Por Altamiro Borges
De entusiasta da “massa cheirosa” tucana, a jornalista Eliane Cantanhêde se converteu em uma defensora do covil golpista de Michel Temer. De militante oposicionista, que espalhava pessimismo durante os governos Lula e Dilma, ela virou uma otimista inveterada com a chegada do usurpador ao poder. Mas, pelo jeito, nem ela está botando muita fé no sucesso do governo ilegítimo. Nos últimos dias, a colunista das famiglias Marinho (Globo) e Mesquita (Estadão) – que no passado prestou serviços à famiglia Frias (Folha) – lamentou os obstáculos diante do Judas Michel Temer. Mesmo assim, ela não desiste: “É torcer ou torcer para seu governo dar certo”, escreveu nesta terça-feira (22).
No artigo publicado no Estadão, a jornalista reconhece que o cenário – político e econômico – está complicado: “O que é pior para o governo Michel Temer, a crise Geddel Vieira Lima ou a revisão do PIB para baixo em 2016 e 2017? A resposta é difícil, porque são duas más notícias importantes e com efeito direto sobre o humor da população. Temer, lembre-se, não é exatamente um campeão de popularidade”. Eliane Cantanhêde ainda lembra outros dois entraves pela frente: o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a temida delação premiada da Odebrecht. Ambos os perigos “já rondam o Planalto, tirando o sono de muita gente”.
Diferentemente de outras épocas, a vestal da ética até pega leve com o lobista baiano. Diz apenas que “não dá para brincar com suspeitas de tráfico de influência, até porque Geddel Vieira não é um ministro qualquer. Foi um dos líderes do impeachment de Dilma e é do núcleo duro do governo. Convenhamos, não é trivial que o secretário de Governo seja acusado por outro ministro de fazer pressão a favor de um empreendimento imobiliário no seu Estado, a Bahia, e no qual ele tem interesse direto. Para piorar, Geddel é tido e havido como amigão das empreiteiras e como padrinho do diretor do Iphan estadual, que liberou o gabarito do prédio em área histórica de Salvador”.
Para ela, porém, o maior problema não se encontra no terreno da ética, mas sim na frustração com o agravamento da recessão econômica. “Se a sociedade talvez nem saiba quem é esse tal de Geddel, sente na renda e nos empregos o tamanho da crise e precisa desesperadamente que o Brasil volte a crescer. Aliás, tanto quanto os empresários do ‘Conselhão’ no governo Temer, que querem sinais mais vigorosos de recuperação econômica. Enquanto isso, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Fábio Kanczuk, anunciou que a previsão do PIB de 2017 recuou de 1,6% para 1% e admitiu: ‘A confiança está voltando, mas esse retorno ficou um pouco menor do que o previsto’”.
Ou seja: o cenário é desolador para o covil golpista. Eliane Cantanhêde pode, inclusive, voltar às origens da “massa cheirosa” do PSDB para descartar o “vice decorativo” do PMDB que traiu Dilma Rousseff e tomou de assalto o Palácio do Planalto. No momento, porém, ela ainda mantém a fé no covil golpista. “Não dá para patinar, tem de correr. Temer tem tido boa taxa de sucesso nas votações no Congresso, mas já perdeu ministros amigões, como Romero Jucá e Henrique Alves, e não tem tido tanto sucesso assim em confirmar que, com ele, tudo seria diferente na economia. Seu grande trunfo até aqui é a sensação de que não há alternativa. É torcer ou torcer para seu governo dar certo. Mas Temer não pode esticar muito essa corda”.
De entusiasta da “massa cheirosa” tucana, a jornalista Eliane Cantanhêde se converteu em uma defensora do covil golpista de Michel Temer. De militante oposicionista, que espalhava pessimismo durante os governos Lula e Dilma, ela virou uma otimista inveterada com a chegada do usurpador ao poder. Mas, pelo jeito, nem ela está botando muita fé no sucesso do governo ilegítimo. Nos últimos dias, a colunista das famiglias Marinho (Globo) e Mesquita (Estadão) – que no passado prestou serviços à famiglia Frias (Folha) – lamentou os obstáculos diante do Judas Michel Temer. Mesmo assim, ela não desiste: “É torcer ou torcer para seu governo dar certo”, escreveu nesta terça-feira (22).
No artigo publicado no Estadão, a jornalista reconhece que o cenário – político e econômico – está complicado: “O que é pior para o governo Michel Temer, a crise Geddel Vieira Lima ou a revisão do PIB para baixo em 2016 e 2017? A resposta é difícil, porque são duas más notícias importantes e com efeito direto sobre o humor da população. Temer, lembre-se, não é exatamente um campeão de popularidade”. Eliane Cantanhêde ainda lembra outros dois entraves pela frente: o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a temida delação premiada da Odebrecht. Ambos os perigos “já rondam o Planalto, tirando o sono de muita gente”.
Diferentemente de outras épocas, a vestal da ética até pega leve com o lobista baiano. Diz apenas que “não dá para brincar com suspeitas de tráfico de influência, até porque Geddel Vieira não é um ministro qualquer. Foi um dos líderes do impeachment de Dilma e é do núcleo duro do governo. Convenhamos, não é trivial que o secretário de Governo seja acusado por outro ministro de fazer pressão a favor de um empreendimento imobiliário no seu Estado, a Bahia, e no qual ele tem interesse direto. Para piorar, Geddel é tido e havido como amigão das empreiteiras e como padrinho do diretor do Iphan estadual, que liberou o gabarito do prédio em área histórica de Salvador”.
Para ela, porém, o maior problema não se encontra no terreno da ética, mas sim na frustração com o agravamento da recessão econômica. “Se a sociedade talvez nem saiba quem é esse tal de Geddel, sente na renda e nos empregos o tamanho da crise e precisa desesperadamente que o Brasil volte a crescer. Aliás, tanto quanto os empresários do ‘Conselhão’ no governo Temer, que querem sinais mais vigorosos de recuperação econômica. Enquanto isso, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Fábio Kanczuk, anunciou que a previsão do PIB de 2017 recuou de 1,6% para 1% e admitiu: ‘A confiança está voltando, mas esse retorno ficou um pouco menor do que o previsto’”.
Ou seja: o cenário é desolador para o covil golpista. Eliane Cantanhêde pode, inclusive, voltar às origens da “massa cheirosa” do PSDB para descartar o “vice decorativo” do PMDB que traiu Dilma Rousseff e tomou de assalto o Palácio do Planalto. No momento, porém, ela ainda mantém a fé no covil golpista. “Não dá para patinar, tem de correr. Temer tem tido boa taxa de sucesso nas votações no Congresso, mas já perdeu ministros amigões, como Romero Jucá e Henrique Alves, e não tem tido tanto sucesso assim em confirmar que, com ele, tudo seria diferente na economia. Seu grande trunfo até aqui é a sensação de que não há alternativa. É torcer ou torcer para seu governo dar certo. Mas Temer não pode esticar muito essa corda”.
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