Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Não existe país que sedie um evento do porte das Olimpíadas de 2016 sem que ocorram problemas e questionamentos quanto ao custo ou organização das obras.
A poucos dias do início das Olimpíadas de Londres (2012), por exemplo, o governo britânico teve que enviar 3.500 soldados das forças armadas do Reino Unido para reforçarem a segurança após a empresa responsável dizer que não seria capaz de cumprir com o contrato e garantir a paz durante o evento.
Houve atraso em várias obras e, como aqui, muitas foram concluídas em cima da hora.
A apenas quatro dias da cerimônia de abertura, o sistema de Metrô da capital britânica sofreu com diversos problemas. Três das principais linhas que levam à região da Vila Olímpica tiveram complicações e não funcionaram normalmente, atrapalhando a fluidez do trânsito londrino.
A abertura das Olimpíadas de 2016, porém, emocionou o mundo. A mensagem de congraçamento entre os povos e de preocupação com o meio ambiente foi singela e profunda. A delegação brasileira entrou triunfante, numerosa, explodindo em alegria como convém a um país continental como o nosso.
Mas houve um show menos edificante para olhos e ouvidos mais atentos. Um show de covardia e de manipulação jornalística.
A covardia ficou por conta dele mesmo, de Michel Temer, quem, antes do evento, dizia-se “preparadíssimo” para as vaias, mas, na hora agá, não decepcionou e… decepcionou!
Pela primeira vez em uma olimpíada o presidente do país-sede não foi anunciado na cerimônia de abertura. Para evitar as maias, Temer pediu à organização do evento que não citasse seu nome.
Contudo, após a fala do presidente do Comitê Rio-2016 Carlos Arthur Nuzman, Temer fez uma fala rápida para anunciar que os jogos estavam abertos. Seguiu-se uma sonora vaia. Ao fundo, porém, ouviram-se alguns aplausos: eram do camarote onde o presidente interino estava, que a Globo fez ecoarem junto às vaias de modo a que Galvão Bueno pôde anunciar “alguns aplausos”.
Veja o anúncio de Galvão e, em seguida, o vídeo em que a Globo reduz o volume das vaias e aumenta o dos aplausos do camarote de Temer.
Versão da Globo [aqui].
Os fatos [aqui].
Não existe país que sedie um evento do porte das Olimpíadas de 2016 sem que ocorram problemas e questionamentos quanto ao custo ou organização das obras.
A poucos dias do início das Olimpíadas de Londres (2012), por exemplo, o governo britânico teve que enviar 3.500 soldados das forças armadas do Reino Unido para reforçarem a segurança após a empresa responsável dizer que não seria capaz de cumprir com o contrato e garantir a paz durante o evento.
Houve atraso em várias obras e, como aqui, muitas foram concluídas em cima da hora.
A apenas quatro dias da cerimônia de abertura, o sistema de Metrô da capital britânica sofreu com diversos problemas. Três das principais linhas que levam à região da Vila Olímpica tiveram complicações e não funcionaram normalmente, atrapalhando a fluidez do trânsito londrino.
A abertura das Olimpíadas de 2016, porém, emocionou o mundo. A mensagem de congraçamento entre os povos e de preocupação com o meio ambiente foi singela e profunda. A delegação brasileira entrou triunfante, numerosa, explodindo em alegria como convém a um país continental como o nosso.
Mas houve um show menos edificante para olhos e ouvidos mais atentos. Um show de covardia e de manipulação jornalística.
A covardia ficou por conta dele mesmo, de Michel Temer, quem, antes do evento, dizia-se “preparadíssimo” para as vaias, mas, na hora agá, não decepcionou e… decepcionou!
Pela primeira vez em uma olimpíada o presidente do país-sede não foi anunciado na cerimônia de abertura. Para evitar as maias, Temer pediu à organização do evento que não citasse seu nome.
Contudo, após a fala do presidente do Comitê Rio-2016 Carlos Arthur Nuzman, Temer fez uma fala rápida para anunciar que os jogos estavam abertos. Seguiu-se uma sonora vaia. Ao fundo, porém, ouviram-se alguns aplausos: eram do camarote onde o presidente interino estava, que a Globo fez ecoarem junto às vaias de modo a que Galvão Bueno pôde anunciar “alguns aplausos”.
Veja o anúncio de Galvão e, em seguida, o vídeo em que a Globo reduz o volume das vaias e aumenta o dos aplausos do camarote de Temer.
Versão da Globo [aqui].
Os fatos [aqui].
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