quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Contra o autoritarismo, "Calar Jamais"!


Do site do FNDC:

A líder estudantil Carina Vitral, presidenta da UNE; o ator Caio Martinez Pacheco, da companhia Trupe Olho da Rua; o jornalista Caio Santos, do coletivo Jornalistas Livres; e o líder do MST João Pedro Stédile são os personagens do segundo vídeo da campanha Calar Jamais!. Lançada esta semana, a produção reforça as denúncias de repressão à liberdade de expressão cada vez mais corriqueiras no país. O elenco simboliza a coletividade formada por estudantes, artistas, trabalhadores e movimentos sociais brasileiros, duramente reprimidos pela polícia e até pelo Exército por denunciar e resistir ao golpe parlamentar que depôs a presidenta Dilma Rousseff e à retirada de direitos promovida pelo governo Temer.

As tentativas de calar as denúncias do golpe e a insatisfação da população com medidas que retiram direitos básicos como saúde e educação se dão de modo articulado entre governo e empresas de mídia. “Os governos têm sido extremamente intolerantes com a dissidência nas ruas. As cenas de violência às quais assistimos nos últimos meses mostram que estamos caminhando cada vez mais para um regime de exceção. A repressão aos estudantes e trabalhadores nos protestos que marcaram a votação dos dois turnos da PEC 55 foi estarrecedora. De um lado, a PM tenta coibir as manifestações de forma violenta. De outro, a imprensa faz uma cobertura distorcida e sensacionalista dos protestos, muitas vezes calando na porrada quem ousa denunciar o sucateamento do Estado promovida nas várias esferas do Estado. Precisamos resistir e denunciar, esse é o objetivo da campanha Calar Jamais!”, explica Renata Mielli, coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Mídia.

A campanha é fruto de parceria com diversas organizações da sociedade civil e consiste numa plataforma digital hospedada dentro do site da campanha Para Expressar a liberdade. Por meio da página, qualquer brasileiro pode registrar sua denúncia, inclusive optando por permanecer anônimo. O FNDC não dispõe de estrutura para acompanhar os casos individualmente e prestar assistência jurídica às vítimas de violações, mas encaminhará as denúncias confirmadas para todas as autoridades competentes, dentro e fora do Brasil, além de dar ampla divulgação aos casos.

Visite o site: www.paraexpressaraliberdade.org.br/calar-jamais

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