Por Altamiro Borges
Haja diversão nas eleições para a prefeitura da mais importante capital do país!
A disputa para a prefeitura paulistana neste ano será divertida. O midiático Celso Russomanno, que comanda um programa de defesa do consumidor na TV e lidera as pesquisas, pode ser cassado pelo STF por crime de peculato. Já a "ética" Marta Suplicy não sabe se contará com a ajuda de Eduardo Cunha, seu padrinho no PMDB, que pode ser preso nos próximos dias. O prefeito Fernando Haddad, que fez uma gestão inovadora na cidade, precisará gastar muita sola de sapato para conquistar votos na periferia. Mas o cenário mais risível até agora ocorre no ninho tucano, onde as bicadas são cada dia mais sangrentas. Uma notinha na Época revela que o PSDB terá fortes emoções em 2016:
Os ministros Gilberto Kassab e José Serra entraram em ação para convencer Andrea Matarazzo, pré-candidato do PSD à prefeitura de São Paulo, a desistir da disputa e se tornar vice na chapa de Marta Suplicy, do PMDB. Acreditam que a chapa conseguirá derrotar o candidato de Geraldo Alckmin, o tucano João Doria. Serra não quer ver Alckmin fortalecido para a disputa presidencial em 2018 em caso de vitória de Doria. Matarazzo rechaça a ideia por ser adversário antigo de Marta, mas políticos do PSD dizem que, no final, ele vai topar.
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A matéria assinada pelo jornalista Murilo Ramos e postada no sábado (23) evidencia que a guerra no ninho é das mais acirradas. O tucano José Serra, hoje ministro do Judas Michel Temer, parece que decidiu enfrentar de peito aberto o todo poderoso governador Geraldo Alckmin, do mesmo partido. O racha no PSDB ficou patente na convenção deste domingo (24), que homologou a pré-candidatura de João Doria. Segundo relato da Folha serrista, os principais chefões da sigla se recusaram a participar do convescote protagonizado pelo "picolé de chuchu".
"Em uma convenção esvaziada, o PSDB lançou neste domingo o empresário João Doria candidato à Prefeitura de São Paulo sem os principais caciques do partido. A exceção foi o governador Geraldo Alckmin, principal fiador da candidatura de Doria... Alckmin se empenha na campanha municipal como demonstração de força e montagem de coligações para a eleição presidencial. O governador foi recebido com gritos de 'presidente'. Ele não mencionou as ausências do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do chanceler José Serra, do senador José Aníbal e do ex-governador Alberto Goldman, que apoiaram o vereador Andrea Matarazzo nas prévias do PSDB", relata Thais Bilenky.
No seu discurso enfadonho, João Doria, novato nas rinhas tucanas, destilou ódio ao PT. "Não quero particularizar, não vou fazer isso na campanha, mas não posso deixar de dizer: o PT, partido do Lula e Dilma, entregou um legado maldito, da imoralidade, das mentiras, do roubo e do assalto ao dinheiro público". O empresário-picareta, articulador do fracassado movimento golpista "Cansei", só não citou os processos na Justiça Eleitoral contra sua candidatura, que foram instaurados por líderes históricos do próprio PSDB. Acusado de "abuso do poder econômico" e de uso da máquina pública, com o loteamento de cargos no Palácio dos Bandeirantes, João Doria pode ter sua candidatura impugnada.
Haja diversão nas eleições para a prefeitura da mais importante capital do país!
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Os paulistanos nao podem se permitir nao reeleger o Fernando Haddad.
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