Por Antonio Barbosa Filho
O prefeito de Taubaté, no Vale do Paraíba paulista, José Bernardo Ortiz Júnior, do PSDB, teve seu mandato cassado há poucas semanas pelo TSE, por haver participado de formação de cartéis para compra de materiais escolares pela FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação, do governo Geraldo Alckmin. A autarquia - a mais importante do setor educacional paulista, com orçamento de quase quatro bilhões de reais, era presidida pelo pai de Ortiz Júnior, que acabou sendo afastado pela Justiça e, depois de meses, demitido pelo governador.
Mesmo estando defnitivamente cassado pela terceira instância da Justiça Eleitoral, Ortiz Júnior pediu registro de sua candidatura ao pleito de 2016, e começou mais uma milionária campanha, num flagrante desafio à Justiça, que o tornou inelegível por oito anos. Os "Ortizes", pai e filho, tem um longo histórico de desobediência ao Judiciário. O pai, num de seus três mandatos como prefeito de Taubaté nos anos 80-90, chegou a fugir da Prefeitura numa ambulância e internar-se no hospital local, para escapar de uma ordem de prisão...
Desta vez, a dupla de caciques tucanos imaginava que burlaria novamente a lei, confiando na proverbial impunidade do PSDB, um partido cujos crimes boa parte dos juízes, em todos os níveis, preferem relevar. Pediram o registro de Júnior e lançaram-se à campanha por rádio, TV, reuniões e panfletagens, como se o prefeito afastado do cargo há menos de três semanas estivesse livre de condenação. A população de 300 mil habitantes se perguntava: "mas de que valeu a cassação, se o cassado tenta voltar como se tivesse sido absolvido?".
A impugnação de Ortiz Júnior deixou o PSDB numa situação complicada e sem chances de ir para o segundo turno. O partido terá que substituir o candidato até o dia 12 de setembro, os candidatos a vereador perderam os materiais já confeccionados e a propaganda no horário "gratuito" de rádio e TV está fora do ar.
O prefeito de Taubaté, no Vale do Paraíba paulista, José Bernardo Ortiz Júnior, do PSDB, teve seu mandato cassado há poucas semanas pelo TSE, por haver participado de formação de cartéis para compra de materiais escolares pela FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação, do governo Geraldo Alckmin. A autarquia - a mais importante do setor educacional paulista, com orçamento de quase quatro bilhões de reais, era presidida pelo pai de Ortiz Júnior, que acabou sendo afastado pela Justiça e, depois de meses, demitido pelo governador.
Mesmo estando defnitivamente cassado pela terceira instância da Justiça Eleitoral, Ortiz Júnior pediu registro de sua candidatura ao pleito de 2016, e começou mais uma milionária campanha, num flagrante desafio à Justiça, que o tornou inelegível por oito anos. Os "Ortizes", pai e filho, tem um longo histórico de desobediência ao Judiciário. O pai, num de seus três mandatos como prefeito de Taubaté nos anos 80-90, chegou a fugir da Prefeitura numa ambulância e internar-se no hospital local, para escapar de uma ordem de prisão...
Desta vez, a dupla de caciques tucanos imaginava que burlaria novamente a lei, confiando na proverbial impunidade do PSDB, um partido cujos crimes boa parte dos juízes, em todos os níveis, preferem relevar. Pediram o registro de Júnior e lançaram-se à campanha por rádio, TV, reuniões e panfletagens, como se o prefeito afastado do cargo há menos de três semanas estivesse livre de condenação. A população de 300 mil habitantes se perguntava: "mas de que valeu a cassação, se o cassado tenta voltar como se tivesse sido absolvido?".
Felizmente, como nem todo juiz é um Gilmar Mendes na vida, o titular da 141a Zona Eleitoral, dr. Paulo Roberto da Silva, acolheu os pedidos de impugnação impetrados pelo Ministério Público Eleitoral, pelo Psol (através do seu candidato a prefeito prof. Silvio Prado) e pelo jornalista/blogueiro Irani Lima (os dois últimos participam da coordenação regional do Centro Barão de Itararé no Vale do Paraíba).
A impugnação de Ortiz Júnior deixou o PSDB numa situação complicada e sem chances de ir para o segundo turno. O partido terá que substituir o candidato até o dia 12 de setembro, os candidatos a vereador perderam os materiais já confeccionados e a propaganda no horário "gratuito" de rádio e TV está fora do ar.
Desta maneira, o governador Geraldo Alckmin perde um bastião importante na sua própria região (ele é de Pindamonhangaba, vizinha a Taubaté, e o PSDB regional só existe graças a sua orientação e suporte pessoais).
Um fato aparentemente local, mas com repercussões maiores no jogo do PSDB paulista.
* Antonio Barbosa Filho é jornalista, editor do blog valepensar.com.
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