Por Bepe Damasco, em seu blog:
A "semana da vergonha", como bem a definiu o ex-presidente Lula, começou com a frase histórica da senadora Gleisi Hoffmann, que esfregou na cara dos corruptos do Senado, que querem roubar 54 milhões de votos dos brasileiros, uma verdade corrosiva : "vocês não têm moral para julgar a presidenta Dilma."
A "semana da vergonha", como bem a definiu o ex-presidente Lula, começou com a frase histórica da senadora Gleisi Hoffmann, que esfregou na cara dos corruptos do Senado, que querem roubar 54 milhões de votos dos brasileiros, uma verdade corrosiva : "vocês não têm moral para julgar a presidenta Dilma."
Na sequência, um exemplo acabado de moralista sem moral, o presidente do Senado, Renan Calheiros, entrou em cena para pedir moderação, mas acabou se despindo da fantasia da sobriedade ao lançar mão de mentiras e baixarias contra a senadora Gleisi e os adversários do golpe na Casa. Para ele, os senadores da oposição devem ter um comportamento bovino diante do estupro da Constituição.
A Polícia Federal não tardaria em fazer sua parte, adicionando mais excremento à latrina golpista. O dublê de delegado e militante digital tucano Márcio Anselmo indicia Lula e Dona Marisa pelo caso ridículo do apartamento do Guarujá, uma semana depois de a própria PF ter atestado em relatório que o imóvel não pertence a Lula. Coisa típica do Estado fascista que avança no Brasil. Só os idiotizados pela mídia não percebem que o indiciamento, a cerca de 72 horas da consumação da fraude do impeachment, tem tudo a ver com o calendário do golpe.
Neste sábado (27), uma das mais respeitadas publicações do mundo, o jornal francês Le Monde, denuncia em editorial o golpe parlamentar brasileiro, enfatizando a farsa que reside no fato de dezenas de senadores processados por corrupção julgarem uma presidenta que não cometeu crime algum.
O problema é que essa matéria do Le Monde, a exemplo das dezenas de outras de mesmo tom e conteúdo estampadas pela imprensa internacional, não abala em nada o consórcio cínico e sem vergonha formado para rasgar a Constituição da República. Capitaneada pelo monopólio da mídia, essa engrenagem do jogo sujo conta com os préstimos de instituições do Estado como TCU, MP, PF, Judiciário (incluindo STF) e Congresso Nacional.
Por isso, não importam fatos e evidências. Vale tudo para afastar uma presidenta que atrapalha a pilhagem das riquezas nacionais. Vale tudo para remover um obstáculo à tunga de direitos sociais e trabalhistas do povo, para turbinar o lucro fácil dos endinheirados e, de quebra, encher as burras de dinheiro deles próprios. Vale tudo para impedir que Lula dispute a eleição de 2018 porque sabem que serão surrados outra vez no voto.
Uma charge publicada pelo jornal The New York Times, a qual tomei emprestada para ilustrar este artigo, mostrando a presidenta Dilma em um plano superior e tendo aos seus pés um ataque de centenas de ratos, é a mais perfeita tradução dos dias desgraçados que vivemos. Rato adora esgoto, transmite incontáveis doenças e remete a submundo.
Eu tenho ojeriza a banheiro químico. Chego a brincar com os amigos dizendo que esses receptáculos públicos de dejetos humanos deviam dispor de máscaras de gás. E não esperava que, já entrado nos anos, viesse a descobrir a existência de coisa ainda mais fétida : as entranhas do golpe midiático-judicial-parlamentar que infelicita a minha pátria.
A Polícia Federal não tardaria em fazer sua parte, adicionando mais excremento à latrina golpista. O dublê de delegado e militante digital tucano Márcio Anselmo indicia Lula e Dona Marisa pelo caso ridículo do apartamento do Guarujá, uma semana depois de a própria PF ter atestado em relatório que o imóvel não pertence a Lula. Coisa típica do Estado fascista que avança no Brasil. Só os idiotizados pela mídia não percebem que o indiciamento, a cerca de 72 horas da consumação da fraude do impeachment, tem tudo a ver com o calendário do golpe.
Neste sábado (27), uma das mais respeitadas publicações do mundo, o jornal francês Le Monde, denuncia em editorial o golpe parlamentar brasileiro, enfatizando a farsa que reside no fato de dezenas de senadores processados por corrupção julgarem uma presidenta que não cometeu crime algum.
O problema é que essa matéria do Le Monde, a exemplo das dezenas de outras de mesmo tom e conteúdo estampadas pela imprensa internacional, não abala em nada o consórcio cínico e sem vergonha formado para rasgar a Constituição da República. Capitaneada pelo monopólio da mídia, essa engrenagem do jogo sujo conta com os préstimos de instituições do Estado como TCU, MP, PF, Judiciário (incluindo STF) e Congresso Nacional.
Por isso, não importam fatos e evidências. Vale tudo para afastar uma presidenta que atrapalha a pilhagem das riquezas nacionais. Vale tudo para remover um obstáculo à tunga de direitos sociais e trabalhistas do povo, para turbinar o lucro fácil dos endinheirados e, de quebra, encher as burras de dinheiro deles próprios. Vale tudo para impedir que Lula dispute a eleição de 2018 porque sabem que serão surrados outra vez no voto.
Uma charge publicada pelo jornal The New York Times, a qual tomei emprestada para ilustrar este artigo, mostrando a presidenta Dilma em um plano superior e tendo aos seus pés um ataque de centenas de ratos, é a mais perfeita tradução dos dias desgraçados que vivemos. Rato adora esgoto, transmite incontáveis doenças e remete a submundo.
Eu tenho ojeriza a banheiro químico. Chego a brincar com os amigos dizendo que esses receptáculos públicos de dejetos humanos deviam dispor de máscaras de gás. E não esperava que, já entrado nos anos, viesse a descobrir a existência de coisa ainda mais fétida : as entranhas do golpe midiático-judicial-parlamentar que infelicita a minha pátria.
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