Editorial do site Vermelho:
Grave e profundo atentado contra a democracia, o povo e o Brasil foi cometido nesta quarta-feira (31) pela maioria do Senado que aprovou o golpe contra a presidenta constitucional Dilma Rousseff.
A Constituição determina que um presidente da República terá seu mandato interrompido apenas se for comprovado que ele cometeu crime de responsabilidade. Esse crime não foi cometido por Dilma Rousseff, como ficou demonstrado à exaustão durante todo o processo golpista.
A violência deste golpe afronta a democracia e coloca o Brasil de novo na rota do autoritarismo, da eliminação de direitos sociais, políticos e econômicos conquistados pelo povo brasileiro. Ao mesmo tempo beneficia os mais ricos, a especulação financeira e o imperialismo perante o qual os golpistas colocam o Brasil novamente de joelhos. Esta marca indelével dos que tomaram o poder sem a aprovação do voto popular os levará a figurarem de maneira desonrosa e vexatória na história.
O governo ilegítimo terá muitas dificuldades para tirar o país da crise. O cenário aponta para o agravamento dos problemas nacionais e a crise econômica sinaliza que ainda causará grandes estragos. Ao mesmo tempo, há sinais fortes de divisão entre os golpistas que se uniram para apear Dilma Rousseff da presidência. Consumado o golpe, há uma evidente disputa de posições. Na votação que rejeitou a cassação dos direitos políticos de Dilma ficou claro o desentendimento, objeto de repreensão pública do próprio Temer. Também é motivo de tensão os caminhos que poderá tomar a Operação Lava Jato na medida em que alguns integrantes do governo, inclusive Michel Temer, são citados nas investigações.
A jornada da resistência democrática e nacional passa a uma nova etapa. Mesmo sofrendo uma série derrota, tem o trunfo das bravas batalhas empreendidas contra a escalada ao longo de quase dois anos. Essa luta deve se aprofundar com um espírito de unidade em torno de bandeiras como a defesa da soberania nacional, da democracia e dos direitos do povo. A história tem demonstrando importantes vitórias, mais cedo ou mais tarde, dos que erguem estas bandeiras.
Uma primeira grande batalha contra o governo ilegítimo já está em curso. Nas eleições municipais é preciso conquistar vitórias para as forças democráticas e progressistas e reforçar posições com vistas a disputa de 2018, ocasião também propícia para derrotar o golpe.
Ao mesmo tempo, é imperioso que a resistência democrática levante bem alto a luta pela antecipação das eleições presidenciais através da convocação de um plebiscito. É uma demanda popular e o meio mais adequado para restaurar a democracia devolvendo ao povo a prerrogativa de indicar, para o país e para o mundo, os caminhos para superar a agenda antinacional, antipovo e antidemocrática que os golpistas querem impor ao país.
Pelo Brasil, fora Temer!
Grave e profundo atentado contra a democracia, o povo e o Brasil foi cometido nesta quarta-feira (31) pela maioria do Senado que aprovou o golpe contra a presidenta constitucional Dilma Rousseff.
A Constituição determina que um presidente da República terá seu mandato interrompido apenas se for comprovado que ele cometeu crime de responsabilidade. Esse crime não foi cometido por Dilma Rousseff, como ficou demonstrado à exaustão durante todo o processo golpista.
A violência deste golpe afronta a democracia e coloca o Brasil de novo na rota do autoritarismo, da eliminação de direitos sociais, políticos e econômicos conquistados pelo povo brasileiro. Ao mesmo tempo beneficia os mais ricos, a especulação financeira e o imperialismo perante o qual os golpistas colocam o Brasil novamente de joelhos. Esta marca indelével dos que tomaram o poder sem a aprovação do voto popular os levará a figurarem de maneira desonrosa e vexatória na história.
O governo ilegítimo terá muitas dificuldades para tirar o país da crise. O cenário aponta para o agravamento dos problemas nacionais e a crise econômica sinaliza que ainda causará grandes estragos. Ao mesmo tempo, há sinais fortes de divisão entre os golpistas que se uniram para apear Dilma Rousseff da presidência. Consumado o golpe, há uma evidente disputa de posições. Na votação que rejeitou a cassação dos direitos políticos de Dilma ficou claro o desentendimento, objeto de repreensão pública do próprio Temer. Também é motivo de tensão os caminhos que poderá tomar a Operação Lava Jato na medida em que alguns integrantes do governo, inclusive Michel Temer, são citados nas investigações.
A jornada da resistência democrática e nacional passa a uma nova etapa. Mesmo sofrendo uma série derrota, tem o trunfo das bravas batalhas empreendidas contra a escalada ao longo de quase dois anos. Essa luta deve se aprofundar com um espírito de unidade em torno de bandeiras como a defesa da soberania nacional, da democracia e dos direitos do povo. A história tem demonstrando importantes vitórias, mais cedo ou mais tarde, dos que erguem estas bandeiras.
Uma primeira grande batalha contra o governo ilegítimo já está em curso. Nas eleições municipais é preciso conquistar vitórias para as forças democráticas e progressistas e reforçar posições com vistas a disputa de 2018, ocasião também propícia para derrotar o golpe.
Ao mesmo tempo, é imperioso que a resistência democrática levante bem alto a luta pela antecipação das eleições presidenciais através da convocação de um plebiscito. É uma demanda popular e o meio mais adequado para restaurar a democracia devolvendo ao povo a prerrogativa de indicar, para o país e para o mundo, os caminhos para superar a agenda antinacional, antipovo e antidemocrática que os golpistas querem impor ao país.
Pelo Brasil, fora Temer!
1 comentários:
Se o nosso povo fosse politizado, consultaria a história dos golpes e suas consequências à liberdade. Sempre fomos perdedores quando o "capital" programa o desmonte da democracia. O golpe precisava de povo e aí criaram a "catraca livre" para o povo pensar que não pagaria mais passagens e nem pedágio: uma boa! Só que o after day vem salgado. O golpe preparou através da midia o desmonte da economia: Não compre, não compre... Se não comprarmos, não podemos produzir e se não podemos produzir, haverá desemprego e com o desemprego, o caos social. Foi esse tom que deu sustentação para o golpe. Aguente as consequências!!!
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