Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:
‘PF se opõe a novas delações premiadas na Lava Jato’ é o título de uma matéria na Folha de hoje.
Dois dias depois das eleições, com o consórcio golpista ainda comemorando o sucesso da sua empreitada de destruição do PT, a Lava Jato, através da PF, anuncia que não quer novas delações.
É lógico que não quer, o serviço já foi entregue.
Para que mais delações, não é mesmo? Melhor deixá-las para uma data mais próxima às eleições de 2018…
As justificativas são risíveis.
Justamente dois dias após a eleição e após dois anos de uso intensivo das delações como método de investigação e de interferência na política nacional os integrantes da PF do Paraná concluem que ‘já foi recolhido material suficiente ao longo dos dois anos e sete meses em que a operação está em curso para que apurações próprias sobre o esquema de desvios na Petrobras sejam feitas, sem precisar de ajuda de delatores’.
Depois de nada menos que 66 acordos de delação premiada, ‘membros da PF destacam que a sensação de impunidade perante a sociedade irá aumentar caso mais colaborações sejam fechadas com a Justiça’.
Eles sabem que a narrativa de que a Lava Jato vai salvar o Brasil da corrupção (ou seja, do PT) já está consolidada em grande parte da população, e é isso o que lhes permite esse tipo de postura.
Segundo a matéria, Moro ‘compartilha da mesma preocupação’ e ‘vem sinalizando a investigadores da Lava Jato que nenhum preso será liberado automaticamente se sua delação for homologada’.
Agora vejam este outro trecho da reportagem:
Em conversas reservadas, pessoas ligadas a Odebrecht afirmam que a posição da PF contra delação premiada teria relação com algum movimento do governo Michel Temer, já que integrantes da cúpula do PMDB, incluindo o presidente, são mencionados no acordo com a empreiteira (que está em negociação). A PF, porém, nega qualquer diálogo ou influência do governo.
Se confirmadas as acusações teríamos um escândalo de proporções épicas.
Mas com certeza você não verá manchete em capa de jornal sobre o governo golpista tentando ‘obstruir a Justiça’.
A imprensa chapa branca vai se fingir de desentendida e ignorar esta gravíssima acusação, como acostumou-se a fazer quando escândalos envolvem seus aliados políticos.
O PT derreteu nas urnas muito por seus próprios erros, principalmente ao ser uma presa dócil para o massacre midiático-judicial que sofre há anos.
Mas é um absurdo termos o nosso processo eleitoral deturpado brutalmente pela atuação da mídia - que controla a comunicação do Brasil inconstitucionalmente - e de uma “Justiça” vergonhosamente partidária: na semana anterior às eleições, ocorreu mais uma saraivada de ataques do consórcio midiático-judicial ao PT, como acontece há no mínimo 10 anos.
Os limpos e probos PMDB e o PSDB controlam o Executivo e o Congresso.
O cartel midiático e a “Justiça” são da direita.
Tá tudo dominado.
Por enquanto, porque a direita no poder significa invariavelmente corte de direitos, salário mínimo baixo, desemprego alto e venda do patrimônio público. São pressupostos da ideologia econômica que eles defendem.
Cabe à esquerda, portanto, preparar-se para não cometer os mesmos erros do PT quando vencer o golpismo e retomar o poder, o que mais cedo ou mais tarde ocorrerá.
‘PF se opõe a novas delações premiadas na Lava Jato’ é o título de uma matéria na Folha de hoje.
Dois dias depois das eleições, com o consórcio golpista ainda comemorando o sucesso da sua empreitada de destruição do PT, a Lava Jato, através da PF, anuncia que não quer novas delações.
É lógico que não quer, o serviço já foi entregue.
Para que mais delações, não é mesmo? Melhor deixá-las para uma data mais próxima às eleições de 2018…
As justificativas são risíveis.
Justamente dois dias após a eleição e após dois anos de uso intensivo das delações como método de investigação e de interferência na política nacional os integrantes da PF do Paraná concluem que ‘já foi recolhido material suficiente ao longo dos dois anos e sete meses em que a operação está em curso para que apurações próprias sobre o esquema de desvios na Petrobras sejam feitas, sem precisar de ajuda de delatores’.
Depois de nada menos que 66 acordos de delação premiada, ‘membros da PF destacam que a sensação de impunidade perante a sociedade irá aumentar caso mais colaborações sejam fechadas com a Justiça’.
Eles sabem que a narrativa de que a Lava Jato vai salvar o Brasil da corrupção (ou seja, do PT) já está consolidada em grande parte da população, e é isso o que lhes permite esse tipo de postura.
Segundo a matéria, Moro ‘compartilha da mesma preocupação’ e ‘vem sinalizando a investigadores da Lava Jato que nenhum preso será liberado automaticamente se sua delação for homologada’.
Agora vejam este outro trecho da reportagem:
Em conversas reservadas, pessoas ligadas a Odebrecht afirmam que a posição da PF contra delação premiada teria relação com algum movimento do governo Michel Temer, já que integrantes da cúpula do PMDB, incluindo o presidente, são mencionados no acordo com a empreiteira (que está em negociação). A PF, porém, nega qualquer diálogo ou influência do governo.
Se confirmadas as acusações teríamos um escândalo de proporções épicas.
Mas com certeza você não verá manchete em capa de jornal sobre o governo golpista tentando ‘obstruir a Justiça’.
A imprensa chapa branca vai se fingir de desentendida e ignorar esta gravíssima acusação, como acostumou-se a fazer quando escândalos envolvem seus aliados políticos.
O PT derreteu nas urnas muito por seus próprios erros, principalmente ao ser uma presa dócil para o massacre midiático-judicial que sofre há anos.
Mas é um absurdo termos o nosso processo eleitoral deturpado brutalmente pela atuação da mídia - que controla a comunicação do Brasil inconstitucionalmente - e de uma “Justiça” vergonhosamente partidária: na semana anterior às eleições, ocorreu mais uma saraivada de ataques do consórcio midiático-judicial ao PT, como acontece há no mínimo 10 anos.
Os limpos e probos PMDB e o PSDB controlam o Executivo e o Congresso.
O cartel midiático e a “Justiça” são da direita.
Tá tudo dominado.
Por enquanto, porque a direita no poder significa invariavelmente corte de direitos, salário mínimo baixo, desemprego alto e venda do patrimônio público. São pressupostos da ideologia econômica que eles defendem.
Cabe à esquerda, portanto, preparar-se para não cometer os mesmos erros do PT quando vencer o golpismo e retomar o poder, o que mais cedo ou mais tarde ocorrerá.
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