Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
É deprimente que o Brasil esteja vivendo uma escalada de violência política.
Deprimente, mas facilmente explicável.
Hoje, sem motivos, uma tropa de choque avançou sobre milhares de manifestantes que se reuniram em frente ao Congresso, contra a PEC, ex-241 e agora 55, que a máquina mortífera do Governo irá aprovar, esta sem as dificuldades que se enfrentou no caso de anistia ao Caixa 2.
Natural que suas excelências achem esta importante e desprezível o quanto se vai investir em Saúde e Educação, em Assistência e Previdência Social.
Na confusão que se seguiu ao raid do choque, estabeleceu-se a confusão e tem sempre um grupo de imbecis para, na confusão, partir para depredação que só serve à propaganda da direita.
Vivemos um processo – tristemente iniciado em 2013, em que manifestações que sempre foram pacíficas quando lideradas por partidos, sindicatos e associações, passaram a deixar que grupelhos participassem de atos agressivos, iniciando um processo que começou com black bloc e terminou com coxinhas – de desorganização social e política.
O que aconteceu em Brasília vai se espalhar pelos Estados, como já acontece no Rio de Janeiro e ameaça ocorrer em Porto Alegre, porque não apenas estão quebrados pela queda das receitas como, com a corda no pescoço, vão ter de replicar a dose para cavalo do remédio adotado por Temer.
Quando a economia e as políticas sociais não “bombam”, num país carente como o nosso, o Governo joga bomba.
Porque o regime de exclusão, no Brasil, tornou-se insustentável numa sociedade de massas – desorganizadas, mas massas – senão pela força.
E pela ditadura, da qual, infelizmente, cada vez estamos mais perto.
PS. Temer, essa voz das ruas – diferente das que você ouve pela mídia – vira um rugido, viu?
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