanizar a mídia alternativa, bem ao gosto dos patrões, insinuando que ela “alimenta teorias conspiratórias”. Ela também tenta amenizar as críticas à “sua” empresa, afirmando que “diante da polêmica, Folha e Datafolha optaram por divulgar link para o relatório completo” da pesquisa. O editor-executivo do jornal, o subserviente Sérgio Dávila, também tenta explicar o inexplicável no texto maroto da ombudsman.
Após vários ziguezagues, Paula Cesarino conclui que “a Folha errou e persistiu no erro”. Para ela, “o jornal cometeu grave erro de avaliação. Não se preocupou em explorar os diversos pontos de vista que o material permitia, de modo a manter postura jornalística equidistante das paixões políticas. Tendo a chance de reparar o erro, encastelou-se na lógica da praxe e da suposta falta de apelo noticioso. A reação pouco transparente, lenta e de quase desprezo às falhas e omissões apontadas maculou a imagem da Folha e de seu instituto de pesquisas”.
Tendo chegado a esta conclusão, fica a pergunta: o Grupo Folha, da golpista famiglia Frias, cometeu um crime premeditado, visando influenciar a votação do impeachment de Dilma no Senado e interferir nos rumos políticos do país, e não será punido? Basta a crítica da ombudsman? Só isto? Não seria o caso do Ministério Público começar a investigar as corriqueiras fraudes nas pesquisas de opinião, que servem de munição para as gritantes manipulações da mídia?
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A ombudsman faz crítica num domingo. No outro publica-se a réplica do editor do jornal e do datafolha e tudo continua como antes. A Folha se acha muito plural, imparcial e a questão principal que o motivo deste excelente texto de Altamiro Borges fica em 2º plano.
ResponderExcluirFoi o tempo em que comprava A Folha ou Estadão e a Veja. Leio, folheio quando em algum consultório esteja dando sopa.
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