segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Justiça tucana engole a cratera do Metrô

Por Altamiro Borges

No final de outubro, a Justiça de São Paulo - famosa por sua ligação carnal com o tucanato - decidiu inocentar todos os 14 acusados pela morte de sete pessoas na cratera que se abriu na obra da linha 4-amarela do metrô. A tragédia ocorreu faz quase dez anos e até hoje ninguém - seja da empreiteira ou do governo paulista - foi punido. Geraldo Alckmin, o grão-tucano que pretende disputar a presidência da República em 2018, sequer foi incomodado pela desgraça. Afinal, para o judiciário amigo e para a mídia venal ele é um "santo" - não aquele que surge nas planilhas de propina da Odebrecht. A decisão de inocentar os acusados é um verdadeiro escárnio e até gerou tímidas críticas na imprensa. Mas elas logo sumiram do noticiário nos jornalões e nas telinhas da televisão.


Jovens já assistem mais YouTube do que TV

Por Altamiro Borges

A brecha tecnológica da internet está, de fato, bagunçando o modelo de negócio da mídia tradicional. E não só dos meios impressos - com a falência de jornais e revistas, a queda crescente de tiragens e as demissões de jornalistas. As emissoras de tevê - tanto abertas como a cabo - também estão sentido os efeitos desta mutação. Em meados de outubro, a colunista Keila Jimenez, do R-7, postou uma matéria que evidencia a gravidade da crise. Ela trata dos impactos do YouTube na TV paga dos EUA - mas ajuda a prever o futuro sombrio e não tão distante das emissoras no Brasil. Vale conferir:

Filha de Alckmin e o 'palácio da princesa'

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, alimentada pelas fortunas em publicidade oficial, pelos pacotes de assinaturas e por outras regalias inconfessáveis, sempre blindou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) - o que ajuda a explicar a sua hegemonia de quase duas décadas em São Paulo, confirmada novamente nas eleições municipais deste ano. Até os escândalos mais vergonhosos viram motivo de fofocas servis nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê. Neste sábado (5), a coluna Radar, da decadente revista Veja, postou mais uma notinha carinhosa - e minúscula - sobre os hábitos aristocráticos do grão-tucano, que transformou a sede do governo paulista em um "palácio da princesa":

Ocidente flerta com o Estado Policial

Por Ignacio Ramonet, no site Outras Palavras:

No marco das eleições presidenciais na França, previstas para abril de 2017, os candidatos da direita competem na promoção de um catálogo de “medidas antiterroristas”, que ameaçam o caráter da República. Alguns dirigentes reclamam inclusive da criação de centros de detenção inspirados na prisão de Guantánamo.

Submetida a uma onda de odiosos atentados jihadistas há quase dois anos, a nação francesa vê uma série de dirigentes políticos de direita e de extrema direita competirem ao propor, em nome de uma “guerra santa contra o terror”, um catálogo de “medidas antiterroristas” que, sem garantir o fim da violência, poderiam colocar em perigo o caráter democrático da Republica.

O triste fim dos grupelhos golpistas


Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ela se contrapõe a Olavo de Carvalho. Critica fortemente Janaína Pachoal. Compartilha um meme que diz facilitar a vida das pessoas ao indicar ‘personalidades’ que devem ser bloqueadas: Kim Kataguiri, Reinaldo Azevedo, Fernando Holiday, Gilmar Mendes.

Desce a lenha nos movimentos que arquitetaram o impeachment. Uma “esquerdopata”, certo? Nada disso. Trata-se de Daniela Schwery, uma ativa participante desses mesmos movimentos, que divulgava vídeos dessa essa turma toda e era defensora desse pessoal até ontem. O que está ocorrendo com a direita ‘vencedora’?

Mídia mercenária. O golpe compensa!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Follow the money.

De vez em quando a frase, pronunciada pelo "Garganta Profunda", a fonte secreta de um dos repórteres do Watergate, badala como um sino em minha cabeça. Siga o dinheiro.

Eu vejo a economia brasileira ir para o buraco, arrastada pela instabilidade política, pela especulação desenfreada, pelo desemprego galopante, pela desinformação caótica promovida pela mídia, e não paro de me perguntar: a quem interessa tudo isso?

A capa da última Exame, dizendo que "Os bons tempos voltaram", por outro lado, me fez lembrar um belíssimo livro que eu possuía sobre a revolução russa.

A economia política da violência

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Após experimentar fase de inédito desenvolvimento com democracia, o país se defronta com a necessidade de realizar reformas - quase sempre postergadas -, pois sem as quais, os pilares dos avanços até então alcançados são colocados em xeque. O impasse político exposto torna-se superado com a força da ruptura democrática, capaz de viabilizar as reformas autoritárias, em geral contra o povo, por meio da economia política da violência que inverte a fase anterior do inédito desenvolvimento nacional.

Hora da frente. A esquerda será capaz?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

"Estamos na hora de construir alguma coisa mais sólida, não é partido, não é entidade, é um movimento. O que de melhor fizemos foram as Diretas Já. Mas agora precisamos criar um movimento para restabelecer a democracia neste país", disse o ex-presidente Lula ontem ao visitar a escola do MST invadida pela polícia. O desafio está mesmo colocado pela realidade, restando saber se o conjunto da esquerda será capaz desta unidade. E, mais ainda, se terá abertura para incorporar nesta frente não apenas partidos e movimentos de esquerda, mas também de centro-esquerda, em nome da plenitude democrática arranhada e da restauração do estado social que vem sendo desmontando.

Serra é notívago, mas pode dormir tranquilo

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Valdemar Figueredo Filho, na revista Fórum:

Diante da delação premiada que aponta o ministro José Serra (PSDB-SP) como beneficiário de propina, o que se espera do tribunal do juiz Sérgio Moro? Exatamente o comportamento que o magistrado vem adotando:

– Firme nas investigações

– Comedido nas conclusões

– Discreto quanto à exposição de dados e acusações

– Presunção da inocência