Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Isso corrói ainda mais a paciência da população, que está com o pavio curto para esse tipo de coisa.
Mas enquanto ele for útil para os setores políticos e os patos amarelos que o ajudaram a chegar lá, continuará lá.
Enquanto isso, vai rolar vistas grossas. E apoios envergonhados. E muito sinal da cruz.
Temer está a um passo de aprovar em definitivo a mudança constitucional que limita o crescimento de investimentos públicos ao reajuste da inflação pelos próximos 20 anos. Ou seja, crescimento zero, o que vai impactar áreas como saúde e educação.
Tenta aprovar uma reforma da Previdência que aumentará a idade mínima de aposentadoria para 65 anos – em um país em que cortadores de cana, pedreiros, produtores de carvão, começam a trabalhar cedo e, muitas vezes, nem chegam a essa idade.
E uma reforma trabalhista que. entre outras coisas, vai liberar a terceirização para todas as atividades de uma empresa, possibilitando a transformação de trabalhadores em microempresas dando adeus a uma série de direitos.
O dilema é que, se ele conseguir fazer tudo isso muito rápido, perde a utilidade.
E se ele demorar muito, perde a utilidade.
Ou seja, deve entregar o serviço no tempo certo. Afinal, acaba de matricular o filho numa escola de Brasília.
O que não se sabe é se as instituições brasileiras aguentam o impacto de manter o seu grupo no poder.
Para muita gente que acha que vai lucrar com o Brasil que emergirá desse processo, pouco importa.
Mas a impressão é que, independentemente do que aconteça, estamos armando uma bomba-relógio.
Que não explodirá em manifestações de pobres e esfarrapados, como temem os demófobos. Somos muito ''cordiais''.
Mas jogar com a credibilidade de instituições públicas, que já estão esgarçadas pelo processo de impeachment, tem implicações que ninguém pode prever.
Ao final, os que acharam que levariam o poder podem ficar de mãos abanando.
E o Inominável, na forma de um salvador da pátria ultraconservador, travestido da ética que ele não tem, pode levar 2018.
Para desespero de muita gente.
Michel Temer tem um dilema para resolver.
Seu grupo político no Executivo e sua base de sustentação no Legislativo são uma dor de cabeça sem tamanho. Ou, como diria minha falecida avó, bichados.
Envolvido em denúncias de corrupção que já conhecemos e em outras que nem imaginamos ainda.
De repente, quando menos se espera, uma surpresa diferente. Teve até pressão para liberar apê de luxo em Salvador.
Seu grupo político no Executivo e sua base de sustentação no Legislativo são uma dor de cabeça sem tamanho. Ou, como diria minha falecida avó, bichados.
Envolvido em denúncias de corrupção que já conhecemos e em outras que nem imaginamos ainda.
De repente, quando menos se espera, uma surpresa diferente. Teve até pressão para liberar apê de luxo em Salvador.
Isso corrói ainda mais a paciência da população, que está com o pavio curto para esse tipo de coisa.
Mas enquanto ele for útil para os setores políticos e os patos amarelos que o ajudaram a chegar lá, continuará lá.
Enquanto isso, vai rolar vistas grossas. E apoios envergonhados. E muito sinal da cruz.
Temer está a um passo de aprovar em definitivo a mudança constitucional que limita o crescimento de investimentos públicos ao reajuste da inflação pelos próximos 20 anos. Ou seja, crescimento zero, o que vai impactar áreas como saúde e educação.
Tenta aprovar uma reforma da Previdência que aumentará a idade mínima de aposentadoria para 65 anos – em um país em que cortadores de cana, pedreiros, produtores de carvão, começam a trabalhar cedo e, muitas vezes, nem chegam a essa idade.
E uma reforma trabalhista que. entre outras coisas, vai liberar a terceirização para todas as atividades de uma empresa, possibilitando a transformação de trabalhadores em microempresas dando adeus a uma série de direitos.
O dilema é que, se ele conseguir fazer tudo isso muito rápido, perde a utilidade.
E se ele demorar muito, perde a utilidade.
Ou seja, deve entregar o serviço no tempo certo. Afinal, acaba de matricular o filho numa escola de Brasília.
O que não se sabe é se as instituições brasileiras aguentam o impacto de manter o seu grupo no poder.
Para muita gente que acha que vai lucrar com o Brasil que emergirá desse processo, pouco importa.
Mas a impressão é que, independentemente do que aconteça, estamos armando uma bomba-relógio.
Que não explodirá em manifestações de pobres e esfarrapados, como temem os demófobos. Somos muito ''cordiais''.
Mas jogar com a credibilidade de instituições públicas, que já estão esgarçadas pelo processo de impeachment, tem implicações que ninguém pode prever.
Ao final, os que acharam que levariam o poder podem ficar de mãos abanando.
E o Inominável, na forma de um salvador da pátria ultraconservador, travestido da ética que ele não tem, pode levar 2018.
Para desespero de muita gente.
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