Diante da tragédia ainda não explicada que causou a morte de Teori Zavascki, inúmeras declarações têm sido publicadas em solidariedade à família e com eloquentes elogios à sua atuação no Supremo Tribunal Federal. Algumas são enigmáticas. É o caso da escorregada de Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil do covil golpista: "A morte, por certo, vai fazer com que a gente tenha, em relação à Lava-Jato, um pouco mais de tempo para que as chamadas delações sejam homologadas ou não", afirmou um dos citados na lista de propina da Odebrecht.
No mesmo rumo, os consternados depoimentos do Judas Michel Temer, do cambaleante Aécio Neves e do "estancador de sangria" Romero Jucá também geraram natural desconfiança. Outras declarações são puramente hipócritas e falsas. É o caso da postada pelo fascista mirim Kim Kataguiri, líder do sinistro Movimento Brasil Livre (MBL). Em seu twitter, ele escreveu na tarde desta sexta-feira (20): "Meus pêsames aos familiares e amigos do ministro Teori Zavascki". Os internautas mais antenados, que não engolem as mentiras postadas nas redes sociais, logo apontaram o cinismo do fedelho e relembraram uma ação agressiva do MBL contra o agora enaltecido ministro do TSE.
O episódio foi registrado pela insuspeita Folha em 23 de março de 2016. Vale conferir a reportagem assinada por Paula Sperb e Ranier Bragon:
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Em frente à casa de Teori, no RS, ato chama ministro de 'pelego do PT'
Um grupo de manifestantes protestou em frente ao condomínio do ministro Teori Zavascki, do STF, na noite de terça-feira (22), no bairro Bela Vista, em Porto Alegre. Faixas com os dizeres "pelego do PT", "Teori traidor" e "deixa o Moro trabalhar" foram penduradas na fachada do prédio.
Na manhã desta quarta-feira (23) as faixas não estavam no local. O protesto foi liderado pela Banda Loka Liberal, grupo ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) que anima os protestos contra Dilma Rousseff e Lula no Rio Grande do Sul tocando músicas com ritmo de torcida de futebol e marchinha de Carnaval.
Na terça, os cânticos acusavam o ministro de "bolivariano". O grupo, que se autodefine como "opressor de socialistas", publicou vídeos e fotos na sua página do Facebook, onde o endereço do ministro foi divulgado por internautas. Cerca de 40 pessoas, segundo a organização, estavam no local.
Os manifestantes se queixavam da ordem de Zavascki para que o juiz Sergio Moro envie ao STF as investigações que envolvem o ex-presidente Lula na Lava Jato.
"Está muito claro que está acontecendo um golpe na República. Já ficou provado com os áudios [das conversas do Lula] que existia um aparelhamento do STF. A gente precisa de uma pressão com maior gravidade", disse Tiago Menna, 28, da Banda Loka Liberal, à Folha.
Menna afirmou ainda que, durante o protesto, "diversos vizinhos já estavam de pijama e desceram com panelas para apoiar o ato".
Após os protestos contra Teori, o STF informou nesta quarta que decidiu reforçar a segurança pessoal do ministro. A segurança, no entanto, vai continuar sob responsabilidade do tribunal. A Polícia Federal não foi acionada para o caso.
'ACAMPAMENTO SERGIO MORO'
A maioria dos manifestantes estava em um acampamento no Parcão (Parque Moinhos de Vento). O "Acampamento Sergio Moro" defende o impeachment da presidente Dilma e a prisão de Lula.
No local, o grupo organiza rodas de violão com músicas que dizem que o "capitalismo veio para ficar", acompanhadas de churrasco. A "sonzeira" é transmitida ao vivo pela Banda Loka Liberal em sua página. O grupo também está convocando para o evento "Chopp sem Dilma" com o objetivo de "beber chope pelo preço antes do aumento de impostos da Dilma", nesta quarta (23), às 19h, também no Parcão.
Zavascki é natural de Faxinal dos Guedes (SC), mas estudou direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também completou seu mestrado e doutorado. Zavascki é ministro do STF desde 2012.
O grupo também protestou em frente à casa do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS). De acordo com Menna, o protesto ocorreu porque "é um dos poucos deputados gaúchos que se posicionam contra o impeachment".
A Folha tentou contato com o gabinete de Zavascki, mas o STF não tem expediente nesta quarta (23) em função do feriado de Páscoa.
INVESTIGAÇÃO
Em entrevista na Câmara, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que o Ministério da Justiça, o STF, a Força de Segurança Nacional e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência acertaram na manhã desta quarta abrir inquérito criminal contra todos que tenham participado de atos hostis contra Teori e familiares.
De acordo com o deputado, a PF irá tentar identificar e responsabilizar criminalmente também pessoas que nas redes sociais tenham incitado atos de violência contra o ministro e familiares.
"Todas as ofensas, ameaças e agressões serão objetos de inquérito e responsabilização criminal. Esses atos são reveladores do caráter autoritário e violento desses setores da sociedade que não respeitam a Constituição e tentam intimidar membros da Suprema Corte", afirmou o deputado, que também discursou no plenário da Câmara.
Na manhã desta quarta-feira (23) as faixas não estavam no local. O protesto foi liderado pela Banda Loka Liberal, grupo ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) que anima os protestos contra Dilma Rousseff e Lula no Rio Grande do Sul tocando músicas com ritmo de torcida de futebol e marchinha de Carnaval.
Na terça, os cânticos acusavam o ministro de "bolivariano". O grupo, que se autodefine como "opressor de socialistas", publicou vídeos e fotos na sua página do Facebook, onde o endereço do ministro foi divulgado por internautas. Cerca de 40 pessoas, segundo a organização, estavam no local.
Os manifestantes se queixavam da ordem de Zavascki para que o juiz Sergio Moro envie ao STF as investigações que envolvem o ex-presidente Lula na Lava Jato.
"Está muito claro que está acontecendo um golpe na República. Já ficou provado com os áudios [das conversas do Lula] que existia um aparelhamento do STF. A gente precisa de uma pressão com maior gravidade", disse Tiago Menna, 28, da Banda Loka Liberal, à Folha.
Menna afirmou ainda que, durante o protesto, "diversos vizinhos já estavam de pijama e desceram com panelas para apoiar o ato".
Após os protestos contra Teori, o STF informou nesta quarta que decidiu reforçar a segurança pessoal do ministro. A segurança, no entanto, vai continuar sob responsabilidade do tribunal. A Polícia Federal não foi acionada para o caso.
'ACAMPAMENTO SERGIO MORO'
A maioria dos manifestantes estava em um acampamento no Parcão (Parque Moinhos de Vento). O "Acampamento Sergio Moro" defende o impeachment da presidente Dilma e a prisão de Lula.
No local, o grupo organiza rodas de violão com músicas que dizem que o "capitalismo veio para ficar", acompanhadas de churrasco. A "sonzeira" é transmitida ao vivo pela Banda Loka Liberal em sua página. O grupo também está convocando para o evento "Chopp sem Dilma" com o objetivo de "beber chope pelo preço antes do aumento de impostos da Dilma", nesta quarta (23), às 19h, também no Parcão.
Zavascki é natural de Faxinal dos Guedes (SC), mas estudou direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também completou seu mestrado e doutorado. Zavascki é ministro do STF desde 2012.
O grupo também protestou em frente à casa do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS). De acordo com Menna, o protesto ocorreu porque "é um dos poucos deputados gaúchos que se posicionam contra o impeachment".
A Folha tentou contato com o gabinete de Zavascki, mas o STF não tem expediente nesta quarta (23) em função do feriado de Páscoa.
INVESTIGAÇÃO
Em entrevista na Câmara, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que o Ministério da Justiça, o STF, a Força de Segurança Nacional e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência acertaram na manhã desta quarta abrir inquérito criminal contra todos que tenham participado de atos hostis contra Teori e familiares.
De acordo com o deputado, a PF irá tentar identificar e responsabilizar criminalmente também pessoas que nas redes sociais tenham incitado atos de violência contra o ministro e familiares.
"Todas as ofensas, ameaças e agressões serão objetos de inquérito e responsabilização criminal. Esses atos são reveladores do caráter autoritário e violento desses setores da sociedade que não respeitam a Constituição e tentam intimidar membros da Suprema Corte", afirmou o deputado, que também discursou no plenário da Câmara.
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Como se observa, os "pêsames" do líder infantil do agressivo MBL são pura falsidade. Era até preferível ele ficar quieto para não levantar suspeitas e reforçar as teorias da conspiração.
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