Na sessão de horrores da Câmara Federal de 17 de abril, que
deflagrou o processo de impeachment da presidenta Dilma, muitos deputados
dedicaram seu voto à família, aos bons costumes, à ética e a outras baboseiras.
Na sequência, porém, parece que uma praga se abateu sobre os falsos moralistas.
O chefe da “assembleia dos bandidos”, o correntista suíço Eduardo Cunha, foi
descartado pelos seus comparsas, inclusive pelo Judas Michel Temer, e agora
corre o risco de ser cassado e preso. Depois, outros picaretas foram
desmoralizados. A mais recente vítima deste “ódio divino” é o pastor Marco Feliciano, que acaba de ser acusado de tentativa de estupro por uma
jovem seguidora da sua seita.
Segundo reportagem de Leandro Mazzini, do site UOL,
o deputado do PSC de São Paulo – que adora bravatear sobre Deus e a família – teria agredido uma mulher de 22 anos. O jornalista teve acesso às conversas pelo WhatsApp que ela manteve com o chefe de gabinete do pastor. Num dos trechos, ela faz um pedido: "Se vale um conselho, manda o Feliciano aquietar o pintinho dele, guardar o pintinho dele". Em outro, ela relata: “Ele não me deixou sair (do apartamento), fez coisas à força, eu tenho a mensagem dele: ‘Feliciano, a minha boca ficou roxa’. Ele ri’”.
Após o vazamento do diálogo revelador, a jovem deixou Brasília, retirou sua página no Facebook do ar e se mantém isolada, sendo orientada por assessores ligados ao parlamentar. Há indícios de que ela foi intimidada e decidiu recuar da denúncia. Mas o Ministério Público Federal analisa apurar o caso. A revelação da jovem – que frequenta a mesma igreja do pastor-deputado e que diz ter recebido uma proposta para ser amante de Marco Feliciano – teve forte repercussão nas redes sociais e representa um duro baque para o falso moralista, um dos líderes do "golpe dos corruptos" contra Dilma. Antes dele, outros falsários já tinham sido vítimas da mesma praga.
Outros picaretas desmascarados
No início de julho, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará cassou, por unanimidade, o mandato do deputado Wladimir Costa, do Solidariedade – a sigla mercenária chefiada por Paulinho da Força. Ele foi acusado pelo Ministério Público por arrecadação ilícita de recursos para campanha eleitoral e por não prestar contas de mais de R$ 400 mil gastos em carreatas e material de campanha. No pedido que fez ao TRE para que condenasse o deputado, o procurador-regional eleitoral do Pará, Bruno Valente, afirmou que as graves omissões encontradas na prestação de contas "demonstram o total desprezo" do deputado diante da Justiça. Wladimir Costa ganhou seus minutos de fama ao votar pelo impeachment de Dilma. Agora, o falso moralista corre o risco de ficar inelegível pelos próximos oito anos.
Antes dele, em meados de junho, o Supremo Tribunal Federal decidira investigar a suspeita de que a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) e seu marido, o prefeito afastado de Montes Claros (MG), Ruy Muniz, chefiaram uma organização criminosa que cometeu crimes como sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro. Ela também ganhou projeção nacional ao votar pelo impeachment tecendo elogios ao seu marido – que foi preso no dia seguinte à sessão de horrores. Agora, a própria deputada embusteira corre o risco de ser cassada e presa – ela só depende dos humores dos ministros do STF, sempre tão seletivos em seus julgamentos.
O líder do Judas Michel Temer
Outro chefão do "golpe dos corruptos" que está na berlinda é o deputado André Moura (PSC-SE), o novo líder do Judas Michel Temer na Câmara Federal. Ele está metido em várias falcatruas. A mais recente vazou no início de junho. Em vídeo, o ex-prefeito de Pirambu, Juares Batista dos Santos, deu detalhes de como o lobista "capturou" a prefeitura para pagar despesas pessoais e agradar aliados. Até a revista Época, que participou da trama golpista contra Dilma, mostrou-se surpresa com os métodos criminosos do deputado após ter acesso a mais de seis horas de gravação do ex-prefeito de Pirambu:
"Eleito, Juares Batista era um 'prefeito de fachada'. André Moura indicava, segundo ele, secretários, políticas de governo, contratações e, claro, ordens de pagamento. Batista teve direito a nomear um secretário em sua própria gestão à frente da prefeitura e escolheu sua esposa. O restante dos cargos foi loteado por familiares e amigos de Moura. 'Ditadura. Tá aqui a lista e acabou-se'. Eram assim as nomeações na cidade, segundo o delator. Moura também cobrava do prefeito o pagamento de uma espécie de mesada com recursos da prefeitura e o deslocamento de funcionários para a casa do parlamentar. Nomeados para ocupar cargos públicos e prestar serviço para a população, os servidores ficavam à disposição do parlamentar e de sua agenda. Os carros da prefeitura também. 'De três a cinco carros à disposição do deputado e da família dele'".
"A mistura do público com o privado fica ainda mais clara com as notas fiscais de mercados e restaurantes. Segundo as investigações, recursos de programas sociais, como o da merenda escolar, eram desviados para pagar bebidas alcoólicas, jantares, festas de eleitores e aliados políticos. 'Após o jogo iam para um restaurante. Tudo por conta da prefeitura', detalha. Em uma das notas, 24 cervejas, além de refeições e celulares do parlamentar e pessoas indicadas por ele".
Diante de tantos absurdos, a revista Época dá uma cutucada no usurpador do Palácio do Planalto: "Os vídeos esmiúçam o modo de fazer política do deputado, cuja escolha para liderança chancelada pelo presidente Michel Temer foi bastante criticada, inclusive pela base aliada do governo. Réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF), André Moura também foi citado na Lava Jato". Se até a famiglia Marinho, dona da revista, questiona o líder na Câmara do Judas Michel Temer é que a praga contra os golpistas realmente foi lançada! Outros deverão ser lançados ao inferno – mas após a votação definitiva do impeachment de Dilma no Senado para não atrapalhar o "golpe dos corruptos"
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Leia também:
- O "ministério dos notáveis" corruptos
- Mais um ficha-suja no covil do Temer
- Temer nomeia 'jovem' que agrediu mulheres
- Henrique Alves, mais um defunto golpista
- Cadê a valentia da OAB golpista?
Outros picaretas desmascarados
No início de julho, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará cassou, por unanimidade, o mandato do deputado Wladimir Costa, do Solidariedade – a sigla mercenária chefiada por Paulinho da Força. Ele foi acusado pelo Ministério Público por arrecadação ilícita de recursos para campanha eleitoral e por não prestar contas de mais de R$ 400 mil gastos em carreatas e material de campanha. No pedido que fez ao TRE para que condenasse o deputado, o procurador-regional eleitoral do Pará, Bruno Valente, afirmou que as graves omissões encontradas na prestação de contas "demonstram o total desprezo" do deputado diante da Justiça. Wladimir Costa ganhou seus minutos de fama ao votar pelo impeachment de Dilma. Agora, o falso moralista corre o risco de ficar inelegível pelos próximos oito anos.
Antes dele, em meados de junho, o Supremo Tribunal Federal decidira investigar a suspeita de que a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) e seu marido, o prefeito afastado de Montes Claros (MG), Ruy Muniz, chefiaram uma organização criminosa que cometeu crimes como sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro. Ela também ganhou projeção nacional ao votar pelo impeachment tecendo elogios ao seu marido – que foi preso no dia seguinte à sessão de horrores. Agora, a própria deputada embusteira corre o risco de ser cassada e presa – ela só depende dos humores dos ministros do STF, sempre tão seletivos em seus julgamentos.
O líder do Judas Michel Temer
Outro chefão do "golpe dos corruptos" que está na berlinda é o deputado André Moura (PSC-SE), o novo líder do Judas Michel Temer na Câmara Federal. Ele está metido em várias falcatruas. A mais recente vazou no início de junho. Em vídeo, o ex-prefeito de Pirambu, Juares Batista dos Santos, deu detalhes de como o lobista "capturou" a prefeitura para pagar despesas pessoais e agradar aliados. Até a revista Época, que participou da trama golpista contra Dilma, mostrou-se surpresa com os métodos criminosos do deputado após ter acesso a mais de seis horas de gravação do ex-prefeito de Pirambu:
"Eleito, Juares Batista era um 'prefeito de fachada'. André Moura indicava, segundo ele, secretários, políticas de governo, contratações e, claro, ordens de pagamento. Batista teve direito a nomear um secretário em sua própria gestão à frente da prefeitura e escolheu sua esposa. O restante dos cargos foi loteado por familiares e amigos de Moura. 'Ditadura. Tá aqui a lista e acabou-se'. Eram assim as nomeações na cidade, segundo o delator. Moura também cobrava do prefeito o pagamento de uma espécie de mesada com recursos da prefeitura e o deslocamento de funcionários para a casa do parlamentar. Nomeados para ocupar cargos públicos e prestar serviço para a população, os servidores ficavam à disposição do parlamentar e de sua agenda. Os carros da prefeitura também. 'De três a cinco carros à disposição do deputado e da família dele'".
"A mistura do público com o privado fica ainda mais clara com as notas fiscais de mercados e restaurantes. Segundo as investigações, recursos de programas sociais, como o da merenda escolar, eram desviados para pagar bebidas alcoólicas, jantares, festas de eleitores e aliados políticos. 'Após o jogo iam para um restaurante. Tudo por conta da prefeitura', detalha. Em uma das notas, 24 cervejas, além de refeições e celulares do parlamentar e pessoas indicadas por ele".
Diante de tantos absurdos, a revista Época dá uma cutucada no usurpador do Palácio do Planalto: "Os vídeos esmiúçam o modo de fazer política do deputado, cuja escolha para liderança chancelada pelo presidente Michel Temer foi bastante criticada, inclusive pela base aliada do governo. Réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF), André Moura também foi citado na Lava Jato". Se até a famiglia Marinho, dona da revista, questiona o líder na Câmara do Judas Michel Temer é que a praga contra os golpistas realmente foi lançada! Outros deverão ser lançados ao inferno – mas após a votação definitiva do impeachment de Dilma no Senado para não atrapalhar o "golpe dos corruptos"
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