Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Foram recebidos no gabinete do juiz e lhe deram um pen-drive com assinaturas de apoiadores. Depois desceram à porta do prédio da Justiça Federal onde congraçaram com 50 manifestantes que vestiam verde e amarelo e gritavam palavras de ordem. O tour finalizou com um almoço com o magistrado.
Nenhum deles prima pela inteligência. Houve alguma esperança em Fagner nos anos 70, mas a coisa não vingou. “Borbulhas de Amor” encerrou qualquer esperança.
Susana Vieira não decepcionou e bateu alguns novos recordes de estupidez. “Eu tenho certeza de que este homem [Sergio Moro] é abençoado”, falou.
Paternalista e xenófoba, detonou os nordestinos - aquele povo inferior que votou maciçamente em Dilma nas últimas eleições: “Eu acho que as pessoas do Norte e do Nordeste não têm conhecimento do que está sendo feito aqui. Tem que espalhar isso para o Brasil”.
Piovani, eternamente exasperada no 220, especializada em dar barracos públicos sobre qualquer tema, notadamente sobre si mesma, conseguiu desenterrar a balela de que a iniciativa era “apartidária”, que a comitiva queria “dar cara a esse movimento” focado na “consciência cidadã” e não “na torcida por esse ou aquele partido”.
Fasano ficou quieto, o que não foi má ideia (em 1995, em entrevista à Veja, ele teria declarado que “algumas idéias nazistas são excelentes. Por exemplo: quando desenvolvo uma espécie no meu criadouro de animais, procuro no acasalamento não misturar o sangue de um macho todo ferradinho com o de uma fêmea maravilhosa. O burro, o incompetente, o que foi comido pelo leão não vai passar o gene para frente. Nisso, Hitler tinha razão”).
Seria uma palhaçada completa, não fosse um detalhe. Há pouco mais de uma semana, uma colega deles foi quase linchada naquela cidade, provavelmente com a cumplicidade de alguns daqueles que recepcionaram a caravana dos puxa sacos.
Ninguém lembrou o caso, ninguém tocou no assunto, ninguém pediu desculpas a Letícia Sabatella, direta ou indiretamente. Fizeram questão de enaltecer aqueles protofascistas e o líder deles, que os inspira quando avançam sobre mulheres “adversárias”, andando sozinhas na rua, a caminho do teatro, chamando-as de “comunistas”, “petralhas” e “putas”.
Susana Vieira fez questão, pelo contrário, de elogiar os agressores. Curitiba, segundo ela, é “uma das capitais mais adiantadas do Brasil em civilidade, educação, limpeza, educação das crianças, enfim”.
É o endosso de uma brutalidade cometida contra uma cidadã com quem esses atores trabalham em novelas, seriados etc. “Tudo bem, Letícia? Estivemos com aquele sujeito que te xingou de vagabunda. Te mandou um beijão”. Ingenuidade, burrice ou má fé? Tudo junto?
O Brasil não merecia virar o Projac.
Fora tudo, há um certo grau de perversão e crueldade na visita que um grupo de atores famosos e ex-famosos fez a Sérgio Moro.
Susana Vieira, Luana Piovani, Lucinha Lins, Victor Fasano, Fagner e outros viajaram a Curitiba para prestar apoio à Lava Jato e às tais dez medidas contra a corrupção do procurador Deltan Dallagnol.
Susana Vieira, Luana Piovani, Lucinha Lins, Victor Fasano, Fagner e outros viajaram a Curitiba para prestar apoio à Lava Jato e às tais dez medidas contra a corrupção do procurador Deltan Dallagnol.
Foram recebidos no gabinete do juiz e lhe deram um pen-drive com assinaturas de apoiadores. Depois desceram à porta do prédio da Justiça Federal onde congraçaram com 50 manifestantes que vestiam verde e amarelo e gritavam palavras de ordem. O tour finalizou com um almoço com o magistrado.
Nenhum deles prima pela inteligência. Houve alguma esperança em Fagner nos anos 70, mas a coisa não vingou. “Borbulhas de Amor” encerrou qualquer esperança.
Susana Vieira não decepcionou e bateu alguns novos recordes de estupidez. “Eu tenho certeza de que este homem [Sergio Moro] é abençoado”, falou.
Paternalista e xenófoba, detonou os nordestinos - aquele povo inferior que votou maciçamente em Dilma nas últimas eleições: “Eu acho que as pessoas do Norte e do Nordeste não têm conhecimento do que está sendo feito aqui. Tem que espalhar isso para o Brasil”.
Piovani, eternamente exasperada no 220, especializada em dar barracos públicos sobre qualquer tema, notadamente sobre si mesma, conseguiu desenterrar a balela de que a iniciativa era “apartidária”, que a comitiva queria “dar cara a esse movimento” focado na “consciência cidadã” e não “na torcida por esse ou aquele partido”.
Fasano ficou quieto, o que não foi má ideia (em 1995, em entrevista à Veja, ele teria declarado que “algumas idéias nazistas são excelentes. Por exemplo: quando desenvolvo uma espécie no meu criadouro de animais, procuro no acasalamento não misturar o sangue de um macho todo ferradinho com o de uma fêmea maravilhosa. O burro, o incompetente, o que foi comido pelo leão não vai passar o gene para frente. Nisso, Hitler tinha razão”).
Seria uma palhaçada completa, não fosse um detalhe. Há pouco mais de uma semana, uma colega deles foi quase linchada naquela cidade, provavelmente com a cumplicidade de alguns daqueles que recepcionaram a caravana dos puxa sacos.
Ninguém lembrou o caso, ninguém tocou no assunto, ninguém pediu desculpas a Letícia Sabatella, direta ou indiretamente. Fizeram questão de enaltecer aqueles protofascistas e o líder deles, que os inspira quando avançam sobre mulheres “adversárias”, andando sozinhas na rua, a caminho do teatro, chamando-as de “comunistas”, “petralhas” e “putas”.
Susana Vieira fez questão, pelo contrário, de elogiar os agressores. Curitiba, segundo ela, é “uma das capitais mais adiantadas do Brasil em civilidade, educação, limpeza, educação das crianças, enfim”.
É o endosso de uma brutalidade cometida contra uma cidadã com quem esses atores trabalham em novelas, seriados etc. “Tudo bem, Letícia? Estivemos com aquele sujeito que te xingou de vagabunda. Te mandou um beijão”. Ingenuidade, burrice ou má fé? Tudo junto?
O Brasil não merecia virar o Projac.
Repulsa e nojo é o que essa gente desperta.Mas um dia pisarão no pé deles e então
ResponderExcluirverão como dói o calo.