Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:
Com o manifesto “É preciso arrancar alegria ao futuro!”, 739 militantes que integravam o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), anunciaram no iníco deste julho a saída da organização e a formação de nova organização, que agora será oficialmente lançada neste sábado (23), no Club Homs, na Avenida Paulista, em São Paulo, quando também terá seu nome divulgado.
Em entrevista à Caros Amigos, Valério Arcary, historiador e militante da nova organização, explica que a separação aconteceu após longo períodos de discussões internas em que surgiram divergências sobre as posições diante das conjunturas em nível internacional e nacional.
No atual momento político do País, em que Dilma Rousseff (PT) está afastada de seu cargo devido ao processo de impeachment, o partido trouxe a palavra de ordem “Fora Todos”, apoiando o impeachment de Dilma e em oposição à direita. Já os integrantes da nova organização avaliaram que é necessário lutar contra as manifestações conservadoras, mas também denunciar o processo de impeachment sem ceder às chantagens do governo petista.
“Os companheiros da direção do PSTU avaliam que os dois campos têm que ser combatidos simultaneamente e por igual. Mas, quando as mobilizações das camadas médias reacionárias alcançaram uma nova dimensão, nós consideramos que o perigo da votação do impeachment era real e imediato e, portanto, era necessário hierarquizar a luta contra o impeachment, ao mesmo tempo em que fazíamos a demarcação à esquerda do governo Dilma. Portanto, éramos contra a palavra de ordem do “Fora Todos” e somos a favor de ir às ruas para a construção de um terceiro campo, através da unificação de uma frente da esquerda socialista e independente, tanto do governo quanto da oposição de direita”, conta Arcary.
A nova organização marxista, que conta com um pouco menos da metade de militantes do PSTU, além de ex-militantes e novas pessoas que a integra, ainda não decidiu se irá buscar imediatamente a legalidade e atuar como um partido político. Um de seus quadros, Arcary afirma que o objetivo é participar de uma reorganização de luta unificada e à esquerda do PT. "A crise do Lulismo é muito poderosa e a questão dos novos instrumentos de luta está em cima da mesa. Achamos que é muito importante a esquerda socialista se constituir como um polo."
Com representação nacional, a organização integra a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas) e a Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel). No momento atual, está aberta para possível atuação conjunta com outras entidades, como a Frente Povo Sem Medo, composta pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e PSol (Partido Socialismo e Liberdade). “Estamos dispostos a fazer unidade de nação pelo Fora Temer e a construir uma frente única contra todos os projetos que são ameaças aos direitos dos trabalhadores e da juventude, mas somos contra o volta Dilma. Somos a favor de eleições gerais”, ressalta o historiador, marcando posição em relação a outras entidades da Frente do Povo Sem Medo, como União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), sobre as quais diz que são organizações "do bloco que organicamente sustentou o governo Dilma, que cedeu às pressões da classe dominante".
Diferentemente do padrão da esquerda brasileira, segundo Arcary, a ruptura com o partido foi muito respeitosa e para abrir novos caminhos de reorganização são necessárias cisões. "Consideramos o PSTU uma das organizações mais revolucionárias que atuam no Brasil. Temos diferenças táticas sobre a interpretação da realidade, como agir. Muitas vezes ocorrem unificações sem princípios que resultam em explosões posteriores. Mas também há rupturas que são principistas, feitas com tanta honestidade e respeito que deixam aberto um caminho futuro para outras ramificações. Acreditamos que a luta pela revolução brasileira exigirá unificações. Este processo é algo que os historiadores do futuro poderão reconhecer como exemplar pelo grau que honestidade mútua na condução da separação", afirma.
Com o manifesto “É preciso arrancar alegria ao futuro!”, 739 militantes que integravam o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), anunciaram no iníco deste julho a saída da organização e a formação de nova organização, que agora será oficialmente lançada neste sábado (23), no Club Homs, na Avenida Paulista, em São Paulo, quando também terá seu nome divulgado.
Em entrevista à Caros Amigos, Valério Arcary, historiador e militante da nova organização, explica que a separação aconteceu após longo períodos de discussões internas em que surgiram divergências sobre as posições diante das conjunturas em nível internacional e nacional.
No atual momento político do País, em que Dilma Rousseff (PT) está afastada de seu cargo devido ao processo de impeachment, o partido trouxe a palavra de ordem “Fora Todos”, apoiando o impeachment de Dilma e em oposição à direita. Já os integrantes da nova organização avaliaram que é necessário lutar contra as manifestações conservadoras, mas também denunciar o processo de impeachment sem ceder às chantagens do governo petista.
“Os companheiros da direção do PSTU avaliam que os dois campos têm que ser combatidos simultaneamente e por igual. Mas, quando as mobilizações das camadas médias reacionárias alcançaram uma nova dimensão, nós consideramos que o perigo da votação do impeachment era real e imediato e, portanto, era necessário hierarquizar a luta contra o impeachment, ao mesmo tempo em que fazíamos a demarcação à esquerda do governo Dilma. Portanto, éramos contra a palavra de ordem do “Fora Todos” e somos a favor de ir às ruas para a construção de um terceiro campo, através da unificação de uma frente da esquerda socialista e independente, tanto do governo quanto da oposição de direita”, conta Arcary.
A nova organização marxista, que conta com um pouco menos da metade de militantes do PSTU, além de ex-militantes e novas pessoas que a integra, ainda não decidiu se irá buscar imediatamente a legalidade e atuar como um partido político. Um de seus quadros, Arcary afirma que o objetivo é participar de uma reorganização de luta unificada e à esquerda do PT. "A crise do Lulismo é muito poderosa e a questão dos novos instrumentos de luta está em cima da mesa. Achamos que é muito importante a esquerda socialista se constituir como um polo."
Com representação nacional, a organização integra a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas) e a Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel). No momento atual, está aberta para possível atuação conjunta com outras entidades, como a Frente Povo Sem Medo, composta pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e PSol (Partido Socialismo e Liberdade). “Estamos dispostos a fazer unidade de nação pelo Fora Temer e a construir uma frente única contra todos os projetos que são ameaças aos direitos dos trabalhadores e da juventude, mas somos contra o volta Dilma. Somos a favor de eleições gerais”, ressalta o historiador, marcando posição em relação a outras entidades da Frente do Povo Sem Medo, como União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), sobre as quais diz que são organizações "do bloco que organicamente sustentou o governo Dilma, que cedeu às pressões da classe dominante".
Diferentemente do padrão da esquerda brasileira, segundo Arcary, a ruptura com o partido foi muito respeitosa e para abrir novos caminhos de reorganização são necessárias cisões. "Consideramos o PSTU uma das organizações mais revolucionárias que atuam no Brasil. Temos diferenças táticas sobre a interpretação da realidade, como agir. Muitas vezes ocorrem unificações sem princípios que resultam em explosões posteriores. Mas também há rupturas que são principistas, feitas com tanta honestidade e respeito que deixam aberto um caminho futuro para outras ramificações. Acreditamos que a luta pela revolução brasileira exigirá unificações. Este processo é algo que os historiadores do futuro poderão reconhecer como exemplar pelo grau que honestidade mútua na condução da separação", afirma.
Incrivel como a esquerda brasileira gosta de se dividir! Isso so fortalece a direita conservadora,entreguista e anti-povo.
ResponderExcluirMais um zero à esquerda...
ResponderExcluirTrotskistas.
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