Por Altamiro Borges
O cambaleante Aécio Neves sabe que goza da total complacência dos aparelhos de Estado – Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Supremo Tribunal Federal (STF), entre tantos outros – e da generosa blindagem da mídia tucana. Até hoje, ele nunca foi incomodado pelos falsos vestais da ética – apesar de já ter sido citado em várias "delações premiadas" da Lava-Jato e de outras operações que apuram desvios de recursos públicos. Há, porém, uma relação sinistra que deve causar overdose no chefão do PSDB. É a ligação carnal que sempre manteve com a empreiteira Andrade Gutierrez. Nesta semana, o ex-presidente da empreiteira confirmou novamente as milionárias doações que fez ao "tesoureiro informal" do senador Aécio Neves.
Segundo matéria publicada no Estadão nesta quinta-feira (13), o executivo Otávio Azevedo afirmou, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que repassou dinheiro ao grão-tucano por meio de Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da estatal Codemig e homem da mala preta de Aécio Neves. "O executivo depôs no dia 19 de setembro perante o ministro do TSE Herman Benjamin, relator do processo na Corte. Ao explicar sobre como eram feitas as doações eleitorais da empreiteira, Otávio também foi indagado sobre repasses a outros partidos e políticos. Ele admitiu que todas as doações eleitorais saíam do mesmo caixa da empresa e, em relação ao PSDB, disse que se encontrou com Oswaldo", relatam os jornalistas Mateus Coutinho e Júlia Afonso.
Oswaldo Borges já havia sido citado na delação premiada de Léo Pinheiro. O ex-executivo da OAS relatou que o aspone arrecadou propinas de 3% nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais. A grana teria irrigado a campanha presidencial de Aécio Neves. Diante da nova citação do seu nome, a sigla divulgou uma nota marota na semana passada. "Oswaldo Borges atuou na campanha eleitoral do PSDB em 2014 – ao lado de Sérgio Freitas e tendo sido o ex-ministro José Gregori coordenador –, apoiando o comitê financeiro... Não foi apontada qualquer irregularidade em todo o processo. Quanto ao posto de 'tesoureiro informal' ele simplesmente não existe já que todos os contatos foram formais".
A resposta, porém, não tapa a sujeira. Em maio passado, a própria Andrade Gutierrez, segunda maior empreiteira do país, divulgou nota com "um pedido de desculpa ao povo brasileiro", confessando que cometeu irregularidades em obras públicas. Ela reconheceu que repassou propina a diversos partidos e se comprometeu a pagar uma indenização de R$ 1 bilhão, conforme o acordo de leniência firmado na Operação Lava-Jato. Na ocasião, ela homologou as delações premiadas dos seus ex-executivos – entre elas, a que cita o cambaleante Aécio Neves. A mídia tucana, porém, só destacou as doações à campanha de Dilma, reforçando a cruzada pelo seu impeachment. A seletividade da denúncia gerou protestos do senador Lindbergh Farias: "Por que não questionaram as contribuições para os tucanos? A doação legal para o PT é fruto de propina e a do PSDB veio de uma sacristia?".
Agora, porém, o nome do cambaleante Aécio Neves vem à tona, o que pode lhe causar uma baita overdose.
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Leia também:
- Moro é o maior cabo eleitoral da direita
- Moro e Gilmar Mendes: eles podem tudo?
- Lava-Jato, classe média e Estado
- Temer tira a grande imprensa do vermelho
O cambaleante Aécio Neves sabe que goza da total complacência dos aparelhos de Estado – Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Supremo Tribunal Federal (STF), entre tantos outros – e da generosa blindagem da mídia tucana. Até hoje, ele nunca foi incomodado pelos falsos vestais da ética – apesar de já ter sido citado em várias "delações premiadas" da Lava-Jato e de outras operações que apuram desvios de recursos públicos. Há, porém, uma relação sinistra que deve causar overdose no chefão do PSDB. É a ligação carnal que sempre manteve com a empreiteira Andrade Gutierrez. Nesta semana, o ex-presidente da empreiteira confirmou novamente as milionárias doações que fez ao "tesoureiro informal" do senador Aécio Neves.
Segundo matéria publicada no Estadão nesta quinta-feira (13), o executivo Otávio Azevedo afirmou, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que repassou dinheiro ao grão-tucano por meio de Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da estatal Codemig e homem da mala preta de Aécio Neves. "O executivo depôs no dia 19 de setembro perante o ministro do TSE Herman Benjamin, relator do processo na Corte. Ao explicar sobre como eram feitas as doações eleitorais da empreiteira, Otávio também foi indagado sobre repasses a outros partidos e políticos. Ele admitiu que todas as doações eleitorais saíam do mesmo caixa da empresa e, em relação ao PSDB, disse que se encontrou com Oswaldo", relatam os jornalistas Mateus Coutinho e Júlia Afonso.
Oswaldo Borges já havia sido citado na delação premiada de Léo Pinheiro. O ex-executivo da OAS relatou que o aspone arrecadou propinas de 3% nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais. A grana teria irrigado a campanha presidencial de Aécio Neves. Diante da nova citação do seu nome, a sigla divulgou uma nota marota na semana passada. "Oswaldo Borges atuou na campanha eleitoral do PSDB em 2014 – ao lado de Sérgio Freitas e tendo sido o ex-ministro José Gregori coordenador –, apoiando o comitê financeiro... Não foi apontada qualquer irregularidade em todo o processo. Quanto ao posto de 'tesoureiro informal' ele simplesmente não existe já que todos os contatos foram formais".
A resposta, porém, não tapa a sujeira. Em maio passado, a própria Andrade Gutierrez, segunda maior empreiteira do país, divulgou nota com "um pedido de desculpa ao povo brasileiro", confessando que cometeu irregularidades em obras públicas. Ela reconheceu que repassou propina a diversos partidos e se comprometeu a pagar uma indenização de R$ 1 bilhão, conforme o acordo de leniência firmado na Operação Lava-Jato. Na ocasião, ela homologou as delações premiadas dos seus ex-executivos – entre elas, a que cita o cambaleante Aécio Neves. A mídia tucana, porém, só destacou as doações à campanha de Dilma, reforçando a cruzada pelo seu impeachment. A seletividade da denúncia gerou protestos do senador Lindbergh Farias: "Por que não questionaram as contribuições para os tucanos? A doação legal para o PT é fruto de propina e a do PSDB veio de uma sacristia?".
Agora, porém, o nome do cambaleante Aécio Neves vem à tona, o que pode lhe causar uma baita overdose.
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Para 2018 a mídia golpista terá que apostar em um candidato do PSDB. Uma provável eleição da esquerda seria um desastre para os golpistas. Vão apostar logicamente todas suas fichas no Alquimista. Aécio provocará uma intensa disputa interna no PSDB, que poderá causar maior desgaste á legendas. Acredito que haverão bicadas mortais no ninho tucano.
ResponderExcluirEssa perseguição seletiva está mais clara que nem luz do dia Quero saber, como cidadãos quando esta impunidade vai ser barrada. Neste governo golpista todos estão perdendo. Incrível, só a elite financeira e os corruptoseus. Até as forças armadas estão sendo colocada em segundo plano. Estão perdendo a posição estratégica e de segurança igual a primeiro mundo. Está sendo colocados como subalternos. Generais de segunda classe. Uma parte do judiciário se calam diante de tanta barbaridade. Só ficam denunciando. Até quando. Esperando mais arbitrariedades!!!!
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