Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
Nem analistas, nem altas esferas de Washington podem prever o que Donald Trump vai realmente fazer, ou poder fazer, após tomar posse no próximo dia 20. A imprevisibilidade e o temperamento errático, além de seu caráter outsider, são alguns dos motivos pelos quais o presidente republicano, eleito após oito anos de domínio democrata com Barack Obama, tem causado calafrios e tem sido vítima de uma verdadeira guerra midiática.
"Uma coisa é o que o Trump diz que quer fazer, com seus arroubos de machismo e voluntarismo, outra é que existem freios institucionais, do Estado americano, do Legislativo e do Judiciário", diz Thomas Heye, do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Trump assume tendo de superar, mais do que freios, uma hostilidade escancarada de parte da poderosa mídia e as agências de informação dos Estados Unidos contra ele. "Estão batendo com força na história do hackeamento, o que mostra a dificuldade de relação que o próprio Trump tem com o Estado americano", avalia Heye.
A mídia estadunidense tem explorado o caso da suposta invasão, por hackers alegadamente ligados à Rússia, do Comitê Nacional Democrata, que teria redundado em ajuda a Trump contra Hillary Clinton na campanha eleitoral. O caso é corroborado por forças como o jornal The Washington Post e as agências FBI e CIA, segundo os quais o governo russo estaria ligado à invasão.
Seja como for, Trump vai começar seu mandato sob bombardeio. "Pode ser que ele queira fazer muita coisa, mas não vai ter liberdade de ação como gostaria. Algumas ideias são meramente factoides. Por exemplo a ideia do muro com o México." Na campanha, o republicano prometeu construir um muro para separar os Estados Unidos do México, com o objetivo de evitar imigração ilegal.
"Pode ser que ele esteja usando uma espécie de metáfora. Ele pode, por exemplo, colocar um sistema de vigilância, em vez de construir um muro fisicamente, e dizer que se trata de um muro digital. Ou pode ser um muro militarizado, não exatamente na forma como ele quer."
Para o professor fluminense, independentemente disso, o cenário dos Estados Unidos pós-Obama é imprevisível, uma onda que, aliás, parece estar se espalhando pelo mundo, inclusive no Brasil. "Com certeza não vamos morrer de tédio nos próximos anos", brinca Heye.
Mas o cenário de guerra contra o presidente eleito, por parte importante e influente da mídia, como o próprio Washington Post (veículo que, aliás, deflagrou o caso Watergate, que derrubou Richard Nixon em 1974) e a CNN, além das agências de informação, certamente não se dá por acaso.
Trump pode cair? Para Thomas Heye, a possibilidade existe. "Pode acontecer. De repente descobrem que ele fez uma 'pedalada', ou algo assim. Mas tem também a tradicional saída americana: aqui a gente tem golpes como os militares, lá eles dão um tiro no presidente."
Dois dos mais populares presidentes dos Estados Unidos foram assassinados: Abraham Lincoln, em 1865, e John Kennedy, em 1963.
"Uma coisa é o que o Trump diz que quer fazer, com seus arroubos de machismo e voluntarismo, outra é que existem freios institucionais, do Estado americano, do Legislativo e do Judiciário", diz Thomas Heye, do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Trump assume tendo de superar, mais do que freios, uma hostilidade escancarada de parte da poderosa mídia e as agências de informação dos Estados Unidos contra ele. "Estão batendo com força na história do hackeamento, o que mostra a dificuldade de relação que o próprio Trump tem com o Estado americano", avalia Heye.
A mídia estadunidense tem explorado o caso da suposta invasão, por hackers alegadamente ligados à Rússia, do Comitê Nacional Democrata, que teria redundado em ajuda a Trump contra Hillary Clinton na campanha eleitoral. O caso é corroborado por forças como o jornal The Washington Post e as agências FBI e CIA, segundo os quais o governo russo estaria ligado à invasão.
Seja como for, Trump vai começar seu mandato sob bombardeio. "Pode ser que ele queira fazer muita coisa, mas não vai ter liberdade de ação como gostaria. Algumas ideias são meramente factoides. Por exemplo a ideia do muro com o México." Na campanha, o republicano prometeu construir um muro para separar os Estados Unidos do México, com o objetivo de evitar imigração ilegal.
"Pode ser que ele esteja usando uma espécie de metáfora. Ele pode, por exemplo, colocar um sistema de vigilância, em vez de construir um muro fisicamente, e dizer que se trata de um muro digital. Ou pode ser um muro militarizado, não exatamente na forma como ele quer."
Para o professor fluminense, independentemente disso, o cenário dos Estados Unidos pós-Obama é imprevisível, uma onda que, aliás, parece estar se espalhando pelo mundo, inclusive no Brasil. "Com certeza não vamos morrer de tédio nos próximos anos", brinca Heye.
Mas o cenário de guerra contra o presidente eleito, por parte importante e influente da mídia, como o próprio Washington Post (veículo que, aliás, deflagrou o caso Watergate, que derrubou Richard Nixon em 1974) e a CNN, além das agências de informação, certamente não se dá por acaso.
Trump pode cair? Para Thomas Heye, a possibilidade existe. "Pode acontecer. De repente descobrem que ele fez uma 'pedalada', ou algo assim. Mas tem também a tradicional saída americana: aqui a gente tem golpes como os militares, lá eles dão um tiro no presidente."
Dois dos mais populares presidentes dos Estados Unidos foram assassinados: Abraham Lincoln, em 1865, e John Kennedy, em 1963.
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