quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Péssimas notícias para a mídia golpista

Por Altamiro Borges

Duas notinhas publicadas na Folha talvez ajudem a explicar o desespero dos barões da mídia, que nos últimos tempos radicalizaram ainda mais as suas posições políticas e escancararam o seu golpismo. A primeira revela a força da internet, que ameaça o modelo de negócios da imprensa tradicional. Segundo a coluna Painel desta segunda-feira (22), “a internet deve passar a receber mais publicidade federal. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência elabora para este ano uma nova norma para atualizar a fatia da internet na partilha da comunicação social do país – em 2015, os investimentos federais na internet foram de 12,4%, marca que o Executivo considera insatisfatória”.

Lava-Jato tem calendário eleitoral

Por Geraldo Galindo

No dia 17 de janeiro, alguns sites e jornais publicaram uma matéria que seria uma espécie de balanço da Operação Lava Jato e suas perspectivas futuras, feita por promotores do Ministério Público, que se reuniram em Brasília no dia 14 do mesmo mês. Um dado importante que chamou a atenção e com pouca repercussão foi o prazo estabelecido para o encerramento da força-tarefa: mais três anos, terminaria em janeiro de 2019, segundo os procuradores.

A transparência da mídia brasileira

Por João Feres Júnior, no site Carta Maior:

Escrever sobre a mídia brasileira é uma atividade que exige do redator com algum senso crítico uma resiliência inumana, pelo menos um estômago reptiliano, para suportar a total falta de escrúpulos e falta de profissionalismo jornalístico que impera nas redações dos grandes veículos noticiosos de nosso país. O caso que quero tratar aqui é o da recente onda de publicações acerca da ONG internacional Transparency Internacional e o “escândalo da Petrobrás”. O Estadão dessa vez foi mais longe que a concorrência. Um editorial do dia 12 de fevereiro abre com o seguinte período: “Entre muitas outras proezas fantásticas, todas elas carregadas nas tintas da mistificação e do ilusionismo, o lulopetismo gaba-se de ter logrado projetar o Brasil no cenário internacional”.

O governo escolheu ser um molambo?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O resumo da ópera do acordo – o nome correto é capitulação – entre Dilma Rousseff , a oposição e o chantagista Renan Calheiros, que é quem detém o poder de brecar o impeachment empurrado por Eduardo Cunha: no meu governo, o pré-sal não será entregue; depois, seja o que Deus quiser.

Não se pode deixar de considerar que, se estivesse havendo um combate, poderia ser explicado que estamos dando um passo atrás para dar outros à frente.

CNMP confirma que Lula é perseguido

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao autorizar a permanência do procurador Cassio Conserino à frente das investigações sobre o triplex do Guarujá, o Conselho Nacional do Ministério Público assumiu uma decisão que é uma contradição absoluta, com termos que não dialogam entre si e formam um conjunto incoerente e injusto. Para resumir a opera: o CNMP reconheceu que se cometeu um erro no processo que manteve o procurador na direção da investigação contra Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, Marisa, mas concluiu que não era necessário fazer uma correção, preferindo manter tudo como está.

O Brasil e a era dos narcisos

Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Vivemos tempos de intolerância em alta, egos em estado de exaltação e simultânea exaustão, consumismo desenfreado de auto-imagens nas redes virtuais, que muitas vezes nada têm de sociais. Antigamente havia a máxima “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”. Hoje, a equação mudou de rumo: vale o “digo-te o que consumo e vais saber quem eu sou”. E na sociedade brasileira isso se multiplicou nos espaços de uma classe burguesa em que muitos gostam de se pensar como vivendo dentro de um supermercado de luxo na Europa ou em Miami, Nova Iork, tanto faz. Também se multiplicou nos espaços de uma classe média onde muitos gostam de se ver como desfrutando de privilégios semelhantes aos dos mais ricos.

A mídia e os vendedores de fumaça

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Um conto de Hans Christian Andersen, entre muitos outros, encantou a minha infância, A Roupa Nova do Imperador. Mas tem condições de encantar também a idade adulta. É a história dos vendedores de fumaça que com ela vestem o soberano, parvo e miseravelmente enganado, pronto a desfilar diante dos súditos aglomerados na praça certo de envergar roupas de seda e veludo. Até que um menino perdido no meio da multidão, voz da inocência, grita: “Ele está nu”. O enredo tornou-se lugar-comum para denunciar quem não consegue se esconder atrás de falácias.

Há vida, enfim, no futebol brasileiro

Por Irlan Simões, no site Outras Palavras:


Os recentes protestos da Gaviões da Fiel foram fundamentais para retomar um debate necessário para o futebol brasileiro: a participação política dos torcedores dentro e fora dos estádios e dos clubes. A partir de pautas diversas, a principal torcida organizada do Corinthians, uma das maiores e mais antigas do Brasil, possibilitou novamente vislumbrar e entender o potencial de mobilização e contestação dessas agremiações.

Mirian reafirma que FHC usou a Brasif

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Na segunda-feira, 22 de fevereiro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou que tivesse utilizado a Brasif S. A. Exportação e Importação para enviar dinheiro à ex-namorada Mirian Dutra, que mora no exterior com o filho desde que ele se candidatou a presidente da República, em 1994.

Na entrevista que me concedeu sexta-feira da semana passada, Mirian disse que o dinheiro era dele, sim. “Ele transferiu 100 mil dólares para o Jonas (dono da Brasif) ir me repassando aos poucos”, afirmou.

Atos contra Dilma: o que esperar das ruas?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Na mesma terça-feira da prisão do marqueteiro petista João Santana pela Operação Lava Jato, como se só estivessem esperando uma ordem de comando para ir ao ataque, as oposições voltaram com a corda toda, em mais uma tentativa de provocar o impeachment ou a cassação da presidente Dilma Rousseff.

A ofensiva simultânea no Judiciário, no Congresso e nas ruas, liderada pelo PSDB, com a participação de DEM, PV, PPS, Solidariedade e PP, além de dissidentes do PMDB, foi desencadeada para promover as manifestações de protesto do dia 13 de março, com o mote "Ou você vai, ou ela fica". Lideranças destes partidos formaram no Congresso o Comitê Pró-Impeachment.