quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Mídia acoberta agressor de Lindbergh Farias

Por Altamiro Borges

Na noite da última sexta-feira (23), o senador petista Lindbergh Farias foi agredido por um debiloide ao sair de um restaurante na zona sul do Rio de Janeiro. O valentão, aparentemente embriagado ou drogado, fez várias provocações e chegou a empurrar a esposa do parlamentar, que foi jogada ao chão e sofreu escoriações no corpo. A mídia privada, maior responsável por chocar o ovo da serpente fascista na sociedade brasileira, não deu a mínima para o gravíssimo incidente. Alguns jornalões até tentaram justificar a agressão. Coube ao coletivo “Jornalistas Livres”, uma das mais belas experiências de mídia alternativa no Brasil, divulgar a identidade do agressor – que deveria ser processado e preso, para o bem da sociedade. Reproduzo a reportagem e volto na sequência:


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Por Laura Capriglione

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) reconheceu o sujeito que o ameaçou na noite de sexta-feira (23/09) na saída de um restaurante. O nome dele é Claudio Roberto Baldaque Guimarães, um valentão que já se envolveu em ocorrências policiais por embriaguez, disparos de arma de fogo e agressão.

Baldaque Guimarães estava no mesmo restaurante em que jantava o senador, acompanhado da mulher e de amigas. Sentado em uma mesa próxima da de Lindbergh, o fascista passou a insultar o petista, gritando: “Quem apoia Lula não pode jantar aqui”.

Quando Lindbergh saía do local, Baldaque Guimarães seguiu-o – sempre gritando e ofendendo. Ridículo, além de violento e covarde, o provocador ainda tirou a camisa, para mostrar sua disposição de partir para o confronto físico. Empurrou a mulher do senador, que caiu no chão, ferindo-se nos braços e pernas.

Lindbergh registrou queixa contra o agressor. E publicou nota na sua página de Facebook, pedindo ajuda para que o homem fosse identificado, o que ocorreu nesta tarde (27/9).

Em 14 de julho do ano passado, o mesmo Claudio Roberto Baldaque Guimarães apareceu no noticiário policial, por causa de uma sessão de exibicionismo com arma de fogo. Ele e um amigo, José Daltro Queiroz de Magalhães Junior, foram presos em flagrante depois de fazer selfies com uma pistola automática na varanda do Lagoon, centro gastronômico de luxo na Lagoa, Zona Sul do Rio.

Segundo o gerente do restaurante, ambos os homens haviam passado horas embriagando-se no local. Quando a PM chegou para dar um paradeiro na loucura, os amigos fizeram de seis a sete disparos para o alto, com o propósito de assustar os policiais. Havia mulheres e crianças no local.

Não para por aí. Baldaque também foi denunciado por comportamento violento em 28 de julho de 2010… Na ocasião, por causa de uma discussão de trânsito, arremessou seu carro contra o do policial Gilmar Pasquini. Na denúncia que fez contra o valentão, Gilmar Pasquini afirmou: [Depois disso, ele] “fugiu em marcha a ré em alta velocidade, tendo derrubado um pedestre de nome Marcio”.

O badboy abandonou no local a mulher que o acompanhava, e ela disse que o havia conhecido naquela noite, sendo que ele se identificou como “Claudio, delegado da polícia federal”. A mulher disse ainda que ele tinha bebido duas garrafas de vinho.

Jornalistas Livres procuraram Claudio Baldaque numa empresa de segurança que aparece ligada a seu nome. Também enviaram mensagem pela página de facebook de sua irmã. Ele não foi localizado.


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Logo após a agressão, Lindbergh Farias divulgou uma mensagem nas redes sociais dando os detalhes sobre o ocorrido. “Na noite de sexta, saí para jantar com minha esposa e amigas. Ao final, um indivíduo, sentado em uma mesa próxima, passou a nos insultar e gritar que 'quem apoia Lula não pode jantar aqui'. Estávamos saindo, mas o cidadão veio atrás de nós, provocando e ofendendo. Não satisfeito, o homem tirou a camisa, empurrou minha esposa no chão, deixando-a com escoriações no joelho e no braço, e partiu para a agressão física contra mim, que reagi, indignado e em legítima defesa. É inaceitável que fatos como este ocorram. Não podemos achar normal que atitudes fascistas aconteçam sem punição. Não serei intimidado pelos porta-vozes do ódio”.

Na mesma postagem, o senador petista lamentou que “as ideias sejam substituídas pela violência, que algumas pessoas sintam-se no direito de perseguir, ofender, ameaçar e agredir fisicamente quem pensa diferente, e que tal episódio tenha ocorrido na presença dos meus familiares”. Ele ainda informou que “registrei queixa na Delegacia de Polícia e tomarei as medidas cabíveis contra os agressores. Espero que sejam identificados e punidos, dando um basta à intolerância”. Seu esclarecimento, porém, não obteve maior acolhida na mídia golpista, que segue acobertando os atos de violência e ódio dos “midiotas” mais deformados. A reação mais repugnante, porém, foi do jornal Folha de S.Paulo, que tentou até justificar a agressão.

Já no título da matéria desta segunda-feira (26) fica explícita sua cumplicidade com o fascista. “Insultado, Lindbergh Farias troca empurrões e chuta jovem no Rio de Janeiro”. O senador petista, vítima da selvageria, aparece como agressor – que “empurra e chuta” o jovem inocente. No corpo da “reporcagem” outros absurdos. “O senador Lindbergh Farias se envolveu em uma confusão ao sair de um restaurante no Rio de Janeiro”. Vídeo postado na internet confirma que ele não “se envolveu em uma confusão”, mas sim que foi agredido.

A Folha golpista, com toda a sua equipe de acomodados “repórteres investigativos”, nem se deu ao trabalho de apurar quem foi o agressor. Coube ao coletivo “Jornalistas Livres”, baseado em trabalho voluntário e militante, desempenhar esta missão, o que confirma que a velha mídia está podre. Depois não adiante reclamar da ausência de leitores e da violenta crise que atravessa – com queda de tiragem e fuga dos anunciantes. Partidarizada e manipuladora, a mídia golpista tende a perder cada vez mais a já pouco credibilidade que lhe resta!

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4 comentários:

  1. Não adianta processar, temos que começar a reagir. Tinha que quebrar a cara desse fascista. São uns covardes se começarem a apanhar na cara vão pensar duas vezes antes de atacar. O mesmo serve para as galinhas verdes que atacaram a Leticia Sabatela e a Senadora Vanessa.Lembram como o Ciro Gomes tratou os fascistas em frente a sua casa? Se ficarmos parados a coisa só vai aumentar.

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  2. Há 20 anos, a famosa cobertura da mídia oligárquica, a partir do Jornal Nacional, explorou o massacre de Eldorado dos Carajás como se as vítimas fossem os algozes.

    Até a manipulação da imagem ajudou na lorota: agricultores vistos como sanguinários armados de foices e facões que ameaçavam os policiais que atiraram contra eles por legítima defesa. Os "monstros" eram os manifestantes rurais, focalizados de costas para a câmera, num ângulo que "diminuísse" o foco dos policiais, que a tendenciosa imagem os fazia parecer "acuados". Quem acreditasse nessa mentira insistiria em defender o massacre, como se fosse algo "necessário", diante de agricultores "furiosos e com sede de sangue".

    Agora, numa época em que petistas são cassados como feras na floresta - a colega de Lindbergh, Gleisi Hoffman, é réu na Lava Jato junto com o marido Paulo Bernardo - , defender um agressor é deplorável, ainda mais que Lindbergh e Gleisi foram dois dos poucos que defenderam o mandato de Dilma Rousseff que, coitada, não pode contar que foi expulsa do poder para sua mãe doente.

    Quanta desumanidade é essa plutocracia cheia de "coxinhas" violentos!!

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  3. Concordo plenamente, tem que baixar a porrada nesse lixo midiotas.

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  4. Tem que prender esse agressor reacionário para servir de exemplo para todos.
    Quanto a mídia é só não comprar os jornais e/ou os produtos que são anunciados nesses lixos. Minha parte já faço, não leio nem jornal de bairro que também são outros idiotas. Não compra diversos produtos que são anunciados em jornais, em revistas e na globo. Compro os mais baratos.

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