segunda-feira, 11 de julho de 2016

Como garantir os direitos humanos na internet

Por Manuela D'Avila e Fabricio Solagna, no site Vermelho:

Nesta segunda-feira (11) começa o Fórum da Internet no Brasil em Porto Alegre, evento que reúne pessoas do país inteiro para discutir os desafios técnicos e políticos da rede. Em meio a tantos episódios de ódio e preconceito disseminados nas redes sociais, a garantia de um ambiente de respeito aos direitos humanos e a diversidade é um tema urgente a ser tratado.

A rede possibilita ferramentas inovadoras para o engajamento sobre direitos civis, mas infelizmente também tem o mesmo poder para disseminar mensagens ofensivas, discriminatórias e que incitam a intolerância.

As multinacionais contra Dilma


Por Darío Pignotti, no site Carta Maior:

Nacionalista, amigo de Chávez e Dilma, o senador Roberto Requião analisa o golpe institucional através da perspectiva das relações de poder internacionais nas que Brasil é um ator relevante, especialmente por sua importância no cenário latino-americano e sua parceria com o grupo de potências emergentes reunidas nos BRICS – sem contar suas reservas petroleiras.

“Com a chegada de Michel Temer ao governo, se iniciou uma tentativa de impor um projeto orquestrado pelos grandes meios de comunicação, com fundamental apoio estrangeiro, que protege os interesses das empresas que há anos pretendem colocar as mãos nas reservas da área do Pré-Sal. Claro que o projeto vai mais além e abre caminho também para uma possível futura entrega das riquezas da Amazônia. Os fatores geopolíticos atuam como um Deus ex-machina, influenciando, conspirando, entregando informações. Eles tem um aliado poderoso, o chanceler José Serra, um entreguista que se opõe aos BRICS”.

A ponte do Temer e o futuro do seu almoço

Por Thiago Gurjão Alves Ribeiro, no blog RS-Urgente:

O vice-presidente Michel Temer, que, como se sabe, se encontra no exercício da Presidência por 180 dias, apresentou em novembro de 2015 o documento “Uma Ponte para o Futuro”, produzido pela Fundação Ulysses Guimarães e pelo PMDB. Além de sua existência ser por si só inusitada – já que soava como um programa de governo, lançado por um vice-presidente que ainda manifestava oficialmente apoio ao governo e declarara meses antes que o impeachment seria “impensável” e “não tem base jurídica nem política” – havia nele algo em especial que chama a atenção dos que atuam em questões afetas ao mundo do trabalho.

Sobre Temer e "o céu de mentira"

Por Laura Carvalho, no site Outras Palavras:

A aparente solidez do bloco social e político que afastou Dilma Rousseff do exercício da Presidência desfez-se em menos de 90 dias. Somado ao constrangimento das revelações diárias do envolvimento das principais lideranças políticas do governo interino com esquemas vultosos de corrupção, o anúncio de deficit públicos recordes para 2017, e quiçá 2018, apressou o desembarque de alguns analistas econômicos.

O poder das dinastias no Brasil

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

É economicismo o uso de variáveis como faixas de renda e riqueza como determinantes diretos do posicionamento político. Se isso fosse verdade, automaticamente, lendo a tabela abaixo, encontraríamos a causa do antipetismo por parte da elite econômica paulistana.

Cada membro dela possui em média cerca de R$ 8 milhões em riqueza financeira, segundo dados do Relatório de Private Banking de março de 2016, publicado pela ANBIMA. Mesmo assim, ricos não apreciam pagar impostos para gastos sociais…




"O fascismo perdeu a vergonha na cara"

Por Gil Brito, na revista Caros Amigos:

“Boooora bando de desgraca.
Quero ver se segunda ninguém vai oprimir esse filho da puta”.
“A gente tira uma foto com ele e na hora fala Bolsonaro presidente.
Alguém filma a gente na hora”.


O diálogo acima foi travado nas redes sociais em meados de junho, entre usuários de um grupo do aplicativo WhatsApp. O “filho da puta” a ser “oprimido” era o deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), convidado pelo curso de cinema da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) para dar uma conferência sobre audiovisual, política e diversidade no campus da instituição em Vitória da Conquista (BA), a pouco mais de 500 quilômetros de Salvador – quase a mesma distância até Alagoinhas, cidade natal do deputado.

Temer quer matar os sites progressistas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que realmente incomoda na decisão de Temer de vetar publicidade federal nos sites independentes como o DCM é o grau de hipocrisia e descaro de seus argumentos.

Dizer que estes sites, classificados como “políticos”, não têm “interesse público” é tratar a sociedade como um amontoado de imbecis.

Se Temer ousou até romper unilateralmente contratos publicitários com tais sites, uma coisa horrível que a direita vivia dizendo que Lula faria assim que eleito, devia ao menos ter a coragem, a hombridade, a decência de dizer as razões reais.

Dilma e a Comissão da Mentira

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Destaco dois trechos da carta dirigida à Comissão Especial de Impeachment pela presidenta afastada Dilma Rousseff, lida na sessão de 6 de julho por seu advogado, José Eduardo Cardozo.

“Já sofri a dor indizível da tortura, já passei pela dor aflitiva da doença e hoje sofro a dor igualmente inominável da injustiça.”

“Na minha vida, os que me conhecem sabem que incorri provavelmente em erros e equívocos, de natureza pessoal e política. Errar, por óbvio, é uma decorrência inafastável da vida de qualquer ser humano. Todavia, dentre esses erros, posso afirmar em alto e bom som, jamais se encontrarão na minha trajetória de vida a desonestidade, a covardia ou a traição. Jamais desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros. Jamais fugi de nenhuma luta, por mais difícil que fosse, por covardia. E jamais traí minhas crenças, minhas convicções ou meus companheiros em horas difíceis.”


A tragédia racial nos EUA e o Brasil

Ilustração: Enrico Bertuccioli
Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Os Estados Unidos vivem mais uma vez um drama decorrente da morte de negros pela polícia. No último dia 5 dois policiais dispararam contra Alton Sterling e o mataram, enquanto tentavam detê-lo em Louisiana. No dia 6, um policial atirou contra Philando Castile e matou-o. Ele havia sido parado em uma blitz e estava com a namorada e sua filha pequena no carro. O governador de Minnesota afirmou sobre a morte de Castile: "Isso teria acontecido se passageiro ou motorista fossem brancos? Não creio".

A formatura que virou ato do "Fora Temer"

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Mossoró é a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte.

Desde 2005, abriga a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), criada no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nas últimas três semanas seus estudantes protagonizaram dois momentos históricos.

O primeiro, em 22 de junho, na solenidade de colação de grau de vários cursos.

Os estudantes transformaram a maior formatura da história da universidade em ato pelo Fora Temer.

“Ciência sem fronteiras” frustra coxinha!

Por Altamiro Borges

Não foi por falta de aviso. Um velho amigo, que se orgulhava do filho cursando faculdade nos EUA graças ao programa “Ciência sem Fronteiras”, confessou certo dia que participou das marchas pelo impeachment de Dilma na Avenida Paulista. Com ironias, afirmei que ele deu um tiro no pé. Que serviu de massa de manobra para as elites corruptas – que se travestiram de vestais da ética para golpear os tímidos avanços sociais dos últimos anos. Não deu outra. Na semana passada, ele reconheceu – meio constrangido – a sua baita cagada! Soube através do noticiário, que ele confia tanto – como tantos “midiotas” – que o governo golpista de Michel Temer pretende reduzir as bolsas de estudo no exterior. No íntimo, eu dei risada. Só lamentei a triste sina do seu filho!

Ministro dos planos de saúde odeia o SUS

Por Altamiro Borges

Financiado pelos planos privados de saúde, o deputado federal Ricardo Barros, hoje ministro interino do Judas Michel Temer -, nunca escondeu sua rejeição ao Sistema Único de Saúde (SUS). Logo após a sua posse no covil golpista, ele declarou à imprensa que seu maior objetivo seria "reduzir os gastos" no setor e "rever" a universalização do atendimento à população. Bombardeado pelas entidades da área, ele engoliu a língua, mas não desistiu do seu plano destrutivo e regressivo. Na quarta-feira passada (6), ele simplesmente propôs a criação de um "plano de saúde popular" - ou seja, defendeu que o Estado repasse ainda mais grana à iniciativa privada, retirando os recursos públicos do SUS.