sexta-feira, 11 de março de 2016

Promotores podem levar país a uma guerra

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O pedido de prisão de Lula, feito por três promotores de primeira instância em São Paulo, parece ter sido escrito por Rodrigo Constantino, o filósofo da Flórida, ou talvez por Groucho Marx.

No fim da ditadura, Ulysses Guimarães chamava a Constituição escrita pelos militares de “A Carta dos 3 patetas”. Essa petição contra Lula é a petição dos três patetas.

O problema é que há gente na rua disposta a se matar por conta dessa irresponsabilidade jurídica. Daqui a muitos anos, isso será lido nas faculdades de direito como um exemplo de desmoralização das funções públicas de um promotor. Mas, nesse momento, a peça jurídica é um fósforo aceso num paiol de pólvora. E talvez a intenção seja essa mesmo: levar os petistas para rua, provocar o caos. E inflar a marcha do dia 13 da extrema-direita. Da mesma forma que Moro em Curitiba, o promotor Conserino gosta de camisas pretas. na Itália, eram o uniforme dos fascistas de Mussolini

O golpismo apodreceu as instituições

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                          
Estão postos sobre a mesa vários elementos que indicam que o Estado democrático de direito brasileiro definha a olhos vistos. A depender dos vínculos político-partidários do cidadão, ele pode ou não desfrutar do sistema de garantias individuais, pilar básico dos regimes democráticos.

Sob esse ponto de vista, vivemos hoje no Brasil uma ditadura. Exagero? Então anote: é ou não é marca registrada de qualquer regime ditatorial perseguir adversários políticos e proteger aliados? Também remover mandatários eleitos pela voto e legitimados pela soberania popular jamais causou quaisquer constrangimentos a ditadores de todos os matizes ao longo da história de tantos países.

Crise politica: É agora ou nunca

Por Roberto Amaral, em seu blog:

“A garantia de que não somos derrotados está em nossas próprias mãos, porém a oportunidade de derrotar o inimigo é fornecido pelo próprio inimigo” - Sun Tzu (A arte da guerra)

Não era previsível a brutalidade humana e política do espetáculo, mas a ninguém de juízo pode haver surpreendido a coação – sequestro é a definição preferida – e a ilegalidade ostensiva de que foi vítima o ex-presidente Lula no último dia 4.

De há muito ele sabia, e a militância pressentia, que era a bola da vez, a pedra incômoda no meio do caminho, posto que pouco renderia à direita a deposição pura e simples da presidente Dilma Rousseff se permanecesse de pé (como de pé permanece) a possibilidade – ameaça para ela, direita – de o governo ser recuperado pelas forças progressistas mediante eventual eleição de Lula em 2018.

'Estadão" ordenou a prisão de Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não há muito mais o que dizer. Na prática, completou-se em 10 de março de 2016 a instalação de mais uma ditadura no Brasil, a menos que o promotor midiático Cássio Conserino e aqueles outros dois (há tantos outros) seja severamente punido.

Os promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo afirmam que a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “imprescindível” porque ele movimentaria “toda a sua rede violenta de apoio para evitar que o processo crime que se inicia com a presente denúncia não tenha seu curso natural, com probabilidade evidente de ameaças a vitimas e testemunhas e prejuízo na produção das demais provas do caso, impedindo mesmo o acesso no ambiente forense, intimidando-as a tanto“.

O mico internacional dos promotores de SP


Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Foi uma noite de deboche, especialmente no twitter, depois que os promotores Fernando Henrique Moraes de Araújo, Cássio Conserino e José Carlos Blat pediram a prisão preventiva do ex-presidente Lula com uma bizarra argumentação.

É possível resumir com os memes que reproduzimos acima.

Prisão de Lula é uma declaração de guerra

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, pediu a prisão preventiva de Lula entre outras pessoas. É o paroxismo da provocação. É uma completa excrescência jurídica. Não se sustenta em nenhuma prova comprobatória. Em verdade, se trata de uma ostensiva ação política de combate a Lula, à esquerda e ao pensamento democrático do país.