segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Temer é falso (65%) e defende os ricos (75%)

Por Altamiro Borges

A pesquisa Datafolha deste domingo (11) trouxe vários números impressionantes. Apesar da forte blindagem da mídia mercenária, que apoiou o “golpe dos corruptos” para depois garfar muita grana em publicidade da gangue que assaltou o poder, a sociedade está atenta diante da postura nefasta do Judas Michel Temer. O levantamento aponta que a população considera o “presidente” falso (65%), desonesto (58%) e defensor dos mais ricos (75%). Não há manipulação que seduza tantos “midiotas” por muito tempo. Isto talvez explique porque setores da imprensa, temendo a queda da sua precária credibilidade, já ensaiem abandonar o usurpador, “o breve”, para apostar em outras saídas golpistas.


Vale lembrar que a pesquisa foi realizada antes das primeiras delações dos executivos da Odebrecht. Somente no depoimento de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de relações institucionais da empreiteira, o nome do usurpador Michel Temer é citado 43 vezes – 43 vezes! Outros integrantes da quadrilha golpista também são mencionados várias vezes. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, é citado em 45 ocasiões; Moreira Franco aparece 34 vezes; e o ex-ministro Geddel Vieira, já defecado do covil, surge em 67 trechos da bombástica delação ao Ministério Público Federal.

Segundo o delator, o Judas Michel Temer atuava de forma “indireta” na arrecadação financeira do PMDB, mas teve um papel “relevante” em 2014. O falso moralista pediu R$ 10 milhões a Marcelo Odebrecht, presidente da empresa, para a campanha eleitoral durante um jantar no Palácio do Jaburu. O peemedebista incumbiu Eliseu Padilha de operacionalizar os pagamentos. “Foi ele o representante escolhido por Temer – fato que demonstrava a confiança entre os dois –, que recebeu e endereçou os pagamentos realizados a pretexto de campanha solicitadas por Michel Temer", descreve a Folha em reportagem deste sábado (10).

De acordo com a delação vazada de Cláudio Melo Filho, "chegamos no Palácio do Jaburu e fomos recebidos por Eliseu Padilha. Como Michel Temer ainda não tinha chegado, ficamos conversando amenidades em uma sala à direita de quem entra na residência pela entrada principal. Acredito que esta sala é uma biblioteca... Após a chegada de Michel Temer, sentamos na varanda em cadeiras de couro preto, com estrutura de alumínio. No jantar, acredito que considerando a importância do PMDB e a condição de possuir o Vice-Presidente da República como presidente do referido partido político, Marcelo Odebrecht definiu que seria feito pagamento no valor de R$ 10 milhões".

O delator ainda acrescenta: "Claramente, o local escolhido para a reunião foi uma opção simbólica voltada a dar mais peso ao pedido de repasse financeiro que foi feito naquela ocasião. Inclusive, houve troca de e-mails nos quais Marcelo se referiu à ajuda definida no jantar, fazendo referência a Temer como 'MT'". Cláudio Melo Filho dá inclusive um dos endereços para a entrega do dinheiro: o do escritório de advocacia de José Yunes, atual assessor especial do presidente golpista. Ele também dá o nome de vários "prepostos" utilizados por Michel Temer "para atingir interesses pessoais". Entre eles, Eliseu Padilha, Geddel Vieira e Moreira Franco – o trio de confiança do usurpador.

Estas e outras revelações – feitas após a pesquisa Datafolha – devem reforçar ainda mais a percepção na sociedade de que o Judas Michel Temer é, de fato, "desonesto, falso e defensor dos ricos". Elas servirão para impulsionar outra conclusão do levantamento: a de que 63% dos entrevistados querem a renúncia imediata do usurpador e convocação de eleições diretas para presidente da República.

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